Eu sou louco!

Irreverência, humor, criatividade, non-sense, ousadia, experimentalismo. Mas tudo pode aparecer aqui. E as coisas sérias também. O futuro dirá se valeu a pena...ou melhor seria ter estado quietinho, preso por uma camisa de forças! (este blog está registado sob o nº 7675/2005 na IGAC - Inspecção Geral das Actividades Culturais)

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quinta-feira, setembro 08, 2005

Explicações no Ribeiro

Entrei para o liceu de Alexandre Herculano, na zona do Bonfim, do Porto, em Outubro de 1959.
Na escola primária tinha sido um bom aluno.
No primeiro ano do liceu andei mais ou menos, com notas entre 10 e 13. Mas, no último período levei um Mau a matemática e só a benevolência do professor, o Dr. Pedro Pinheiro Gonçalves de quem haveria mais tarde de me tornar amigo, dele e de parte da família, fez com que na pauta saísse um 9.
No segundo ano as notas não foram melhores. Levei uma negativa a Desenho. Mas, nessa altura, havia exames nacionais no fim desse 1º ciclo e o meu pai, temendo que as coisas corressem mal, no terceiro período resolveu meter-me num explicador colectivo.
Mas que raio de coisa era essa?
Tendo aulas de tarde até cerca das cinco horas, todos os dias ia para as Salas de Estudo do Bonfim das cinco às sete. O proprietário era um sujeito alto e entroncado, Com cerca de de cinquenta anos, cabelos brancos, voz de trovão, óculos ray-ban de aros dourados e lentes verdes, ar de macho sedutor que, não sendo formado, dava explicações de Francês. Era o Sr. Sebastião Ribeiro, também conhecido publicamente por ter sido dirigente do F.C. do Porto. Era casado com uma antiga aluna, a D. Beatriz, mais nova vinte anos do que ele e que, apesar de o ter desposado muito cedo, já estava um pouco estragada, não pelo peso do Sebastião (não sei se era o come tudo, ou não), mas por quatro partos de três meninas e um rapaz. Ele queria um moço e foi tentando até o conseguir, para sossego da mulher. O Ribeiro era a personalidade mais temida pelos alunos. Não precisava de ensaiar para enfiar duas galhetas na cara de quem não se portasse na linha.
Havia turmas mistas (coisa que não existia nos liceus) para os chamados alunos externos, os que estavam matriculados noutro estabelecimento de ensino, mas havia também classes de alunos “internos”, também mistas, para quem aquilo funcionava como um colégio.
Tínhamos aulas de Português e Francês, dadas pelo Sr. Seixas, um tipo do reviralho que já tivera uns dias de prisão na PIDE, sempre cabisbaixo e sonolento, de voz pouco audível e de Matemática, dadas pelo Eng. Alípio, um solteirão muito magro, sempre vestido de escuro, afónico, com as unhas dos dedos mindinhos bem compridas e constantemente a escarafunchar os ouvidos e a disparar o cerume para uma zona da sala mais vazia, pouco paciente e com ataques repentinos de ira. As Ciências e o Desenho ficavam por nossa conta.
Havia lá dois rapazes da minha turma do liceu: o Crespo e o atordoado, mas sempre com resposta bem-humorada na ponta da língua, Bernardino.
No total, seríamos uns quinze, dos quais talvez cinco fossem meninas: lembro-me da Emília, da Alice, da Dalila, da Fátima e da Zélia.
Éramos todos do Alexandre ou do liceu feminino da Rainha Santa Isabel que foi desactivado no ano passado. Que pena!
Mas, o mais relevante foi que as escritas do exame me correram bem e dispensei das orais (se bem me lembro, com doze).

Consequência mais notória: o meu papá entendeu que o sucesso se devera às explicações (e talvez tivesse razão) e resolveu que no ano seguinte iria para o Ribeiro desde o início. E continuei ainda por mais dois anos. Até ao fim do quinto, em 1964.
No terceiro ano, o primeiro do 2º ciclo, ainda tive aulas de tarde. Nos dois seguintes tinha aulas de manhã, pelo que ia para o velho edifício da rua de Santo Ildefonso por volta das três. Sendo muitas vezes o primeiro a chegar, aproveitava para estudar as disciplinas para as quais não havia explicações: Desenho, Ciências, História e Geografia. Mas, conforme iam entrando os colegas, o estudo ia-se convertendo em conversa e brincadeira, mau grado o esquelético e narigudo Sr. Pereira, dedos amarelos de tanto tabaco, ir apontando no quadro o nome dos que se portavam mal. Eram sempre os mesmos, com o Bernardino a aparecer repetidamente logo abaixo de M.C. (Mal Comportados). Mas, quando começavam a chegar os professores, o Pereira desaparecia estrategicamente e os nomes eram logo apagados.
Agora, o Português e o Francês eram leccionados pelo Ribeiro mas, como ele tinha as tarefas da gestão, era muitas vezes substituído pelo Seixas. O Inglês pela gordinha Dr.ª Matilde, irmã da D. Beatriz, solteira, e que viria a casar com o macambúzio Eng. Alípio que nos dava as aulas de Físico-Químicas. Finalmente, o melhor a ensinar: o solteiro e anafado Eng. Brenha, sempre bem vestido, que trabalhava também numa empresa do seu pai.
Nunca me esquecerei da forma brilhante como ele fez a introdução à Álgebra.
Chamou um aluno ao quadro e perguntou-lhe:
- Escreva aí um número qualquer.
E o moço escreveu 8.
- Isso é um 8. Eu quero que escreva um número qualquer.
O colega olhou para ele com cara de parvo. Ele e todos nós. E escreveu 17.
- Não! – disse o Brenha – Um número qualquer. Esse é o 17.
Perante o ar apalermado da plateia, e depois de ter perguntado se alguém sabia, pegou calmamente num pau de giz, aproximou-se do quadro e escreveu um “x”.
- Esta letra, em Álgebra, representa um número qualquer – disse.
E continuou:
- Se quisermos que seja 20 é 20. Mas pode ser 2 ou 234 ou 45.
Nunca esqueci isto. A noção básica da Álgebra é esta de um número variável representado por uma letra.
Feito este aparte, não posso deixar de referir a importância que esta escola mista teve para me habituar a ter raparigas como colegas. Foi, sem dúvida, um dos aspectos mais importantes para um jovem adolescente que estava quasi proibido pelo regime de partilhar as salas de aulas com pessoas do outro sexo.
E, do ponto de vista pedagógico, comecei a habituar-me a estudar com outros colegas, a pôr-lhes questões, a tirar dúvidas, a ensinar o que sabia. Passei a ser um bom aluno. Raramente tinha uma nota inferior a treze. Estive sempre no Quadro de Honra. Dispensei ao exame do quinto ano, quer em Letras quer em Ciências.
Foi um período que correspondeu ao desabrochar da personalidade, da mente, do corpo, da sexualidade. E acho que tudo de uma forma harmónica. Não sei se a frequência das explicações do Ribeiro tiveram muita ou pouca importância nestes resultados. Mas que tiveram, não tenho dúvidas.
Muitas histórias haveria para contar. Mas, confesso, já só me lembro de algumas.

Em determinada fase apaixonei-me por uma jovem sardenta, mas de ar já senhoril, que andava a estudar no Rainha Santa: a Zé. Confessei isso ao Rui. Este namorava com a Dalila que era prima desse “borracho”. E, como era próprio da época, a Dalila apresentou-me à Zé. Para desgosto meu, a rapariga não engraçou comigo e mandou-me dar uma curva. Não fiquei muito perturbado - mulheres há muitas, pensei - mas fiquei um bocadinho.
Mais complicado foi quando a Dalila, sempre ela, uns dias depois, ainda eu não tinha cicatrizado a ferida aberta no meu jovem coração, me chamou aparte e disse:
- Castilho! Tenho de te dizer que há duas meninas do quarto ano (eu andava no quinto, nessa altura) que gostam muito de ti.
Eu fiquei meio tonto. Não esperava nada daquilo. E logo duas. Afinal a Zé é que devia ter a mania que era boa.
- E quem são? - perguntei.
- Uma é a prima do Rui Seixas, a Cândida e outra é a Alcina. – disse com ar muito circunspecto a minha amiga – Agora é contigo. Ou estás interessado em alguma ou nenhuma te interessa.
- Pois é! – balbuciei.
E fiquei a matutar no que havia de fazer. Se fosse só uma…mas ter de optar entre duas era um tanto complicado. E ainda por cima dava-me bem com ambas.
Como seria de esperar, fui falar com o Mizé, com o Rui, com o Mesquita e com mais um ou dois colegas para me ajudarem a decidir. No meio dos mais diversos conselhos que agora não faço ideia nenhuma quais foram (nem interessa muito, pois deveriam ser bastante idiotas), ainda iam gozando com o meu recém-descoberto sucesso entre as raparigas.
Mas, de facto, eu via as mocinhas como colegas mais novas e, como se provaria mais tarde, sempre preferi as mulheres mais maduras às mais jovens. Não estava interessado em namorar com nenhuma.
Mas se rejeitasse as duas ainda poderia passar por maricas. Portanto, e sem convicção, escolhi a Cândida. Lá começamos a namorar mas a coisa durou pouco tempo.
Mais tarde, quando as vi com vinte e tal anos (a Cândida e a Alcina), já mulheres e muito jeitosas, pensei com os meus botões:
- Agora é que podiam vir dizer que estavam apaixonadas por mim!
Mas a Zé, essa ainda há poucos anos a via muitas vezes e nunca deixei de sentir um fraquinho por ela e pelas suas sardas.

As pessoas da minha geração que viveram na zona do Porto, nessa época, devem lembrar-se de um programa de discos pedidos que era transmitido pelos Emissores do Norte Reunidos aos domingos à tarde, com a duração de uma hora, salvo erro, e apresentado por um tal Daniel Gonçalves. Chamava-se “Música na Estrada”. Era muito popular entre os adolescentes e, mais de metade do tempo era passado com o locutor a dizer o nome ou “petit nom” de quem pedia o disco e a interminável lista daqueles a quem era dedicado.
Uma vez, eu e o Rui, mais o Mesquita e outro dos rapazes, resolvemos mandar um postal com a frase obrigatória, o nosso nome (Águias Negras – vejam bem!) e o disco pretendido. Estávamos em 1964, ano do aparecimento em força dos Beatles em Portugal, e nós pedimos um dos seus primeiros temas, uma canção fracota mas que foi o primeiro grande sucesso comercial do grupo de Liverpool – “She loves you”. Alguém se recorda?

Exactamente em 1964, com quinze anos portanto, terminei o quinto ano e, como o Ribeiro só leccionava até aí, terminaram para mim as explicações. De boa memória, como devem ter percebido do que escrevi atrás.
Mais histórias haveria certamente para contar, mas estas foram as que me ocorreram.
Anos depois, o Sebastião Ribeiro morreu deixando o negócio nas mãos da mulher e do filho. Entretanto tinham fundado o Externato de Santa Clara que absorveu as Salas de Estudo. Mas, tanto quanto sei, ainda hoje há aulas nesse velho edifício.
Dos meus colegas desse tempo nada sei.
Minto!
A Cândida e o Mizé (um dos meus conselheiros para assuntos sentimentais) casaram.
Um rapaz que andava um ano adiantado, bom estudante, o Tone Balio, aos vinte e poucos anos revelou-se esquizofrénico. Viveu os últimos anos no Hospital de Magalhães Lemos, tendo falecido no ano passado.

As pessoas que leram este texto podem não ter tido muito gozo com isso.
Mas garanto-vos que eu tive imenso a escrevê-lo.

29 Comments:

Blogger wind said...

Gostei imenso de ler o texto, sim:) És excelente ( e já to "disse") a contar os episódios da tua vida. beijos

1:38 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Como é possível António, não sentir gozo ao ler o que escreves... Uma das tuas caracteristicas, é prender o leitor nos teus textos. Daí se explica que mesmo sendo eles curtos ou longos uma pessoa só os abandona, quando chega ao final... Afinal (aproveitando para fazer trocadilho na sonoridade das palavras) No final... porque afinal são histórias de tua vida, que se vê e sente que foi vivida intensamente.Não consegui comentar o post anterior, mas quero que saibas que me delicío sempre que escreves sobre Angola... Parece que estou a sentir o cheiro da terra batida e encarnada, na Terra Nova, mesmo ao lado de Luanda, onde vivi em 74. Parece que sinto o gosto das mangas e do démdém acabado de ser cozido em água e açucar... Parece que sinto o medo, quando estava na igreja num Domingo e o MPLA começou a saquear o nosso quarteirão... Parece... Parece... São recordações, umas boas outras penosas, que tu me fazes reviver... Obrigada por isso. Ps: O "Ni" que te chamei foi uma forma carinhosa do diminutivo de António... Desculpa... Foi talvez indelicado da minha parte, mas foi inconsciente, só depois de teres referido é que me dei conta que o tinha feito... jinhos

2:43 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Antonio li tudo sem respirar, por isso, gostei deste teu texto.
tu foste um bom aluno e bem comportado, mas com o passar dos anos.....

classificação na escala de 1 a 10-
9
jinho Antonio

http://amcosta.blogs.sapo.pt

3:49 da tarde  
Blogger António said...

Para Ana Maria Costa:
Ainda bem que o texto não é excessivamente longo porque, ao lê-lo sem respirar, ainda morrias por asfixia.
O 9 é uma boa nota, muito obrigado!
"tu foste um bom aluno e bem comportado, mas com o passar dos anos...", escreveste.
Mas o que aconteceu com o passar dos anos?
Passei a ser mau aluno?
Ou passei a portar-me mal? ah ah ah

Beijinhos

3:59 da tarde  
Blogger maresia said...

mais uma vez, confesso, não li até ao fim... mas gostei, fez-me recordar as histórias que o meu Pai também conta desses tempos nas escolas do Porto.

5:20 da tarde  
Blogger Heloisa B.P said...

ANTONIO,
Com toda a sinceridade, eu "vivo" s Suas "Historias"_VIVENCIAS_!
Passo do riso aberto a comocao, com facilidade ao longo da Historia!
Destaco esta parte, porque, passei do riso a gargalhada, pelo modo como descreve estas situacoes que quase posso visiona'-las!
DESTACO:

"Nunca me esquecerei da forma brilhante como ele fez a introdução à Álgebra.
Chamou um aluno ao quadro e perguntou-lhe:
- Escreva aí um número qualquer.
E o moço escreveu 8.
- Isso é um 8. Eu quero que escreva um número qualquer.
O colega olhou para ele com cara de parvo. Ele e todos nós. E escreveu 17.
- Não! – disse o Brenha. Um número qualquer. Esse é o 17.
Perante o ar apalermado da plateia, e depois de ter perguntado se alguém sabia, pegou calmamente num pau de giz, aproximou-se do quadro e escreveu um “x”.
- Esta letra, em Álgebra, representa um número qualquer – disse.
E continuou:
- Se quisermos que seja 20 é 20. Mas pode ser 2 ou 234 ou 45.
Nunca esqueci isto. A noção básica da Álgebra é esta de um número variável representado por uma letra."
*****************TODO O TEXTO e' EXCELENTE! Senti-me "transportada" para esta epoca_talvez saudosa_!
_Ja' agora, parabens por ter um ALUNO tao aplicado!E... Bonito, p'los vistos!!!!...
Fica um Abraco!
Heloisa B.P.
***************

6:59 da tarde  
Blogger Passaro Azul said...

António,
li hoje pela primeira vez os teus textos imperdiveis.
Como escreves!
A partilha que fazes da tua vida é de admirar, sem dúvida.
Fui atraída por um comentário que deixaste num blog amigo e...fiquei tentada a conhecer-te melhor.Já te linkei.
Talvez um dia comentes o meu.
Estou mesmo a iniciar-me. Tenho muito a aprender.
Um abraço e até breve.

7:25 da tarde  
Blogger heidy said...

:)São coisas pelas quais passamos que nos fazem sorrir e recordar. tenho saudades de algumas fases da minha vida, não porque não as tenha vivido, mas porque as vivi de modo muito intenso... por isso senti cada palavra tua! é tão giro imaginar-vos adolescentes e a maneira como tu contas dá para fazer isso.

beijokitas amigo desta tua anja e continuaaaaaaa

8:04 da tarde  
Blogger margusta said...

Vim deixar-te um beijinho António....depois passo para te ler.
Bom fim de semana amigo.

9:58 da tarde  
Blogger Fragmentos Betty Martins said...

Querido António

Não ter gozo!!!
É completamente impossivel! Ao ler as tuas histórias o gozo é muito especial, SEMPRE!

A riqueza que dás a cada personagem, a envolvência em cada detalhe, entre o sério e qualquer coisa que vai escambar a qualquer momento! são estes ingredientes, que tu tão bem sabes juntar, misturar. E assim fazes um "banquete" e dele... é um gozo desfrutar.

Obrigada por estes "pratos" deliciosos!

Beijo grande

1:30 da tarde  
Blogger Leonor said...

ah!

fiquei a saber duas coisas...
a primeira é que já se usava em 59 óculos rayban, e a segunda é que gostas de ruivas.

abraço da leonor

2:42 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Já reli ests história algumas vezes,tens passagens deliciosas,ah!não vou focar nenhuma!andei a ver se arrajava alguma coisa para ...me mandares para o Sudão?ah!ah!
Então o sr engenheiro melhorou as notas com as boas vistas,perdão,com O espírito das explicações?muito bem!...já então se iniciavam as manobras de ...ups!ressalva,clube de fãs,duas,muito bem,e...claro!estou a ver!!!
Ri-me perdidamente com a unha comprida,odeio,tenho uns olhos que reparam nas mãos,verdade!tiro logo a fotografia!!!ah!ah!
Andei sempre em escolas mistas,África(minha!digo eu!) deu-me desde sempre a possibilidade de lidar com rapazes e raparigas e gente de todas as cores, a minha experiência foi muito diferente mas diverti-me com a tua e de como a contaste,fantástico(já fico cá!uf!)

Então sardas?ruivas...hum,estou a ver,essas vou ter o cuidado de tas referenciar de forma diferente,ok?ah!por quem és...maduras...pois,ah!um clube de fãs polifacetado...mas nem tanto!!!assim vai levar mais tempo...ah!ah!
Matemática fez-me sorrir,morreu hà relativamente pouco tempo a minha professora de matemática que me aturou muito,Dra Esmeralda Athaíde das Neves...raciocínio,certo,nas contas(ela adorava pôr fracções complicadíssimas nos problemas e,eu punha logo:considerando este valor como x,este outro y...era até poder ser e,no fim,era fatal!agora substituindo...e mais nada!) ,passava a vida a dizer-lhe,...professora uma máquina fazia isto num instante,acho um desperdício este tempo e energia!
Era bos aluna,matemática era a menos boa das minhas disciplinas,mas ela achava-me imensa piada...quando me entragava o teste dizia-me sempre,com um ar sério e composto"..ainda há-de ir para engenharia!porquê professora?a menina e as máquinas!e não,não fui e não sou pela máquina,mas gosto mais de outras coisas do que fazer contas,isso é verdade!
Que escândalo,sou uma tagarela,não era...mas capaz de fazer duas coisas ao mesmo tempo,isso sim,ora bem,olho no cigano e outro...se não soubesse o que é a hipermetropia,ainda ia jurar que foi no Infanta que arranjei óclaines!ah!ah!sim,sim,batalha naval,stop,coisa pouca e só ás vezes!...
Beijinho grande,fico á espera...de mais histórias,adorei!
beijinho grande
ana

7:03 da tarde  
Blogger Viuva Negra said...

xiiiiiiii hoje que vim aqui veio a historia da adolencencia de uma cajadada heheheh estou a brincar ...

10:11 da tarde  
Blogger António said...

Para "ana":

Gostei muito deste teu post...eh eh eh
Apesar de longo, lê-se com agrado e de um fôlego...eh eh eh
Gostei particularmente que não tivesses ido para engenharia (sempre foi um concorrente a menos)...eh eh eh

Ó rapariga!
Quando é que crias um blog?
Já vi que tens material para escrever.

Um pormenor:
A Zé tinha sardas mas os cabelos eram castanhos. Daí o ar exótico pelo qual me tomei de amores.
Infelizmente levei uma nega!
Paciência!

Beijinhos

11:45 da tarde  
Blogger Menina Marota said...

Excelente!
Vi-me transportada a todos esses momentos. É como se estivesse “lá” …
Escusado será dizer que adorei o texto e, recordei o meu tempo de estudante, uma época muito feliz para mim.
Um abraço e bom domingo

10:13 da manhã  
Blogger Leonor C.. said...

Gostamos sempre de faler das nossas recordações da juventude! Eu também tenho boas... talvez um dia me disponha a falar delas.

Gostei de ler e aproveito para agradecer todos os emails que me tem enviado.

Leonor

3:56 da tarde  
Blogger Viuva Negra said...

Antonio, tenho imensa pena que não consiga ler o meu blog , mas acho que deve ser alguma coisa que tem para ai no seu PC talvez o Browser não sei , mas ninguem reclamou até agora ...

2:30 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Depois de uma curtas férias, já estava com saudades!
O que eu perdi!
Fiz batota, comecei a ler o livro, na última página deste capítulo!
Agora, vou ler as outras histórias!
A “Zé” nem sabe o que perdeu!!!
Que forma encantadora de falar da sua adolescência!
Pelo que temos lido, podemos dizer que o António, é um homem feliz!
Bem o merece, pelos momentos que nos tem oferecido com as suas extraordinárias histórias!

Mas, e o livro?
Não o edita no Natal!

Um abraço

GR

10:51 da tarde  
Blogger António said...

Para GR:

Mais uma vez obrigado pela visita e pela apreciação favorável aos meus textos.
O livro não sai porque não aparecem editores interessados nestas "obras-primas"...eh eh

Abraço

12:11 da manhã  
Blogger Ana Santos said...

Como sempre adorei ler o teu post.
Claro que dá gozo, ler as tuas histórias.
Adorei a parte dos namoros. Ser rejeitado por uma, mas haver duas interessadas. E o mais engraçado é encontrá-las anos depois já mulheres feitas.
Beijos,
Ana

1:02 da manhã  
Blogger Caiê said...

ah ah ah... como te habituaste bem a ter colegas mulheres, ahn! ;)

1:28 da manhã  
Blogger Mitsou said...

Claro que tive gosto, ora! E eu vinha cá (quebrando o meu "silêncio") se não fosse para me encantar com as tuas memórias deliciosas? Beijinho grande!

12:42 da tarde  
Blogger saltapocinhas said...

eu dispenso-me de contar as minhas histórias do liceu, não te quero fazer concorrência, ihihih!
Mas gosto muito de as ler, escreves muito bem...
A tua mulher lê o teu blog?
eu pergunto isto porque ai do meu marido que se ponha a contar-me os namoricos, que eu trucido-o!!

3:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Olá António.
Como sempre um texto magnifico que deveria estar em livro.
Abraços

6:51 da tarde  
Blogger INFORMANIACA said...

E porque não organizas um jantar do blog...quer dizer...um fim de semana inteiro...para poder ouvir as histórias gírissimas que nos contas?

ADMIRO A TUA PRODIGIOSA MEMÓRIA..
BEIJO

LC

12:21 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Como tu tens razão no que disseste, lá no meu cantinho.., Mas sabes António, em relação ao tabaco eu tenho que assumir que ainda não estou preparada pa o fazer, porque eu fumo, ainda não me propus a deixar esse vicio, e não me sinto nem um pouco à vontade para dar uma de: Olha para o que eu digo e não olhes para o que eu faço!" isso eu não sei fazer e nem quero aprender... mas quem sabe não está na altura de eu mesma deixar de fumar para poder argumentar sobre esse assunto?! Jinhos

2:02 da tarde  
Blogger nelsonmateus said...

ainda num entendi à razão de um post tão extenso apenas para dizeres, de um modo subtil, k es 1 verdadeiro macho latino!!!

ps: o zézé camarinha k se cuida! ;)

11:03 da manhã  
Blogger Caiê said...

Já te disse onde estou... tens de ser mais atento.... minhauuuu :)

6:53 da tarde  
Blogger T D said...

essa ambiência é perfeita.
o sebastião ribeiro com o seu sobretudo e o cigarro ao canto da boca. também frequentei esse antro no ano de 196(e tantos.

não li o texto todo, mas voltarei. tenho a impressão que desaprendi muito nesse sítio. talvez nos tenhamos cruzado, mas lembro-me muito pouco da gente que lá andava.

10:00 da tarde  

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