O fármaco milagroso
Já lá vão uns anitos!
Em determinada fase da minha vida, e por razões que nunca cheguei a descortinar com rigor, andava tristonho, chateado, psicologicamente em baixo e com alguns sintomas somáticos que me alertaram.
E, como nestas coisas não sou peco, decidi ir a um psiquiatra.
Profissional já experimentado, não lhe foi difícil fazer o diagnóstico: eu estava com uma depressão.
Nada de grave, felizmente. Nestas e noutras doenças, quanto mais depressa formos a um médico e começarmos o tratamento, maiores são as possibilidades de cura ou cura rápida.
Receitou-me uns fármacos, disse como os deveria tomar e fez-me um aviso particular em relação a um deles:
- Este medicamento tem um efeito secundário para o qual eu o devo alertar. Inibe a ejaculação. Portanto, aconselho-o a avisar a sua esposa. Não vá ela pensar que anda a depositar o seu sémen noutros recipientes – e fez um sorriso bem largo.
- E posso continuar a trabalhar? – perguntei.
- Com certeza. Deve é abster-se de beber álcool.
Finalmente, mandou-me marcar nova consulta para daí a um ou dois meses.
Chegado a casa, relatei o ocorrido à minha mulher dando especial relevo ao tal efeito colateral do medicamento.
Sem entrar em pormenores, pois este não é um blog erótico (quando tiver um, eu aviso), o facto é que quando tinha relações sexuais eu bem me esmerava no sentido de tentar provar a mim mesmo que afinal era mais potente que o medicamento. Essas coisas também ajudam a curar depressões, mas...nada!
A coisa demorava um tempo infinito, eu transpirava de tanta ginástica fazer, às vezes parecia que ía acontecer, mas...sempre nada!
Até que, exausto e ofegante, às vezes o falo ainda acordado (relembro que foi há uns anitos), meio lixado também, preparava-me para uma soneca retemperadora.
A minha mulher é que não desgostava do medicamento, como devem calcular!
Acho que uma vez (ah, valentão!) consegui uma ejaculação mínima, mas serviu para me aumentar a auto estima.
Entretanto a medicação revelava-se eficaz e, quando fui novamente ao clínico, ele fez uma redução das dosagens.
E perguntou-me:
- Notou o efeito secundário de que lhe tinha falado?
- E de que maneira, senhor doutor! – respondi
- Sabe que esse medicamento pode também ser usado, em doses menores evidentemente, para combater um problema que é bem mais comum do que aquilo que se pensa. A ejaculação precoce – informou o doutor.
- Acredito! Acredito! – disse, soltando uma gargalhada
- Olhe! Vou-lhe contar um caso que se passou com um cliente meu, aliás uma figura pública mas cujo nome, como compreenderá, não lhe direi.
E continuou a psiquiatra:
- Uma vez apareceu aqui o tal sujeito com um problema depressivo. Um dos medicamentos que lhe receitei foi exactamente este. Quando veio cá numa consulta de controle, eu disse-lhe que iria deixar de tomar esse remédio.
“Não, senhor doutor! A minha mulher não deixa!” respondeu-me ele.
“Parece que ela nunca tinha atingido nenhum orgasmo e graças a este medicamento milagroso agora conseguiu, portanto não quer voltar à situação anterior”, citou o médico.
E concluiu:
- De facto ele sofria de ejaculação precoce e como este medicamento pode ser usado para colmatar essa característica pouco interessante, eu continuei a receitar-lhe o produto, mas só na dosagem indicada para contrariar esse problema que o senhor tinha.
Depois de mais alguma conversa, despedimo-nos e sai.
E pouco tempo depois estava completamente curado
Os eventuais interessados escusam de me perguntar o nome do medicamento milagroso pois já me esqueci completamente.
Em determinada fase da minha vida, e por razões que nunca cheguei a descortinar com rigor, andava tristonho, chateado, psicologicamente em baixo e com alguns sintomas somáticos que me alertaram.
E, como nestas coisas não sou peco, decidi ir a um psiquiatra.
Profissional já experimentado, não lhe foi difícil fazer o diagnóstico: eu estava com uma depressão.
Nada de grave, felizmente. Nestas e noutras doenças, quanto mais depressa formos a um médico e começarmos o tratamento, maiores são as possibilidades de cura ou cura rápida.
Receitou-me uns fármacos, disse como os deveria tomar e fez-me um aviso particular em relação a um deles:
- Este medicamento tem um efeito secundário para o qual eu o devo alertar. Inibe a ejaculação. Portanto, aconselho-o a avisar a sua esposa. Não vá ela pensar que anda a depositar o seu sémen noutros recipientes – e fez um sorriso bem largo.
- E posso continuar a trabalhar? – perguntei.
- Com certeza. Deve é abster-se de beber álcool.
Finalmente, mandou-me marcar nova consulta para daí a um ou dois meses.
Chegado a casa, relatei o ocorrido à minha mulher dando especial relevo ao tal efeito colateral do medicamento.
Sem entrar em pormenores, pois este não é um blog erótico (quando tiver um, eu aviso), o facto é que quando tinha relações sexuais eu bem me esmerava no sentido de tentar provar a mim mesmo que afinal era mais potente que o medicamento. Essas coisas também ajudam a curar depressões, mas...nada!
A coisa demorava um tempo infinito, eu transpirava de tanta ginástica fazer, às vezes parecia que ía acontecer, mas...sempre nada!
Até que, exausto e ofegante, às vezes o falo ainda acordado (relembro que foi há uns anitos), meio lixado também, preparava-me para uma soneca retemperadora.
A minha mulher é que não desgostava do medicamento, como devem calcular!
Acho que uma vez (ah, valentão!) consegui uma ejaculação mínima, mas serviu para me aumentar a auto estima.
Entretanto a medicação revelava-se eficaz e, quando fui novamente ao clínico, ele fez uma redução das dosagens.
E perguntou-me:
- Notou o efeito secundário de que lhe tinha falado?
- E de que maneira, senhor doutor! – respondi
- Sabe que esse medicamento pode também ser usado, em doses menores evidentemente, para combater um problema que é bem mais comum do que aquilo que se pensa. A ejaculação precoce – informou o doutor.
- Acredito! Acredito! – disse, soltando uma gargalhada
- Olhe! Vou-lhe contar um caso que se passou com um cliente meu, aliás uma figura pública mas cujo nome, como compreenderá, não lhe direi.
E continuou a psiquiatra:
- Uma vez apareceu aqui o tal sujeito com um problema depressivo. Um dos medicamentos que lhe receitei foi exactamente este. Quando veio cá numa consulta de controle, eu disse-lhe que iria deixar de tomar esse remédio.
“Não, senhor doutor! A minha mulher não deixa!” respondeu-me ele.
“Parece que ela nunca tinha atingido nenhum orgasmo e graças a este medicamento milagroso agora conseguiu, portanto não quer voltar à situação anterior”, citou o médico.
E concluiu:
- De facto ele sofria de ejaculação precoce e como este medicamento pode ser usado para colmatar essa característica pouco interessante, eu continuei a receitar-lhe o produto, mas só na dosagem indicada para contrariar esse problema que o senhor tinha.
Depois de mais alguma conversa, despedimo-nos e sai.
E pouco tempo depois estava completamente curado
Os eventuais interessados escusam de me perguntar o nome do medicamento milagroso pois já me esqueci completamente.
22 Comments:
Deliciosa esta história!!
hehehehehe!
beijinhos
Oie!!! Passei aqui para agradecer as visitas ao meu flog!!! =) Muito obrigada mesmo tio pai!!! (risos)... Hehe...EStou tentando escrever de uma maneira mais clara para que vc possa entender!!! É que estou acostumada a abreviar tudo e trocar letras quando se trata de Internet... mas é isso!! O blog está sohw... histórias engraçadas... hehehe!!! Muitas beijocas pra vc!!! Até
Para "dinorah":
Pessoas com a tua qualidade fazem falta à blogosfera.
Sem ti, isto parece mais uma blogorrômbica.
Come on.
Jinhos
Querido António
És um "contista" e pêras! Com certeza que vão tentar que tu te lembres do nome desse
"O fármaco milagroso"
A ginástica está provado que só faz bem à saude :)
Um beijo grande
Eu ca para mim a depressão foi só para disfarçar...
ehehehe
RT
... mas se por acaso insistirem contigo no nome do medicamento, diz por exemplo, sei lá, aspirina... por sugestão ainda acreditam.
abraço da leonor
Lol, lol lol lol ...
;)
Boas histórias tu tens!
E cá para nós, como disse rt, a depressão não foi uma desculpa?
Hum...
Sorry...sem intenção!
=)
vais à caixa de correio eletronico.
=) bjo
Caro António, confessa lá que esta foi uma história contada para ajudar uns quantos amigos, esses que não sabem como explicar às sempre amadas esposas, o atraso da "história".Pois, bem me parecia!Oh António, ainda bem que há amigos de qualidade.A esta hora deves ter a tua caixa de correio a rebentar pelas costuras, de tantos e tantos e-mails de agradecimento.O nome do fármaco é o que menos importa, não é? Quando as esposas deles lhes perguntarem como se chama, eles podem sempre dizer que o efeito colateral mais recentemente descoberto do mesmo, é a amnésia!Eh eh eh !Beijinhos
Gargalhadas, acho deliciosas as tuas histórias:) beijos
Bem. Por causa dos meus problemas de sono, tenho sido medicado com um anti-depressivo fraquinho. E o efeito também é o de retardar o orgasmo. Só agora percebo porquê. Como devem calcular, há sempre quem fique, sempre, muito contente, com até três horas de actividade, embora tenha de dificuldade em perceber que "isso" não pode ser, assim, todos os dias. É demasiado desgaste para a glande.
Mais uma a fazer as delicias da malta!... mas não te esqueças da continuação da outra historinha, ok? Beijokas * ;))
Um contador de histórias com muito de interessante para contar. Gosto de encontrar estes contadores de histórias :-)
Beijo doce
Para "azul":
Desejo-te umas boas férias nas Caraíbas.
Jinhos
...ahahah...é impressionante como as tuas histórias me "prendem" até ao fim...sabes porquê?...gosto muito da forma como escreves...continua...
Tem um bfs.
Bjos.
:) sempre divertido!! Mil beijinhos e bom fim de semana!
Olá! Concordo plenamente com o comentario que deixaste no meu blog. O sentido do texto do Osho, não é deixarmos de usar as palavras, mas sim, saber que palavras usar. Não podemos andar para aí a dizer o que nos dá na telha, às vezes bem dá vontade :), mas temos que ter cuidado muitas vezes com o que dizemos porque as palavras ditas sem sentido, podem magoar, ferir. Eu tenho alturas que em certas situações, prefiro silenciar. E como diz Osho, "depois do silêncio, há o canto, a poesia, o amor..."
Mil beijinhos!!
Sr Engenheiro,desculpe,milagroso?fármaco?e é comparticipado?...pois,Deus queira que Nosso Senhor se lembre de dar nozes a...quem tem dentes...ai,eu ouvi dizet que o hábito não faz o monge...e o presunto?Pata negra e pode ser fatiado...mas que é que estou aqui a dizer???!!!dizem...eu de agricultura ainda percebo,agora destas coisas de...milagres...pouco,muito pouco!
Sabe que há coisas...jeito,está a ver?...há pessoas sem jeitinho nenhum...e pronto...a minha avó dizia que o natural é o melhor..bológica,a fruta,mesmo com bicho...pronto,já me calei...mas estive embuchada,safa!!era um genérico?...de qualquer modo...hei-de saber o nome...pois,nã...só para dizer...cuscas...ás vezes lá calha!
Então que continue a correr tudo bem,Sr Engenheiro,a si e á sua senhora...nestas coisas...já lhe digo...que o senhor até é um homem e peras(meto sempre a minha agricultura!)faz favor de desculpar...
os meus respeitosos cumprimentos
disse
genérica_mente
Grande contador de histórias...muito interessante! É caso para desejar que todos os homens sofram de depressão, para
não serem tão apressados. Fica bem.
Beijinhos
nunca se sabe do dia de amanhã, mas aquando a minha depressão se o psiquiatra me tivesse receitado esse medicamento, tenho a certeza que andaria mais deprimida.
só digo disparates hehehe
ana Mª costa
E funciona mesmo? não vale enganos! se a esposa garante, eu acredito. Fica tipo duracell? cool... lolololololol
ah Antonio só tu para me fazeres rir de uma coisa tão seria como é a depressão. Felizmente para ti que és um homem inteligente e foste logo ao medico sem o preconceito que eu oiço tantas vezes:
"Depressão? Eu? Não, eu sou muito homem e só as mulheres têm essas mariquices......."
Essa do remedio que inibia a ejaculação nunca tinha ouvido falar..............mas não +e estranho porque, como calculas ............nunca precisei, né?
Beijinhos Zica
PS.:
Continuo a ler e a deliciar-me com todas as tuas historias. Vai devagarinho porque tu tens muita coisa posta e eu não tenho assim tanto tempo para estar agarrada ao comp.
bjokas
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