Eu sou louco!

Irreverência, humor, criatividade, non-sense, ousadia, experimentalismo. Mas tudo pode aparecer aqui. E as coisas sérias também. O futuro dirá se valeu a pena...ou melhor seria ter estado quietinho, preso por uma camisa de forças! (este blog está registado sob o nº 7675/2005 na IGAC - Inspecção Geral das Actividades Culturais)

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segunda-feira, agosto 22, 2005

Miguel Ângelo (a casa de Barcelinhos)




Quando iniciei a feitura deste blog decidi que só teria texto. Nem fotografias, nem músicas.

Mais nada!
Mas hoje vou quebrar esse princípio.
A amiga Guevara do "Guerrilhas", a meu pedido, fez uma série de fotos da casa de Barcelinhos onde nasceu o meu bisavô Miguel Ângelo Pereira. E fez tudo num ápice.
Muito obrigado, minha querida amiga!
Seleccionei três dessas fotos para aqui colocar.
Peço especial atenção à terceira. Já serviu para rectificar a data de nascimento que constava do dicionário enciclopédico da Lello. É 1843 e não 1847. Alíás confirmado pelo artigo do Diário do Norte que referi no post anterior.
Na pequena placa de mármore cujos dizeres são ilegíveis na fotografia, está escrito o seguinte:


"Homenagem do Orfeão Universitário do Porto 1-9-1944"

Mais um obrigado à Guevara que foi quem fez a leitura in loco.
Penso que fiz bem em colocar estas imagens.
Enfim...às vezes é preciso subverter as regras, não é verdade?

23 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ola!!!! Foi um prazer poder ajudar!

Na placa de mármore pode lêr-se:

"Homenagem do Orfeão Universitário do Porto_1-9-1944"

:)

Qualquer coisa, já sabes, estou ali ao lado...

bejinho!

1:25 da tarde  
Blogger margusta said...

António não existe regra sem excepção.
Depois do post anterior acho que era quase obrigatório para ti e para nós podermos partilhar essas fotos.
Apesar de ser um antepassaado teu , tambem eu senti uma certa emoção ao ver a terceira foto depois de ter seguido a história no último post.
Muitos parabens e beijinhos.

2:21 da tarde  
Blogger Leonor said...

as fotos estão formidáveis.
parabéns à Guevara.
e parabéns a ti que quebraste o nunca digas nunca. que bom aer anarqua e fazer o que ha para fazer nomomento.
obrigado pelo teu comentario sempre simpatico no Ex.

abraço da leonor

3:56 da tarde  
Blogger heidy said...

Toni, tudo tem um começo, agora estás no meio da tua história... isto é apenas um caminho. É bom descobrir novas coisas sobre nós. afinal , tu e esse senhor têm laços de sangue, esta´ligado a ti por algo que ninguém consegue separar.

4:59 da tarde  
Blogger wind said...

As fotos estão boas e fizeste bem em quebrar as regras. Afinal é bom saber algo dos antepassados:) beijos

10:54 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Bonitas as fotos!
A Guevara é uma boa fotógrafa!

Penso que os primeiros passos para a reabilitação, do grande pianista e compositor MAP, já foram dados! Pois é importante que a sua música seja novamente ouvida em concertos e Festivais de Música. O seu nome deverá perpetuar, com a dignidade do notável músico que foi! E se o Freitas Branco, o confirma...
António, será que o primeiro livro irá ser a biografia do seu bisavô?
Penso que não!
Estas crónicas até já estão feitas!

Um abraço,

GR

11:09 da tarde  
Blogger Ana Santos said...

Se fosse eu, até me sentia orgulhsa da 3ª foto.
beijos,
Ana

12:08 da manhã  
Blogger Mitsou said...

Parabéns à Guevara e a ti por nos brindares com estas lindas imagens. Também sabe bem variar, de vez em quando :) Beijocas!

1:59 da manhã  
Blogger António said...

Para GR:
Mais amáveis e motivadoras palavras.
As crónicas ainda não estão concluídas. Há mais.
Tenho duas prontas (uma delas tem 6 folhas de Word pelo que resolvi dividi-la em duas partes para facilitar a leitura, e acho que está muito boa - que falta de modéstia!) mas vou pondo cá fora mais devagarinho pois ainda estão muitos leitores em férias.
Abraço

9:05 da manhã  
Blogger SL said...

Se me permites...
Um louco com avô pianista?! Essa nunca tinha visto!

Pronto! Espero que não te tenhas zangado comigo, não resisti!
Jinhos

1:29 da tarde  
Blogger 1entre1000's said...

Gostei de ler a tua história, e com o apoio das imagens...não sei porque mas senti-me reportada a um romance do Eça de queiroz por ai... :)
(estava curiosa pelo que li no "guerrilhas"

4:01 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Que giro...

Curiosamente fui membro do Orfeão Universitário do Porto. Não nessa altura, obviamente, mas mais tarde (92 - 03)

5:27 da tarde  
Blogger António said...

Para RT:
Como vês, os meus antecedentes musicais são vastos...mas esgotaram-se com o tempo...eh eh
Abraço

6:33 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Estou de acordo. É necessário subverter as regras.
Além disso, este texto assemelha-se a uma homenagem. Mercida, na certa.
Infelizmente não conheço a música de tão ilustre antepassado. Será possível ter acesso a ela?
Abraços

7:59 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ui... isto é só elogios!!!
ai...que tenho baba a cair!

Obrigada pessoal!

11:56 da tarde  
Blogger António said...

Para "Guevera"":
E são merecidos, muito merecidos!
Beijinhos para ti

8:08 da manhã  
Blogger Dad said...

Eu também tinha uma avó pianista, aprendi piano mas não toco e agora canto num coro sinfónico. Gostei das crónicas e das fotos. A história da nossa vida deve ser revisitada para balanços...

12:01 da tarde  
Blogger António said...

Para "dad":
Obrigado pela visita.
Volta sempre.

9:43 da tarde  
Blogger Heloisa B.P said...

E Fez muito bem em quebrar esse principio, pois eu gostei imenso de ver as fotos e a homenagem a Seu BISAVO!!!
_Obrigada pela Sua visita!
gostaria de vir mais vezes pois tenho AQUI imenso que LER, mas nao me e' possivel, por razoes varias!!!
um Abraco!
_Este e' um caminho que ja' nao dispenso!
Heloisa B.P.
**************

10:26 da tarde  
Blogger Caiê said...

Gostei imenso desta subversão!

Toda a regra é para ser quebrada! beijito

3:35 da tarde  
Blogger Cainha said...

Que saudades estas fotos me fizeram :)
Naquela curva se tomava um carreiro tosco, de pedra irregular, que levava à beira rio e à praia fluvial. De repente vieram-me à memória imagens vivas de outros tempos, do tolde metálico em que o pessoal se protegia do sol, dos vestiarios em chapa e que condicionavam o acesso, e mais do que isso da "piscina" definida por um estrado de madeira flutuando sobre bidões, onde eu tantas vezes tomei banho.

11:49 da tarde  
Blogger Zica Cabral said...

Querido António, nem sei como começar porque tinha imensa coisa para te dizer.Mas vou começar por te dizer que que o Caldeira CAbral a que te referiste é o meu irmão GEMEO. Somos os mais novos de uma larga familia de 9 irmão que, quanto a mim, fechou com chave d'ouro. Pois os meus manos (que são todos uns queridos sem excepção) discordavam veementemente quando eu dizia isso à minha Mãe, mas eu mantenho para lhes fazer raivinhas.
Agora vou directa ao teu bisavô. Confesso que não conhecia o nome mas a Ópera Eurico sim porque ouvi falar dela pela boca de um Musicóloga Maria Augusta Barbosa que, tu não deves nunca ter ouvido falar mas que a senhora musicologa que está a fazer a tese (agora chama-se monografia se for de licenciatura e tese se fôr de douturamente..esquesitices) sobre o teu bisavô deve conhecer porque é o Baluarte da Musicologia em Portugal. É viva e tem agora 97 anos e com uma cabeça mais sã que a minha e a tua. Por coincidência é a madrinha de baptismo do meu irmão Pedro e era amiga de longa data dos meus Pais.
Eu posso estar a fazer confusão mas creio (uma vaga klembrança) que essa Ópera veio a Lisboa e foi apresentada no Teatro do Conde de Farrobo onde é agora o ZOO de Lisboa. Se não foi aí foi no palácio Foz. Não tenho a certeza por isso não é um dado historico.
Quanto à tua hesitação sobre se devias escrever a Historia da tua familia, eu acho que sim. Parece um Romance (e foi com certeza) de Camilo Castelo Branco e imagino o que a tua Avó não sofreu não só por ser "Mâe solteira" estigma na altura mas, tb, pela morte tão prematura do teu avô. Mas, a Historia é composta por todas as historias do seu povo e cada uma delas faz parte da nossa herança colectiva.
Devo acrescentar ainda, que o meu forte não é musicologia mas sim sociologia da Música porque, como antropologa (não sei se te tinha dito que tb o sou) foi para esse campo que me virei por achá-lo muitissimo interessante. Dentro da Sociologia da Musica dediquei-me mais particularmente ao papel da Musica nos rituais funerarios da especie humana, materia que fui a primeira a estudar e compilar e da qual dei uma serie de conferencias. Espero que mais alguem se tenha dedicado a ela mas em 1989/91 nada havia na Europa e na America sobre o assunto.
O espolio musical portugues como varios capitulos da nossa herança cultural está ultra abandonado e, haverá, certamente, muitos compositores importantes, nomeadamente dos secs 18 e 19 que são desconhecidos do grande publico (ou mesmo do pequeno e restricto mundo da musica). O meu irmão Pedro tem feito um bom trabalho no capuitulo da Investigação historica e tem desencantado alguns mas a especialidade dele é sobretudo a Idade Media e a Renascença.
Ok para testamento já vai longo né?
Obrigado por me teres chamado a atenção para estes 2 post que li de imediato. Estava ainda a ler Fevereiro que foi quando começaste. Questão de metodologia, a antiguidade primeiro para a actualidade ter alguma coerência
Beijinhos Zica

5:06 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Antonio
Fiquei muito contente ao entrar neste site. Por coincidência estava pesquisando sobre a vida do meu bisavô LOURENÇO DE ARAUJO PEREIRA, e vi sua pesquisa sobre seu bisavô Miguel Angelo Pereira,que são irmãos.Interessei-me também pela vida do seu bisavô, e estou procurando mais detalhes sobre a família.
Sou brasileiro,de Poços de Caldas Mg.Meu bisavô também era músico,compositor e maestro.Sei que seu bisavô também estudou música no Rio de Janeiro.
Se você tiver alguma matéria sobre a família dos nossos bisavós por favor mande-me.
Abraços
Lourenço Antonio Carvalho Pereira
e-mail:lourencoantonio@uai.com.br

10:48 da tarde  

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