O piano
A propósito da prosa que debitei abaixo, gostaria de vos fazer uma confidência.
Desde os seis anos de idade, e por sugestão de meu progenitor, cujo pai e avô haviam sido músicos, comecei a aprender a tocar um instrumento.
A escolha foi minha: o piano!
É um instrumento fascinante, com uma sonoridade que me encanta e com uma característica especial: nele se pode tocar simultaneamente o solo e o acompanhamento.
Cheguei a tocar umas modinhas em público, pois então, num teatro de província, com direito a palmas, ramo de flores e beijos de uma menina...que por acaso era minha prima.
E as lições continuaram durante vários anos.
Mas nunca passei da cepa torta.
Até que desisti.
Acho que foi a primeira vez que senti que me faltava a vocação.
Há pouco tempo tentei dedilhar umas musiquetas. Que horror! Já perdera quasi toda a (pouca) agilidade dos dedos.
Como pai extremoso que sou, apliquei a mesma dose ao coitado do meu filho.
Resultado: não havia vocação. As aulas duraram muito menos tempo que comigo. Eu tinha aprendido a lição.
Desta vez não foi piano. Foi um orgão-sintetizador que ainda está cá em casa.
O velho piano, sem espaço num flat da Maia, foi morar para casa de familiares no Alto Minho.
E acho que lá ficará até morrer, o coitado.
Desde os seis anos de idade, e por sugestão de meu progenitor, cujo pai e avô haviam sido músicos, comecei a aprender a tocar um instrumento.
A escolha foi minha: o piano!
É um instrumento fascinante, com uma sonoridade que me encanta e com uma característica especial: nele se pode tocar simultaneamente o solo e o acompanhamento.
Cheguei a tocar umas modinhas em público, pois então, num teatro de província, com direito a palmas, ramo de flores e beijos de uma menina...que por acaso era minha prima.
E as lições continuaram durante vários anos.
Mas nunca passei da cepa torta.
Até que desisti.
Acho que foi a primeira vez que senti que me faltava a vocação.
Há pouco tempo tentei dedilhar umas musiquetas. Que horror! Já perdera quasi toda a (pouca) agilidade dos dedos.
Como pai extremoso que sou, apliquei a mesma dose ao coitado do meu filho.
Resultado: não havia vocação. As aulas duraram muito menos tempo que comigo. Eu tinha aprendido a lição.
Desta vez não foi piano. Foi um orgão-sintetizador que ainda está cá em casa.
O velho piano, sem espaço num flat da Maia, foi morar para casa de familiares no Alto Minho.
E acho que lá ficará até morrer, o coitado.
4 Comments:
OI!!! Cada coisa que acontece na nossa vida e agente naum sabe explicar o pq... coisas são impostas e terminam se tornando talentos... hummm... vc escreve muito bem... continue assim!!!
bjussss
António...não podemos ter "queda" para tudo...pelo menos serviu para
fazeres um post sobre o assunto. Já
valeu a pena...
Beijinhos
betania
Obrigado por terem vindo aqui e deixado a vossa marca.
Gostaria de fazer alguns esclarecimentos:
- O piano é muito fraco, tem estrutura em madeira e não em ferro. E está entregue a familiares que sabem teclar qualquer coisita.
- De facto, ainda recentemente tentei tocar umas músicas que sabia de cor num outro piano e os dedos estavam completamente rígidos. Também nestas coisas, ou se faz exercício ou se "engorda".
- Mas continuo a ouvir música da minha colecção de...vou ver...isso: 466 CD´s. Ontem, domingo, deliciei-me com o álbum Guilty e com a voz cristalina da Barbra Streisand.
Vão aparecendo e dizendo qualquer coisa. Pelo menos assim não fico com a sensação chata de estar a escrever para o boneco.
Beijinhos
Depois de ler isto, acho que o piano fez uma bela escolha...!!!
beijocas
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