Eu sou louco!

Irreverência, humor, criatividade, non-sense, ousadia, experimentalismo. Mas tudo pode aparecer aqui. E as coisas sérias também. O futuro dirá se valeu a pena...ou melhor seria ter estado quietinho, preso por uma camisa de forças! (este blog está registado sob o nº 7675/2005 na IGAC - Inspecção Geral das Actividades Culturais)

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sexta-feira, agosto 19, 2005

Miguel Ângelo Pereira

Hesitei bastante sobre se deveria escrever e exibir este texto.
Tem a ver com os meus antepassados e, se eles fossem vivos, provavelmente não gostariam de ter alguns aspectos da sua vida expostos aos olhos de todos.
Mas, acontecimentos recentes, vieram ajudar-me a tomar uma decisão.
As pessoas e os nomes aqui referidos são absolutamente verídicos.



O que vou contar tem a ver com um dos ramos da minha família. O paterno.
Desde muito novo que encontrei grandes reservas em meu pai, Fernando, seus irmãos Manuel, Gilberto e António e ainda em minha avó e mãe deles Maria Luíza (e utilizo a grafia que constava no seu bilhete de identidade), para falarem da sua vida passada bem como dos seus outros parentes. Posso acrescentar que já todos faleceram.
Maria Luíza chamava-se, de seu nome completo, Maria Luíza Castilho Dias. E o nome do meu pai e dos três tios que referi tinham como apelidos Castilho Dias, também.
Um dia, ainda jovem, estava a manusear o bilhete de identidade do meu progenitor e verifiquei que era omisso em relação ao nome do meu avô. Sabia que ele era Américo e aquilo intrigou-me. Perguntei qual a causa daquela omissão. O meu pai deu uma desculpa esfarrapada qualquer. Só muito mais tarde, e não sei a que propósito, ele me desvendou, finalmente, alguns dos segredos do passado. Mas só alguns!
O seu progenitor e meu avô, Américo Pereira, pianista profissional e filho de um compositor e também pianista portuense de nome Miguel Ângelo Pereira (este já eu conhecia; era muito falado lá em casa), casara com uma senhora cujo nome nunca soube. Tiveram vários filhos. Mas Américo, que era um homem sedutor e mulherengo, quando a mulher e alguns filhos foram infectados pela tuberculose, nos primórdios do sec. XX, iniciou uma ligação amorosa com a sua cunhada mais nova que, segundo vários depoimentos, fotografias que vi e por muito ter convivido com ela (faleceu em 1991 com noventa e sete anos de idade), era mulher de grande beleza. Era Maria Luíza, a minha querida avó Mimi e por este nome todos os netos a chamavam.
O envolvimento entre Américo, que na altura tinha pouco mais de quarenta anos, e Maria Luíza, que tinha dezanove, teve como primeiro contratempo uma gravidez. Quando a família da minha avó soube da situação, a pobre rapariga foi expulsa de casa, aliás de acordo com os critérios morais e sociais vigentes na época. E foi recolhida, não sei por quem, em Vila do Conde onde nasceu o meu tio Manuel.
Acabaram por ir viver juntos para uma vivenda na zona da Arrábida (casa que eu ainda conheci) tendo nascido ali os filhos Fernando e Gilberto.
Mas o meu avô era um homem muito ausente devido aos constantes compromissos profissionais que tinha, muitos dos quais no Brasil onde passava longos períodos.
E foi protelando, não sei se o casamento pois desconheço quando a sua primeira e legítima mulher faleceu, mas a assunção oficial da paternidade dos rapazinhos.
E isso nunca viria a acontecer pois entretanto faleceu no Rio de Janeiro, durante uma das tournées, com cinquenta e dois anos de idade. A minha avó, além dos três filhos criança, ficou ainda com um no ventre, o António, que foi o último a desaparecer de todos os personagens que referi, em Julho de 2004.
Como não eram pessoas de grande riqueza, os dois mais velhos, Manuel que já estudava no liceu e o meu pai que só tinha ainda concluído a terceira classe (tinha nove anos) foram lançados no mundo do trabalho. Gilberto foi educado por uns padrinhos mas acabou interno no asilo do Terço. Minha avó ficou a cuidar da casa e do bebé que entretanto nascera, em 1929, ano do falecimento do pai de seus filhos. Mais tarde arranjou um emprego que conservou até se reformar.
E pouco mais soube deste ramo da família. Conheci ainda uma irmã da minha avó, de nome Alzira e os seus dois filhos: Jaime e Lili (o nome correcto não lembro agora).
Nunca conheci e mal ouvi falar dos meios-irmãos de meu pai pois, se alguns morreram com a tísica, outros sobreviveram.
Torna-se agora mais compreensível o silêncio sobre muitos factos que, talvez por acordo entre eles, resolveram levar para a tumba.
E também se torna mais compreensível a minha dúvida em escrever e divulgar este texto.
Já fiz uma breve alusão ao meu bisavô, pai de Américo, a figura dessa linha familiar mais falada e muitas vezes referida, ainda que sem grandes pormenores. Era, sem dúvida, o nome maior e mais reverenciado:
Miguel Ângelo Pereira.
Dele diz o dicionário enciclopédico Lello Universal:
“PEREIRA (Miguel Ângelo), compositor português nascido em Barcelinhos (1843 – 1901), autor das óperas Eurico, Zaida, Avalanche, de música sinfónica, etc.”.
E um longo artigo, assinado por Eurico Thomaz de Lima e cuja primeira parte foi publicada no Diário do Norte de doze de Março de 1958 e concluído no número de vinte e dois do mesmo mês, titulava:
“Miguel Ângelo Pereira – O maior músico português da segunda metade do sec. XIX morreu na pobreza e louco”. (afinal eu tenho a quem sair, estão a ver?).
A noção que eu sempre tive era a de que todo o espólio artístico do meu bisavô havia sido perdido. Cheguei, já homem, a escrever para o Círculo de Cultura Musical a pedir informações sobre o artista, mas nem resposta tive.
E o assunto estaria encerrado se o acaso não resolvesse fazer-nos umas das surpresas que lhe são tão habituais.

Já este blog havia sido criado quando, a trinta de Maio do ano corrente, recebi um e-mail de um sujeito que assinava José A. Nele me pedia para lhe telefonar ou dar o meu número de telefone. Vivia em Lisboa.
Liguei-lhe.
E que me disse ele?
Que, andando a ler alguns blogs, viu um comentário meu num deles (tenho quasi a certeza que era o “Guerrilhas” da Guevara) no qual que me referia ao meu bisavô Miguel Ângelo Pereira como tendo nascido em Barcelinhos, na margem esquerda do rio Cávado, mesmo junto à ponte velha que liga aquela freguesia à cidade de Barcelos. A Guevara que me perdoe a indiscrição mas eu escrevi isso porque ela é uma barcelense.
E disse-me mais, o senhor:
Que a sua sogra, senhora de setenta e seis anos de idade, também era bisneta do compositor. E que tinha algumas pautas com músicas do meu bisavô. E tinha mesmo pequenas gravações áudio de alguns excertos de peças dele.
Rejubilei, como devem calcular!
E ainda mais: que ele fora casado com uma senhora de quem tivera cinco filhos. Por ordem decrescente da idade, Rafael, Artur, Raul, Américo e Virgílio. Todos com o apelido Pereira. Todos músicos profissionais.
Uma importante informação que a senhora, descendente de Artur, me deu (pois no dia seguinte falei com ela pelo telefone) foi a de que uma tal Drª A. M. L. a tinha contactado pois fizera um mestrado sobre a música na cidade do Porto na segunda metade do século passado e tinha ficado fascinada com o talento e também com a importância que Miguel Ângelo havia tido na época. Completou dizendo que a tal doutora e musicóloga estava agora a doutorar-se e tinha escolhido como tema exactamente este compositor agora quasi esquecido.
Tendo obtido da bisneta de Miguel Ângelo o seu contacto telefónico, também para a doutora liguei. Ficou muito grata pois lhe faltavam elementos sobre o filho mais novo, o meu avô Américo, e eu estive a fornecer-lhe informações sobretudo ligadas aos seus descendestes.
Teceu os maiores elogios sobre o artista que, repetiu, a fascinava pela sua personalidade e talento. Afirmou mesmo que eu me podia orgulhar de ter um ascendente com uma enorme e decisiva influência no riquíssimo meio musical portuense dessa época. E confirmou que, embora muito do espólio artístico não tivesse paradeiro conhecido, havia ainda material, quer em papel quer em gravação (feita muito mais tarde e com intérpretes que desconheço).
Contou-me que a loucura teria sido originada pelo facto de a ópera Eurico, que ele considerava a sua obra-prima, ter tido pouco êxito, o que o deixou muito abalado e mais tarde o convertera em doente mental (provavelmente hoje, com um bom anti-depressivo, ficaria curado em poucos meses).
Disse-me ainda que o meu avô Américo não só fora um conceituado pianista como também compositor de reconhecidos méritos.
Como a tese de doutoramento terá de ficar pronta até Outubro ou Novembro do ano em curso, combinamos que depois me ofereceria um exemplar.
Consequentemente, vou aguardando que o trabalho fique concluído para, finalmente, descobrir muitos dos mistérios que, para mim, ainda estão por decifrar.
Depois, e em função do que vier mencionado nesse documento que considero já de grande valor, definirei o que fazer, nomeadamente para reabilitar a memória do meu ancestral.
Nos dias seguintes falei com a minha irmã e as minhas primas que ficaram também entusiasmadíssimas, como era de calcular. E também querem um exemplar da tese do doutoramento, claro!

Penso que a decisão de aqui divulgar os factos que tanto incomodaram os meus antepassados foi a mais correcta. Que me perdoem os falecidos. Mas estamos no campo da investigação histórica e, além disso, gostaria muito que o nome de Miguel Ângelo Pereira passasse a constar da galeria dos grandes compositores portugueses pois, ao que parece, o foi.
Lá para o final do ano espero voltar a este assunto.
Realmente, a vida reserva-nos cada surpresa!
Só para terminar:
Já repararam que se o meu avô tivesse perfilhado os filhos o meu nome seria, por exemplo, António Dias Pereira?

A título de nota de rodapé, devo dizer que dos descendentes de Américo nenhum mostrou aptidões para a música. Nomeadamente eu, a minha irmã e o meu filho estudamos piano mas, como se costuma dizer, não dávamos uma para a caixa.
Tenho pena!

31 Comments:

Blogger heidy said...

Entendo-te. Na minha minha familia também existem segredos. mas acho que só os vou desvendar quando remexer nos papeis guardados a sete chaves. Mas sabes de uam coisa? É isso que aumenta o elo, entre o passado e o presente. E oslaços de sangue são mágicos...

10:21 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

FAscinante, António!!! Fico muito contente por ti! O 'eu sou louco' teria que ter uma boa razão de existencia! TAlvez para isto é que valham mesmo a pena os blogs.

:) Estás perdoado, completamente, por falares em mim! Até fico feliz por te ter ajudado a desvendar esses mistérios. E BArcelinhos está em alta!!!!

beijo!

12:21 da tarde  
Blogger wind said...

Gostei de mais esta tua história real. É fascinante tudo o que diz respeito à nossa família, o que podemos descobrir:) Beijos

12:42 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não te incomodes António, nem fikes triste, por não tocares piano como deve ser... Afinal os "dedos" servem para muitas outras coisa lololo... Prontos já "jabardei" Jinhos Ps:viemos a casa e não pude de vir até aqui para te deixar um jinho. Antes de irmos de novo pra fora ainda deixaremos um post cheio de coisas divertidas para ti lololo

1:44 da tarde  
Blogger Leonor said...

não precisas de me agradecer os comentarios que faço aos teus artigos. é com prazer que os leio.
abraço da leonor

8:07 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Tu contas todas as histórias magistralmente,artista,tens a quem sair...compões letras,outras...gostei desta...gosto sempre não é??nem sempre comento,também hesito...feitios!
Eu não tenho gente famosa na minha família...mas sedutores e mulherengos,alguns...ah!ah!
A minha família materna tem a certa altura um bispo que fez das suas,das dele..pois,tentações da carne,nasceu a mãe da minha avó Leonor...uma mulher bonita,a quem sem dote se lhe descobre súbitamente um património considerável,de um padrinho,bem entendido... misteriosa,abastada,enfim,uma omissão,pai incógnito,afilhada da dita eminência(parda,digo eu!)!!!...do lado do meu pai,os sedutores,homens charmosos,com um humor inteligente,bem falantes,nunca de si,porque ninguém deles tiraria uma história,verdadeiros sepulcros!...sorri...mas que consta...
Nenhum ficou famoso,nem sequer o meu pai apesar de ter cumprido bem o seu papel de estudante de Coimbra...a capa era um conjunto de tiras,e o carteiro queixava-se muito...a caricatura dele não engana,no livro de curso,limpinho!tudo ali escarrapachado...ele dizia que nem por isso...enfim,nada de famosos mas muitas histórias,e muita música...ao que consta serenatas...e fizeste-me rir,tu pra música nem por isso?hum,se fosses de medicina não acreditava!e assim...bem...louco só se for por música/s(e esta é joker,vale...!)...quem sai os seus...não tem que ser de Genebra,não é?
Beijinho grande António!
ana

12:03 da manhã  
Blogger margusta said...

António é quase 1h da manhã vim visitar-te, mas como tenho soninho
volto amanhã para fazer o comment.
Beijinhos.

12:53 da manhã  
Blogger Ana Santos said...

Dá sempre gosto ler os seus post.
Também gosto de saber coisas sobre os meus antepassados.
No lado da família do meu marido é que há familiares com dotes musicais.
Faleceu este mes o avô paterno do meu marido que fez história na música da ilha Graciosa.
Ana

2:57 da manhã  
Blogger António said...

Para Ana:
Mais uma vez comentas de forma divertida e para mim gratificante.
O meu obrigado!
Mas tenho pena que não desnudes a tua identidade.
Aproveita estarmos no verão e com calor: fá-lo!
Jinhos

8:46 da manhã  
Blogger Mitsou said...

Tardei mas cheguei. Continuo a meio gás nas visitas por questões técnicas (há mais de uma semana sem pc).
Adorei o post e deliciei-me com essas "histórias" de família. Agora só falta mesmo avisares, quando sair a tese, ok?
Beijinhos muitos e óptimo fim-de-semana.

3:01 da tarde  
Blogger margusta said...

António fiquei deliciada a ler este teu post, é bom sabermos as histórias dos nossos antepassados.
Espero que depois partilhes connosco mais dados assim que obteres esse documento.
Não és músico mas és um bom escritor.
Beijinhos.

3:32 da tarde  
Blogger Heloisa B.P said...

*ANTONIO*(com ou sem PEREIRA!...) o que lhe tenho a dizer depois da leitura atenta desta "HISTORIA FAMILIAR", e' que, para alem de ser um nato contador de CONTOS (ficcionais ou nao!), e' tambem um bom pesquisador e, revela frontlidade,"ousadia" e...CORAGEM!
_Digo-Lhe, com toda a honestidade, que li a partir de certa altura do relato, com muita Emocao e... CRESCENTE INTERESSE!
Compreendo, perfeitamente, a posicao de delicada reserva dos seus DIGNOS ANCESTRAIS, relativamente a esse assunto de FAMILIA! _Era, no passado, muito dificil esse tipo de situacao! A sociedade era IMPIEDOSA! E... mesmo em pleno sec XX continuou sendo impiedosa, porque prefere a hipocrisia e a falsidade, em nome da "MORAL" a aceitar uma RELACAO DE AMOR, DE FACTO!_hoje, muita coisa mudou, mas nao tanto assim nem em toda a parte em simultaneo!
ADOREI LER!_COMO SEMPRE, ALIAS! E, vou ficar "torcendo", para que essa TESE DE DOUTORAMENTO, traga a LUZ quem a MERECE!
Infelizmente, nao e' caso unico, de talentos ignorados e maltratados, tantas vezes em vida!
_Meu Amigo, quanto a SUA LOUCURA:ABENCOADA ELA SEJA! e... como diz o ditado: "de Poetas e de Loucos, todos temos um pouco"!_DE MUSICOS E... COM REAL TALENTO, E' que temos poucos!
_DEsejo sinceramente, que esse Senhor, Seu Bisavo, venha a ter agora, o reconhecimento, que certamente teria merecido em VIDA:ELE E SUA FAMILIA!!!!!
PARABENS ANTONIO!
_Acerca da mensagem que deixou em meu blog, escrever-lhe-ei dizendo o que acho que, alias, e' o que ja' lhe tenho dito de modo simples!
_Nao sao de facto muito "antigos"_AQUI_, os Seus ESCRITOS, mas sao de QUALIDADE!
Tenha um optimo resto de fim de semana!
Fraterno Abraco!
Heloisa B.P.
****************

8:15 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Uma história "camiliana", extraordinariamente contada!
Poderá não ter ficado com o dom da música, mas o da escrita não duvide!
Para além do bisavô, figura singular da música clássica portuguesa, teve uma Avó que todos concordarão se disser que foi uma grande lutadora!
Tem herança familiar que pode e deve orgulhar-se!

GR

Se me permite andei a indagar e descobri este site, fazendo referência ao seu bisavô.

Encontrei neste site sobre música clássica, referência a Miguel Ângelo Pereira
«Panorama Musical em Portugal até ao séc.XX
Neste período, que abrange grosso modo a segunda metade do século XIX, distinguiram-se Joaquim Casimiro Júnior (1808 - 1862), João Guilherme Daddi (1813 - 1887), Miguel Ângelo Pereira, Francisco de Freitas Gazul e Francisco de Sá Noronha, todos compositores dramáticos com influência Italiana. A ela procuraram fugir, um pouco mas tarde, e demandado o caminho do nacionalismo musical, Augusto Machado, com as óperas Rosas de todo o ano. O espadachim do outeiro e Triste viuvinha, e Alfredo Keil, com as óperas D. Branca, Irene e A Serrana (1899)».

http://www.rede-nonio.min-edu.pt/es/fam_freitas_branco/portugues/xviii.htm

12:01 da manhã  
Blogger António said...

Para "GR":
Mais uma vez o meu obrigado pela tua presença aqui.
E pelas palavras sempre encorajadoras.
E pelo trabalho em procurares na Net o nome do meu bisavô.
Será que este post poderá provocar o efeito que eu gostaria?
Também já havia feito uma busca mas não encontrei nada de substancial.
Ele foi famoso no seu tempo mas caiu no esquecimento. Como muitos outros, seguramente.
Por isso, o trabalho que a Drª AML está a concluir me dá a esperança do renascer.
O meu muito obrigado!
Um abraço

9:35 da manhã  
Blogger António said...

Para "GR":
O melhor documento que conheço sobre o MAP é o artigo publicado em dois números do extinto vespertino portuense "Diário do Norte" e que refiro no texto.

Abraço

9:39 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

ola bom dia!
Claro que faço o favor de tirar uma fotozinha!
Mas... onde fica realmente a casa, sabes? Ou tenho que procurar?

BEm, é so dizeres que vou lá, ok? Não custa nada!

beijinho

12:06 da tarde  
Blogger Ovelha Negra said...

as historias de familia fascinam-me...é como diz a heidy "aumentam o elo, entre o passado e o presente". e isso nunca pode ser mau ;)
vê lá se pulas até ao lobo mau k isto assim n pode ser....ai ai
(Heidy....xiiiuuuu)

2:54 da tarde  
Blogger Heloisa said...

Grata fico eu, Antonio, pela Sua visita, que me honra e deixa alegre!
E' sempre com prazer que volto AQUI, so' lamento faze-LO poucas vezes!
fraterno Abraco!
Heloisa.
*****************

10:35 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

ainda estás a tempo de descobrires a tua veia musical tal como puxaste a da escrita-parabéns Antonio afinal sempre foste famoso, depois dá-me um autografo f.f..hihihi-amcosta

9:58 da manhã  
Blogger António said...

Para Ana Maria Costa:

Obrigado pelo comment!
Eu famoso?

Quanto à veia musical está mais que provado que nem artéria, nem vaso capilar...quanto mais veia!

Jinhos

4:48 da tarde  
Blogger Caiê said...

fascina-me a genealogia. de facto, ando a tentar descobrir a minha o mais que posso...
acho q todas as famílias têm muitos segredos e a genealogia ajuda também a desvendá-los!
abraço

3:37 da tarde  
Blogger APC said...

Incrível e fantástica viagem a um passado valiosíssimo, agarrando-o e soprando-lhe o póe para que viva e brilhe!
Tão longe estava de o imaginar, quando hoje vi o teu comentário à minha bis! :-)
Especulaste sobre se eu teria orgulho nela...
Na verdade, cruzámo-nos muito pouco, quasi de raspão ;-)
E o que é de uma criança ao colo de um idoso, senão isso então?
Mas o certo é que nada nunca encontrei em mim daquela filogenia (tão pelo contrário, meu Deus!, de traçados marcadamente, materialistas, obsessivos, castradores...), até me chegarem às mãos os escritos de Olímpia, com quem amiúde me comparam, não tanto à conta deles, mas de outros quejantes.
Segredos?...
Pois sim... Que ela, mulher-amante por excelência, ironicamente hipotecou a sua infinitude a um só homem.
Foi ele o pai das suas filhas (uma delas minha avó, hoje num lar).
Também pai de filhos de outrém.
Homem que ia e vinha, e depois não veio...
Terá sido também, mais tarde e bem longe, companheiro de uma das filhas de ambos!
E desde aí nada se sabe.
E é segredo.

Deveras queirosiano, não? "Eça" é que é "Eça" ;-)

Bem-hajas!

4:24 da tarde  
Blogger APC said...

Ressalva: soprando-lhe o PÓ

4:25 da tarde  
Blogger ckingv said...

Também faço parte da família de Miguel Ângelo.Minha avó materna(Zaida Pereira Kingwell) era irmã de Ernestina Pereira,Irene Pereira,Ercília Pereira e Albertina Pereira.Tenho alguns elementos sobre a vida de Miguel Ângelo, inclusivamente uma gravura desenhada por Rafael Bordalo Pinheiro,alusiva à representação da ópera Eurico, no Rio de Janeiro, na noite de 6 de Novembro de 1878 - Imperial Theatro D. Pedro II.

11:20 da tarde  
Blogger António said...

E posso saber quem és, ó "ckingv"?

11:11 da manhã  
Blogger ckingv said...

Sou o neto mais velho de Zaida Pereira Kingwell.Nasci em Nova Lisboa-Angola,cidade onde viveram Irene e Albertina Pereira, que vieram, depois da célebre descolonização, a morrer em Portugal.Por coincidência,desloco-me muitas vezes a Ermesinde onde vive uma irmã da minha mulher. O meu mail é o seguinte: king.ventura@portugalmail.pt, pelo qual poderás contactar-me, caso estejas interessado.Um abraço.

3:09 da tarde  
Blogger joaufer said...

Este comentário foi removido pelo autor.

2:00 da tarde  
Blogger joaufer said...

Este comentário foi removido pelo autor.

2:10 da tarde  
Blogger joaufer said...

Ao fim de muitos anos a saber que era descendente de Miguel Angelo Pereira (meu tetravô), por linha do Raul Angelo Pereira, foi a minha irma que descobriu este blog por acaso. Como consequência consegui entrar em contacto com a Dra. Ana Maria Liberal e fazer luz no puzzle que eram os antepassados por parte do meu bisavô materno, Zeferino Angelo Pereira.
Por mais estranho que pareça na minha familia tudo o que se sabia sobre o Miguel Angelo era "somente" que ele era um músico, e nada mais... Existem umas partituras e cartas, mas estão na posse de um tio materno, que não fazia a minima ideia do que eram. Nem sequer sabiamos que o Raul casou novamente com uma senhora Espanhola (emilia de Oliveira Abelanda)(com descendentes?)
Tambem muito interessante foi o António mencionar no seu blog que um familiar de uma descendente do Artur Angelo Pereira, entrou em contacto consigo. É que o Artur casou com a Adelina Etelvina de Sequeira, irmã de Maria Amélia de Sequeira, minha trisavó e mulher do Raul. Como os mistérios nesta familia abundam, eu tenho um que não consigo desvendar em relção aos Sequeiras, nomeadamente o pai delas. Por outro lado vi no seu blog que haviam descendentes com o apelido Sequeira Pereira, o que parece promissor.
A nível de inclinação para a musica eu toco violino e violoncelo, e a minha filha toca violino. A minha irma tambem tem talento a nivel musical. Tenho esperança de um dia podermos vir a tocar algo composto pelo Miguel Angelo!
Se o António quiser entrar en contacto comigo, e tambem se me pudesse dar os detalhes do descendente do Artur agradecia-lhe. O meu mail é: joaufer@hotmail.com

2:59 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Gostei imenso de saber mais sobre o meu passado familiar. Sou neta de Irene de Sequeira Pereira e bisneta de Artur Ângelo Pereira. A minha avó Irene era neta de Miguel Ângelo Pereira e Elvira Amália Vidigal de Resende Pereira, sendo que os seua avós maternos eram Joaquim Zeferino de Sequeira e Amélia Emília Brito(?)de Sequeira.
Gostaria muito de conhecer as obras que foram publicadas pelo trisavô.
Obrigada por partilhar a informação.

6:01 da tarde  
Blogger António said...

O mundo é pequeno...
Mas o MAP e os seus descendentes deixaram espalhados por Portugal e pelo Brasil (e até noutras partes do mundo) muita gente.
Penso que a pessoa que melhor conhece o meu bisavô é a ANL que refiro no texto: Ana Maria Liberal.
Ela saberá onde estão a maioria das obras do MAP que não desapareceram. Se não conseguir o contacto com a Drª Ana Maria (que por acaso também é engenheira civil) escreva-me para a.castilho.dias@netcabo.pt
e eu lhe darei o contacto dela (que não quero escrever aqui por razões óbvias)

Saudações!

7:00 da tarde  

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