A chuva voltou
A chuva voltou, seca e quente como a aragem do secador de cabelo que se usa para limpar o pó negro de cocaína pura das plantações de Andorra que no inverno torra os turistas que vão fazer turismo sexual na curta e interminável planície dos Andes e onde as lamas são o resíduo sólido da depuração de esgotos límpidos e cristalinos que nascem nas folhas das árvores do Sahara onde elefantes de 6 patas treinam para jogar râguebi com um stick rectilíneo e bola redonda como um cubo de gêlo gasoso que cai do céu como a lava do esguicho que rega o cimento de tijolo do meu jardim de flores na lapela do casaco sem mangas que nascem nos coqueiros das avenidas do centro de Paris aldeia escura e sem luz dos confins da Mongólia onde nasce o Amazonas, pequeno regato donde cai a chuva que hoje voltou.
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