O viúvo - parte XIX
Segunda-feira, vigésimo quarto dia do mês de Outubro de 2005.
- Bom dia, senhor Novais! – disse a Rosa enquanto entrava no apartamento do Zé Novais.
- Bom dia, Rosa! Hoje vens mais agasalhadinha – respondeu o patrão.
- Pois! O tempo ontem arrefeceu. É o Outono a entrar a sério – disse ela.
- Eu já tomei o pequeno-almoço e estava à tua espera – informou o viúvo.
- Ah! É por causa da lista. Eu dou-lha já! – e a empregada apressou-se a ir buscar o papel e dá-lo ao José.
- Não! Não era por causa disso! É por um assunto muito mais sério – disse, com um ar muito formal, o homem. Anda aqui para a sala e senta-te por favor.
- Com certeza! – e a Rosa teve um pressentimento que lhe fez o coração bater mais apressadamente.
Instalados, o Zé começou:
- Olha, Rosa! Como sabes, desde que a minha mulher morreu que me sinto muito só aqui em casa. Tens sido tu quem me tem valido, e em várias perspectivas. Agora não vou dizer nada do que se passou aqui com a vizinha, nem isso interessa muito para o caso. O importante é que não é ela que vem viver comigo. Está decidido. Eu queria que fosses tu, Rosa, a vir viver cá para casa. Mas...
Não concluiu o discurso porque a mulher irrompeu num choro bem molhado e bem fungado.
O homem calou-se e esperou que a Rosa serenasse.
- Mas... – ía continuar, no entanto ela interrompeu-o:
- O Sr. Novais nem sabe como me está a fazer feliz. Acho que nunca me senti tão bem na minha vida como neste momento.
Levantou-se e foi beijar o Novais nas faces, e depois suavemente e com muita ternura, nos lábios. Sentou-se de novo.
- Mas, como eu ía dizendo, por enquanto não tenho intenção de casar contigo.
- Não é isso que me importa! É poder estar com o senhor e tratar de si – interrompeu a mulher – e também não me posso casar porque ainda o sou com o António.
- Mas deixa-me acabar! – disse ele – há uma razão para esta decisão. É que eu tenho direito a uma pensão que é metade da reforma da minha mulher mas, se me casar de novo, perco o direito a ela e como espero que tu deixes de trabalhar, não quero prescindir desse dinheiro. Além disso, tenciono dar contigo vários passeios, quer no país quer no estrangeiro e alguns dos locais a visitar não serão nada baratos.
- O senhor já reparou....
Agora foi a vez dele a interromper:
- Olha Rosa! A partir deste momento vais tratar-me por tu. E por José ou Zé, ou Zé Luís, como quiseres.
- Isso vai ser um bocado difícil!
- Ora! Ora! Há coisas muito mais complicadas. Ter de arranjar uma nova empregada, por exemplo.
- Uma empregada? Mas eu a viver aqui todo o tempo não preciso de empregada! – admirou-se ela.
- Pois! Talvez! Olha! Tu és a dona da casa; tu é que sabes.
- Mas tenho compromissos com a D. Emília. Todas as manhãs, quando saio daqui vou lá a casa dela e também nas tardes em que não venho para cá – lembrou a Rosa.
- Tens razão! Não me lembrei disso, que chatice! – praguejou o homem – quantos dias mais é que vais ter de lá ir?
Ela ficou pensativa durante uns momentos e disse:
- Vou primeiro falar com uma vizinha minha, uma mocita de vinte e poucos anos que ficou agora desempregada, e depois vou falar com a D. Emília e levo a Andreia comigo. Pode ser que a coisa se resolva já hoje. O pior é que ainda não fiz nada aqui e já são quasi dez horas.
- Deixa lá esta casa agora. Eu levo-te à tal Andreia, falas com ela, e depois trago-te aqui à senhora. Ela mora no prédio de baixo, não é? – alvitrou o Zé.
E completou:
- Entretanto passamos pela tua casa e trazemos as coisas essenciais. Logo que possamos vamos buscar o resto.
- Por mim está bem! – anuiu a nova companheira do Novais.
Pouco depois estavam no veículo.
- Curioso! Levei as roupas da D. Guida embora e agora trago-as de novo para os mesmos sítios – lembrou a mulher.
- É! Não me tinha ocorrido isso! Só prova que és a mulher indicada para mim – e fez-lhe um sorriso aberto ao qual ela correspondeu.
- Sabes que sou mais velho do que tu e não tenho herdeiros directos. Há o meu irmão e os meus sobrinhos mas estão bem arrumados. Portanto, embora não nos casemos, vou fazer um testamento a teu favor. Se eu morrer primeiro, o que é o mais provável porque tenho mais dezoito anos do que tu, ficas bem.
- Como me sinto feliz, Zé – disse ela – gostas que te trate assim?
- Está bem! Como quiseres...
- Como sou feliz, meu amor! Como sou feliz! Podes ter a certeza que nunca te vais arrepender de me ter escolhido – prometeu a nova dona da casa.
- É isso que espero, Rosa! E se não tivesse a certeza de que tu serias a companheira ideal para mim nesta fase da vida, não te teria convidado para vires viver comigo e partilharmos as coisas boas e más que a vida nos reserva – dissertou o Novais.
E continuou:
- Como é com a tua casa? Esta alugada por um baixo preço. Lembro-me de a Guida me ter falado nisso. Como o contrato de arrendamento deve estar no nome do António, o melhor é falar com o advogado para ele dar um conselho.
- Pois é! Mas eu estive lá há dias. Achas que tenho de marcar uma nova consulta? – perguntou a mulher.
- Deixa estar! Eu telefono-lhe – optou o José Luís.
E pararam em frente da casa da Rosa Maria Santana, assim se chamava ela.
Os olhares da vizinhança, com maior ou menor discrição, focalizaram-se no casal. Algumas cortinas entreabriram-se.
- Vai então falar com a moça e trazer as tuas coisas básicas. Eu vou fazer as compras e venho daqui a um quarto de hora, mais coisa menos coisa.
Quando o Novais regressou já a Rosa estava à porta com uma pequena mala e um saco e tinha a seu lado uma rapariga alta, magra, de longos cabelos de um loiro visivelmente químico, uns jeans e uma camisola. O Zé olhou-a e comentou para consigo:
- É jeitosa, a moçoila!
Depois de tudo acomodado, lá seguiram para casa do José.
Este levou a bagagem para o apartamento enquanto as duas mulheres se dirigiram para casa da sexagenária senhora.
Passavam uns trinta minutos das onze quando a porta se abriu.
- Então, Rosa?
- Está tudo tratado! Já acertei as contas com a D. Emília e a rapariga já lá ficou a tratar das coisas.
- Já viste que hoje tudo está a andar a um ritmo alucinante? – fez notar o viúvo.
- Quando tem de ser, tem de ser – respondeu a mulher.
- Vamos almoçar fora? – sugeriu o Zé.
- Agora é melhor eu arrumar a casa. Não quero que a minha casa – e acentuou bem as duas últimas palavras – esteja desarrumada.
- Está bem! – concordou o homem.
Mas disse mais, enquanto ía acompanhando o percurso da companheira.
- Depois vamos almoçar fora, os dois, e ainda a casa do João e da Mina dar-lhes a novidade. Antes de regressarmos aqui vamos buscar mais coisas tuas. Já que estamos em ritmo supersónico, continuamos.
E continuou:
- Como a Margarida faleceu há pouco tempo, não te vou apresentar como minha mulher às pessoas em geral. Daqui a uns meses, passarei a fazê-lo. Para já vais ser minha amiga – e riu-se, o Zé.
- Por acaso até concordo – respondeu ela.
Tocou o telefone.
O Zé foi atender.
O seu semblante ficou carregado, fez algumas perguntas e ouviu atentamente o que lhe diziam.
Finalmente desligou.
- Oh Rosa! Anda cá, por favor! – chamou alto.
Ela entrou na sala e viu-o de pé com um ar aéreo.
- Que foi? – perguntou a mulher.
- Bom dia, senhor Novais! – disse a Rosa enquanto entrava no apartamento do Zé Novais.
- Bom dia, Rosa! Hoje vens mais agasalhadinha – respondeu o patrão.
- Pois! O tempo ontem arrefeceu. É o Outono a entrar a sério – disse ela.
- Eu já tomei o pequeno-almoço e estava à tua espera – informou o viúvo.
- Ah! É por causa da lista. Eu dou-lha já! – e a empregada apressou-se a ir buscar o papel e dá-lo ao José.
- Não! Não era por causa disso! É por um assunto muito mais sério – disse, com um ar muito formal, o homem. Anda aqui para a sala e senta-te por favor.
- Com certeza! – e a Rosa teve um pressentimento que lhe fez o coração bater mais apressadamente.
Instalados, o Zé começou:
- Olha, Rosa! Como sabes, desde que a minha mulher morreu que me sinto muito só aqui em casa. Tens sido tu quem me tem valido, e em várias perspectivas. Agora não vou dizer nada do que se passou aqui com a vizinha, nem isso interessa muito para o caso. O importante é que não é ela que vem viver comigo. Está decidido. Eu queria que fosses tu, Rosa, a vir viver cá para casa. Mas...
Não concluiu o discurso porque a mulher irrompeu num choro bem molhado e bem fungado.
O homem calou-se e esperou que a Rosa serenasse.
- Mas... – ía continuar, no entanto ela interrompeu-o:
- O Sr. Novais nem sabe como me está a fazer feliz. Acho que nunca me senti tão bem na minha vida como neste momento.
Levantou-se e foi beijar o Novais nas faces, e depois suavemente e com muita ternura, nos lábios. Sentou-se de novo.
- Mas, como eu ía dizendo, por enquanto não tenho intenção de casar contigo.
- Não é isso que me importa! É poder estar com o senhor e tratar de si – interrompeu a mulher – e também não me posso casar porque ainda o sou com o António.
- Mas deixa-me acabar! – disse ele – há uma razão para esta decisão. É que eu tenho direito a uma pensão que é metade da reforma da minha mulher mas, se me casar de novo, perco o direito a ela e como espero que tu deixes de trabalhar, não quero prescindir desse dinheiro. Além disso, tenciono dar contigo vários passeios, quer no país quer no estrangeiro e alguns dos locais a visitar não serão nada baratos.
- O senhor já reparou....
Agora foi a vez dele a interromper:
- Olha Rosa! A partir deste momento vais tratar-me por tu. E por José ou Zé, ou Zé Luís, como quiseres.
- Isso vai ser um bocado difícil!
- Ora! Ora! Há coisas muito mais complicadas. Ter de arranjar uma nova empregada, por exemplo.
- Uma empregada? Mas eu a viver aqui todo o tempo não preciso de empregada! – admirou-se ela.
- Pois! Talvez! Olha! Tu és a dona da casa; tu é que sabes.
- Mas tenho compromissos com a D. Emília. Todas as manhãs, quando saio daqui vou lá a casa dela e também nas tardes em que não venho para cá – lembrou a Rosa.
- Tens razão! Não me lembrei disso, que chatice! – praguejou o homem – quantos dias mais é que vais ter de lá ir?
Ela ficou pensativa durante uns momentos e disse:
- Vou primeiro falar com uma vizinha minha, uma mocita de vinte e poucos anos que ficou agora desempregada, e depois vou falar com a D. Emília e levo a Andreia comigo. Pode ser que a coisa se resolva já hoje. O pior é que ainda não fiz nada aqui e já são quasi dez horas.
- Deixa lá esta casa agora. Eu levo-te à tal Andreia, falas com ela, e depois trago-te aqui à senhora. Ela mora no prédio de baixo, não é? – alvitrou o Zé.
E completou:
- Entretanto passamos pela tua casa e trazemos as coisas essenciais. Logo que possamos vamos buscar o resto.
- Por mim está bem! – anuiu a nova companheira do Novais.
Pouco depois estavam no veículo.
- Curioso! Levei as roupas da D. Guida embora e agora trago-as de novo para os mesmos sítios – lembrou a mulher.
- É! Não me tinha ocorrido isso! Só prova que és a mulher indicada para mim – e fez-lhe um sorriso aberto ao qual ela correspondeu.
- Sabes que sou mais velho do que tu e não tenho herdeiros directos. Há o meu irmão e os meus sobrinhos mas estão bem arrumados. Portanto, embora não nos casemos, vou fazer um testamento a teu favor. Se eu morrer primeiro, o que é o mais provável porque tenho mais dezoito anos do que tu, ficas bem.
- Como me sinto feliz, Zé – disse ela – gostas que te trate assim?
- Está bem! Como quiseres...
- Como sou feliz, meu amor! Como sou feliz! Podes ter a certeza que nunca te vais arrepender de me ter escolhido – prometeu a nova dona da casa.
- É isso que espero, Rosa! E se não tivesse a certeza de que tu serias a companheira ideal para mim nesta fase da vida, não te teria convidado para vires viver comigo e partilharmos as coisas boas e más que a vida nos reserva – dissertou o Novais.
E continuou:
- Como é com a tua casa? Esta alugada por um baixo preço. Lembro-me de a Guida me ter falado nisso. Como o contrato de arrendamento deve estar no nome do António, o melhor é falar com o advogado para ele dar um conselho.
- Pois é! Mas eu estive lá há dias. Achas que tenho de marcar uma nova consulta? – perguntou a mulher.
- Deixa estar! Eu telefono-lhe – optou o José Luís.
E pararam em frente da casa da Rosa Maria Santana, assim se chamava ela.
Os olhares da vizinhança, com maior ou menor discrição, focalizaram-se no casal. Algumas cortinas entreabriram-se.
- Vai então falar com a moça e trazer as tuas coisas básicas. Eu vou fazer as compras e venho daqui a um quarto de hora, mais coisa menos coisa.
Quando o Novais regressou já a Rosa estava à porta com uma pequena mala e um saco e tinha a seu lado uma rapariga alta, magra, de longos cabelos de um loiro visivelmente químico, uns jeans e uma camisola. O Zé olhou-a e comentou para consigo:
- É jeitosa, a moçoila!
Depois de tudo acomodado, lá seguiram para casa do José.
Este levou a bagagem para o apartamento enquanto as duas mulheres se dirigiram para casa da sexagenária senhora.
Passavam uns trinta minutos das onze quando a porta se abriu.
- Então, Rosa?
- Está tudo tratado! Já acertei as contas com a D. Emília e a rapariga já lá ficou a tratar das coisas.
- Já viste que hoje tudo está a andar a um ritmo alucinante? – fez notar o viúvo.
- Quando tem de ser, tem de ser – respondeu a mulher.
- Vamos almoçar fora? – sugeriu o Zé.
- Agora é melhor eu arrumar a casa. Não quero que a minha casa – e acentuou bem as duas últimas palavras – esteja desarrumada.
- Está bem! – concordou o homem.
Mas disse mais, enquanto ía acompanhando o percurso da companheira.
- Depois vamos almoçar fora, os dois, e ainda a casa do João e da Mina dar-lhes a novidade. Antes de regressarmos aqui vamos buscar mais coisas tuas. Já que estamos em ritmo supersónico, continuamos.
E continuou:
- Como a Margarida faleceu há pouco tempo, não te vou apresentar como minha mulher às pessoas em geral. Daqui a uns meses, passarei a fazê-lo. Para já vais ser minha amiga – e riu-se, o Zé.
- Por acaso até concordo – respondeu ela.
Tocou o telefone.
O Zé foi atender.
O seu semblante ficou carregado, fez algumas perguntas e ouviu atentamente o que lhe diziam.
Finalmente desligou.
- Oh Rosa! Anda cá, por favor! – chamou alto.
Ela entrou na sala e viu-o de pé com um ar aéreo.
- Que foi? – perguntou a mulher.
24 Comments:
mas o homem é terrível. completamente terra a terra. e apressadito. a rosa também não vai de modas. o que tem de ser tem muita força.
desculpa lá, antónio... podia haver um bocadinho mais de namoro, ou não?
abraço da leonoreta
ah ah ah a Leonor tirou-me as palavras da boca. Acho que aqui apressaste muito as coisas Antoninho. Se bem que a Rosa já estivesse toda feita para agarrar o Zé Luís as coisas resolveram-se depressa de mais. Não estejas a apressar o fim porque eu estou a gostar muito E ainda por cima deixaste-me outras vez num suspense danado........Isso não se faz a uma pessoa já velhinha como eu ah ah ah
Ora bolas!! Mas porque é que existem telefones??!! Caraças...Beijos, estou a gostar, independentemente do telefonema seja lá de quem for! Bom fim de semana para ti.
claro! tens razão. e so agora que me chamas a atenção lembro-me que os meus interesses aos vinte eram diferentes dos de agora aos quarenta exactamente porque o tempo urge e inconscientemente queremos apanhar tudo mais depressa.
... no caso do ze novais, é o medo da solidao tambem.
abraço da leonoreta
Vou transcrever aqui a resposta que dei à Leonor e à Zica:
Comentaste (a propósito do Zé e da Rosa):
"...podia haver um bocadinho mais de namoro, ou não?"
Eu respondo-te:
Aos 60 anos, uma vez tomada uma decisão e não havendo obstáculos, já não se perde tempo à espera de nada para passar à execução.
É a minha forma de ver o Zé a pensar.
Desde o início.
Fiz esta intromissão nos comentários, prevendo que haverá outros com essa mesma observação.
Assim, já aqui fica a minha explicação.
É o que se chama jogada de antecipação.
Querido António
Será que a Rosa vai ter boas-notícias?
Bom, espero que o namoro não acabe, pensando bem, ele nunca começou - aconteceu!!!
Está EXCELENTE :))
Beijinhos
Bom fim de semana
E mais nada!
Rapidamente resolvido, o tempo passa a correr!
É dos meus! Agora ou nunca!
O telefone toca!
A sogra acabou de falecer!
Ele vai a S. Tirso, tem um desastre e morre!
Uhhh, é muito camiliano!
Não! Assim, não pode ser!
Então! Como fica?
Deixas sempre um grande suspense!
Soberbo!
Um bom fim-de-semana!
Um beijinho,
GR
Parece-me que esta relação é toda feita de racionalidade. Claro que há muitos motivos para as pessoas ficarem juntas... e não é forçosamente necessário que uma relação baseada na racionalidade não funcione. Talvez seja estável e dê certo. Quem sou eu para julgar estas coisas?
O que me parece é que foi tudo muito apressado... Mas, mais uma vez, o tempo também não significa muito nestas coisas.
De facto, a única coisa perturbadora, a meu ver, é que ele amava uma mulher que morreu... pouco depois, apaixona-se deveras pela Cris... e pouco depois, resolve , racionalmente, juntar trapos com a Rosa. O homem muda como um catavento!!!
Ah! Parece-me cá uma sorte de homens que conheço que são como as fases da Lua!... livra!
António, já li, mas tenho de digerir isto bem, se te disser que as lágrimas me saltaram dos olhos, vais pensar que estou a ser ridícula, mas foi o que aconteceu. vou reler, pensar, respirar fundo e depois venho comentar. Tudo isto porque sou piegas demais
deixo-te um beijo meu amigo
lena
É tão difícil tratá-lo por tu depois de tudo o que já aconteceu? Deixa-me rir! E ele que, se relaciona com a primeira que aparece, tem pudor em apresentá-la como mulher. Quer tapar o sol com uma peneira! Além disso é interesseiro e calculista. Não o queria nem carregado de ouro pois é daqueles que, agarrado pelas pernas e sacudido só deita o molho das chaves! Entretanto não perde a oportunidade de fazer comentário acerca da moça, livra!
Bom fim de semana!
Para "GR":
Obrigado pela visita.
E porque não um final camiliano?
Pensei várias vezes em acabar a história com a morte do protagonista principal.
É sempre o final mais definitivo!
Será que desta vez o adoptei?
Amanhã (ou depois) sairá o último episódio...
...e não digo mais nada.
Beijinhos
Pois... este telefonema, e para rematar a coisa... é de Stº Tirso, do lar de idosos... finou-se a sogra. Será? A ver vamos.
Mas que este episódio é supersónico, é mesmo...
Venha daí a cereja, para coroar o bolo...
bem António, finalmente vim para comentar, já vai alta a noite e eu mais conformada
é verdade tens esse dom de me surpreender a cada instante e a tua escrita é muito boa, é sempre com prazer que te acompanho em cada episódio
diria mesmo que cada vez melhor
sim surpresa, embora soubesse que a Cris era uma carta fora do baralho, não imaginei o Zé Luis atirar-se assim de "cabeça" ele não sabe que aquilo é interesse puro da Rosa?
ele precisa realmente de alguém, é duro não ter companhia, alguém com quem se converse e que nos aqueça também um pouco em vários sentidos
já estava “conformada” com a Rosa ir duas vezes por semana, mas a tempo inteiro? a programar viagem e sei lá mais o quê? voltar a ver na sua casa as roupas da Guida? fazer da Rosa a senhora da casa’
desculpa que te diga, mas o Zé com a história de não ser o pai da Cris "pirou"
sim podes dizer-lhe que ando zangada com ele, se o vir na rua até “mudo de passeio”
agora temos o telefonema, poderá bem ser a sogra que faleceu, a senhora não estava bem e a qualquer momento podia morrer
o tom grave com que chamou a Rosa e o semblante carregado pode muito bem transparecer isso.
cada vez que me lembro e vejo a Rosa concorda com tudo o que Zé diz, mais irritada fico, é mesmo oportunismo declarado. Essa união é natural que se dê mas não vai dar certo, eu tenho os meus palpites, interesses nunca deram resultado
afinal os finais estão nas mãos do escritor e tu sabes bem como o fazer, a forma como conduziste este romance foi excelente
beijinhos meu querido amigo, vou ficar à espera do desenrolar dos acontecimentos
lena
Opá não estou a gostar! O Zé é mesmo um machista. Quer a Rosa só para ter uma mulher. Vê lá se não admirou logo a miúda novita?lol. Não gosto de homens assim. E esqueceu tão rapidamente a Cristina??? Hum, está mal:((((
E para variar deixas-nos em suspense.eheheh beijps
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Não faças isso ao homem! Até porque não és responsável por ele! Não tive intenção de ser demolidora, mas há tipos assim e tu retrata-o bem. Fui sincera e é isso que tu queres, certamente. Não estou a desvalorizar o teu trabalho. Pelo contrário! Continua, estou a gostar.
- Oh Rosa! Anda cá, por favor! – chamou alto.
Ela entrou na sala e viu-o de pé com um ar aéreo.
- Que foi? – perguntou a mulher.
- Ó Rosa arredonda a saia, Ó Rosa arredonda-a bem, Ó Rosa arredonda a saia, olha roda qu'ela tem!
este blog de histórias de embalar está cheínho de lambisgóias!! ando muito chocada com tanta libertagem!! ah ah ah
Vou comentar o comentário que o autor comentou ao comentário do "toca p'rá frente"
Aos 60 anos, uma vez tomada uma decisão e não havendo obstáculos, já não se perde tempo à espera de nada para passar à execução.
Aos 60 anos?!? Eu ainda vou nos 34 e quantas vezes corro os 100 metros barreiras com toda a gana a ver se chego rápido aos finalmentes!! Namoro é engraçado mas é quando passa rápido! Mania esta das gajas e dos preliminares! Anda cá pequenino que eu depois tenho de ir estender a roupa! ;)
António olha que o meu coração é
fraquito, às vezes assusta-me
tu vê lá quem é que vais matar, se a mim ou alguém que eu gosto, vai dar ao mesmo
eh ehe eh
é carnaval, tu não brinques muito, que me assustas
beijinhos, muitos para ti, meu bom amigo
lena
Então, afinal o que foi que o advogado veio comunicar que o marido da Rosa tinha aprontado, agora? Provavelmente ele já soube que ela se mudou e bravo como sempre foi, resolveu partir para a violencia. Contra quem???? Isso será o que nos vais contar amanhã!!! eheheheh
Gostei da decisão do Zé. Gosto das pessoas que assumem sem cinismos as sua opções. Aliás acho graça ao Zé e às suas libertinagens eheheh tão proximas da realidade.
Beijinhos Antonio e bom fim de semana
Para "ana joana":
Obrigado pela visita.
Não deves ter lido bem a parte do advogado. Ele não comunicou coisa nenhuma. Ora dá outra olhadela!
O meu objectivo é contar histórias que possam ser reais. E a realidade é bem diferente do que aparece nos romances côr-de-rosa.
Acho que me podem acusar de tudo menos de escrever literatura desse tipo.
Se disserem que é "light", estou totalmente de acordo.
Beijinhos
Vou passar ao último...
Se bem que acho tudo muito frio! :s
Como se tivesse de ser mesmo aquilo, podia ter sido menos impessoal
Beijos
Gostei muito deste desenrolar da história. Desde do ínicio que achei que a Rosa seria a mulher ideal para o Novais, e fico contente que tenha sido essa a decisão do meu amigo autor...lol...
O que terá acontecido agora!?
Beijinho até já
Enviar um comentário
<< Home