Eu sou louco!

Irreverência, humor, criatividade, non-sense, ousadia, experimentalismo. Mas tudo pode aparecer aqui. E as coisas sérias também. O futuro dirá se valeu a pena...ou melhor seria ter estado quietinho, preso por uma camisa de forças! (este blog está registado sob o nº 7675/2005 na IGAC - Inspecção Geral das Actividades Culturais)

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terça-feira, janeiro 10, 2006

O viúvo - parte IV

Na manhã de sábado, dia quente de Agosto, José Luís dirigiu-se a pé até um café da zona onde muitas vezes, sobretudo nesse dia da semana, se encontrava com o João Manuel para jogarem bilhar. Bilhar livre. O “snooker” era jogo de aprendizes, costumava dizer.
Chegou por volta das onze, tomou um cimbalino e foi ensaiando umas tacadas. Pouco depois chegou o Pinto.
- Então Zé? Como estás? – perguntou logo que se aproximou do viúvo.
- Bem! Quero dizer, vai-se sobrevivendo! É tudo muito recente e isto parece-me ainda um sonho – desabafou o homem com calça e T-shirt pretas.
- Olha! Queres vir almoçar lá a casa? – convidou o João.
- Sou capaz de aceitar – respondeu o José.
- Então vou já ligar para a Mina. Mas acho que não há problema em termos mais um comensal.
Pouco depois, veio a resposta:
- Não há problema! Vais comer umas omeletas de fiambre ou queijo ou mesmo de camarão. Serve?
- Ó João! E achas que eu me ía pôr com esquisitices? – sorriu o Novais.
E continuou:
- Por acaso quero falar com a Mina e depois também gostava de saber a tua opinião sobre umas coisas em que estive a matutar ontem, depois de vir do lar.
- Ah! É verdade! E a velhota? – perguntou o amigo de São Mamede.
- Foi chocante e doloroso. Tu imaginas!
- Claro! Estes últimos dias também tem sido tramados – ajuizou o João.
- Hoje não estou a dar uma tacada de jeito. Três ou quatro carambolas cada uma. Acho que nunca joguei tão mal – lamentou-se o Zé Novais.
- Eu também! Não estamos concentrados no jogo. Mas sobre que querias falar comigo? – disse o amigo.
- É uma conversa para termos os dois sozinhos, depois de almoço. Podemos andar um bocado a pé e em digo-te. Mas trata-se de questões do foro íntimo.
- Estou à tua disposição para ajudar no que puder. Mas em coisas que envolvam a privacidade é mais complicado! – acautelou-se o João Manuel Pinto.
- Não é nada! Mas depois falamos.
Pouco tempo decorrido, e considerando que o jogo estava a sair muito mal aos dois, resolveram positivamente pousar o taco e rumar à vila no extremo nascente do concelho de Matosinhos.
Uma vez chegados a casa do casal, o Zé Novais disse a Mina o que tinha decidido em relação às roupas da falecida.
- Acho bem! – concordou a dona da casa – mas eu gostava de ficar com duas ou três écharpes da Guida.
- Mas vais ficar com outra coisa, também – disse o viúvo – quero dar-te aquele colar de prata e o broche que emparelha com ele.
- Agradeço-te Zé! Sei que são jóias valiosas mas, sinceramente, o valor estimativo é o mais importante – retorquiu ela.
- Eu sei! Por isso tos ofereço. E digo-te mais: foi ela quem me disse para o fazer.
- A nossa Guidinha? – perguntou sensibilizada a amiga – aceito com muito gosto, mas muita mágoa, também.
- E também vais ficar com o colar de pérolas – prometeu o Zé.
E concluiu:
- Afinal a quem havia de dar estas coisas? Mas algumas ficam comigo. E vou dar aquela pulseira em ouro à minha cunhada.
- Muito obrigado, Zé. Olha! Agora vou preparar o almoço. É coisa leve e barata. Queres uns camarõezitos na omeleta? – perguntou Mina.
- Ó rapariga! Então isso é pergunta que se faça?
- Até já! – e a mulher afastou-se em direcção à cozinha.
Terminada a refeição, em que se falou de vários assuntos mas se evitaram os temas mais dolorosos, os dois amigos foram dar uma volta a pé.
Pouco depois de terem saído da pequena mas simpática vivenda onde haviam tomado a refeição, o José Luís começou:
- Sabes, João? Já planeei como vou passar os dias, quero dizer, os dias comuns. Mas há duas questões sobre as quais gostaria de ouvir a tua opinião.
- Por mim, sou todo ouvidos! – prontificou-se o amigo.
- Uma é o isolamento, a solidão de viver sem ninguém para conversar em casa, para me socorrer em caso de indisposição ou doença. Não poderei ficar a viver sozinho muito tempo. Já nos tempos de casado, muitas vezes disse à Margarida que, se ela fosse primeiro, podia ter a certeza que arranjava outra logo a seguir. Nunca pensei que essa situação se tornasse real. Sempre admiti como quasi certo que morreria antes dela. Mas não conheço ninguém disponível.
Conheci algumas senhoras na Internet, sobretudo nos blogs, mas a maior parte são de longe e, nos últimos tempos, nem tenho andado muito na rede.
- Pois! É um assunto...
- Desculpa, pá! Deixa-me expor tudo e depois comentas, está bem? – interrompeu o viúvo.
- Certíssimo! Continua – concordou o João Pinto.
- A outra é a questão sexual enquanto não arranjar uma nova parceira. Se arranjar, bem entendido. Passei quatro meses sem relações e sem carinhos, e embora não seja um jovem, ainda tenho as minhas necessidades.
A Rosa era uma boa saída, pensei. Mas ela provavelmente quereria mais do que umas quecas avulsas. E agora, estando sem homem, provavelmente não deixaria fugir a oportunidade para me apanhar e fazer de mim o pilar para se agarrar no futuro.
Há sempre a solução de recorrer aos serviços de uma prostituta. Com preservativo não haveria problemas, e não surgiriam certamente conflitos de afectos ou interesses materiais pelo meio. Seria uma solução provisória, naturalmente – terminou o Zé Luís a sua exposição.
- É complicado opinar sobre essas matérias – começou o João a falar.
E continuou:
- Sobre a primeira questão, e elas acabam por estar ligadas, acho que de facto precisas de uma parceira. Falaste em conhecimentos da Net. Porque não? Há sites de procuras de parceiros e podes conhecer aí pessoas daqui da zona, e não só, e marcar encontros. Depois verás se alguma te atrai em particular. Mas agora deixa-me dizer-te uma coisa: estás a considerar a Rosa só numa perspectiva de mulher para dar umas quecas. Eu consideraria a possibilidade de ela poder integrar o lote das futuras parceiras.
- Sim? Vou pensar nisso! – cogitou o Zé.
- Em relação à segunda questão, não vejo problema nenhum em ires às putas. E riu-se de forma tal que contagiou o amigo.
- Em resumo: Procurar uma parceira na Net e não só, evidentemente, e considerar a possibilidade da Rosa. E no período de transição aproveitar o que vier à rede e, se necessário, utilizar os serviços de uma profissional. E se eu me apaixono por ela? – e agora foi a vez do Zé se começar a rir.
- Não te rias muito que não serias o primeiro nem o último – fez notar o amigo também a rir-se.
Pararam.
- Vamos para trás? – sugeriu o Zé.
- Pode ser – aquiesceu o amigo
Não estavam muito longe de casa pois, durante a conversa, o passo tinha sido lento e, de vez em quando, tinham estacado instintivamente para expor melhor as ideias.

36 Comments:

Blogger margusta said...

Olá António,
...pois é meu querido :) eu a fazer o comentário na parte III e ele não entrava e ...perdeu-se..lolol...estavas a postar.
Bom vou voltar lá depois venho ler este.
Beijinhos amigo.

11:21 da tarde  
Blogger Xuinha Foguetão said...

Tarado!
Ehehehehhehe!

Tou a brincar Toni!

Tarado era mais uma palavra para o vocabulário. ;)

Fico à espera do V e do VI.

Beijocas e continua!

11:40 da tarde  
Blogger wind said...

lol, os problemas sexuais do Zé:)
Não gosto da maneira de pensar dele, faz da mulher um objecto sexual, ou porque precisa de dar umas quecas, ou indo às prostitutas. Sou contra isso e o José baixou na minha consideração. De resto está muito bem escrito:) beijos

11:57 da tarde  
Blogger Xuinha Foguetão said...

Toni,

já lia a parte V! ;)

12:10 da manhã  
Blogger Caiê said...

Amigo:
nada tenho contra as prostitutas ou contra quem as frequenta. Acho que é um "métier" NÃO aprazível para quem o faz, isso é certo. mas existe, e como tal devia ser legalizado para evitar mais problemas e mais doenças..
Quanto à net, acho estranho tentar encontrar ali uma companheira para a vida..Quero dizer, isso pode acontecer, sem dúvida, mas o facto de se ir lá com ese intuito diminui muito as posibilidades de se conseguir.
Quanto ao mais, continuo a achar que há toda uma perspectiva um pouco egocêntrica neste viúvo. quem sabe até machista.
Mas em relação à tua história, a pena corre direita e dá sempre gosto ler.
abraços!

1:43 da manhã  
Blogger sónia said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

12:24 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O amor não se procura, encontra-se! Inesperadamente, a maior parte das vezes...Esse Zé precisa de deixar de fazer tantos planos! :)

12:25 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Este Zé é demasiado "calculista". Será? A vida flui...e acaba por encontrar o amor que parece não querer... E não está bem distinto no pensamento do Zé que uma coisa é o sexo e outra o amor. Até porque o problema só agora se lhe coloca. Estou a achar interessante entrar nestes pensamentos "marcianos". Beijo

12:59 da tarde  
Blogger Diolindinha said...

Bem digo eu que os homens são todos iguais! Para quem está viúvo há tão pouco tempo, pensei que não tinha vontade de se meter já em aventuras. Sim, porque o que o gajo quer é farrobadó!!! Se fosse mulher tinha de ser bem comportadinha, recatada e reduzida à sua insignificância. De contrário era uma louca! Até a empregada lhe serve para distracção... Diga-me lá, ó vizinho, os homens pensam com quê?...

Marastaparta os machistas!!!!

3:44 da tarde  
Blogger Leonor C.. said...

Bem... depois do que a minha vizinha já disse, o que é que eu posso acrescentar?...Homem é homem, já lá dizia a minha avó... Quanto à internet acho bom ele não se meter nisso. Ainda acaba "depenado". Mas eu estou admirada com essa presença de espírito, com esses cálculos e programas todos... As mulheres continuam a ser tratadas como objecto de serventia, ou eu estou a ver mal as coisas? Porque não pensa ele em arranjar uma companheira em vez de pensar em aventuras só porque é homem e, como tal, tem necessidades fisiológicas que têm de ser satisfeitas? E as mulheres? Porra, já estou como a outra!
Fico à espera de mais notícias. Assim- como- assim, desejo-lhe muitas felicidades...

3:55 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

António,

O Zé Luís, reconhece os amigos. A oferta que fez à Mina, simbolicamente foi importante para ela. Abrir-se intimamente com o João, penso também que é um gesto de grande amizade! Contudo, há uma precipitação da parte dele! Dias depois da esposa ter falecido, quer/necessita de uma companheira!!!
È um conceito extremamente latino/machista. Senão vejamos, se uma senhora ficar viúva e nas próximas duas semanas ou três meses, arranjar um companheiro, o que dirão dela!!! Por sua vez as mulheres, não vão a correr arranjar um homem! Ele não quer uma companheira, com quem possa falar, discutir ideias, os dois verem o tempo passar! Ele quer sexo!
Quanto à Rosa e porque não? Ambos estão livres…

CAIÊ,
Permita-me exprimir uma opinião.
A prostituição legalizada é um retrocesso para a Mulher, para o país!
Prostituição, não é profissão!
Na Alemanha, durante anos decorreu um processo jurídico, mundialmente conhecido, porque uma senhora, primeira secretária durante muitos anos, de uma multinacional ficou despedida! No fundo de desemprego após algum tempo arranjaram-lhe um emprego, numa “empresa” que necessitava de empregadas e o ordenado era compatível com o seu antigo de secretária (era alto). A senhora de quarenta e poucos anos, com duas filhas, uma delas licenciadas, a outra menor, o marido com curso superior, recusou o emprego! Retiraram-lhe de imediato o subsídio de desemprego. Ela levou o caso a tribunal! Perdeu a questão!Não aceitou o trabalho!
Recusou-se a ser Prostituta!
Na Alemanha a prostituição, está legalizada! Este caso é estudado e comentado, em todo o mundo! Quem gostaria de ver a mãe, filha, ou uma de nós, procurando trabalho e arranjar emprego como prostituta?
Será que compensa legalizar a prostituição? Porque razão há cada vez mais prostituição feminina e masculina? Não será também por falta de emprego de perspectivas???

Desculpa António, ter ocupado tanto espaço e ter dado uma opinião quando ninguém ma pediu!

Só não entendo porque razão, eu até gosto e simpatizo com Zé Luís!

Cada vez gosto mais desta história.

Um Beijo,

GR

4:08 da tarde  
Blogger Xuinha Foguetão said...

Não consigo ver a parte V!

E já respondi no meu blog...

NECA

5:11 da tarde  
Blogger António said...

Para "GR":
Obrigado pela visita.
Não é natural que um homem de 58 anos, sozinho, procure uma companheira que lhe dê várias coisas, incluindo sexo? Ele também lhe dará o que eles acharem que deve dar.
E as mulheres que reclamam tanta igualdade que façam o mesmo, né?
Porque hão-de ficar a chamar machistas aos homens em vez de assumirem a sua prórpia identidade e se comportarem em conformidade?
E não me venhas dizer que HOJE a pressão social sobre as mulheres é muito grande. Já não o é, de facto!

Em relação à questão que pões à Caiê, devo dizer-te que concordo com a legalização da prostituição por razões de controlo sanitário, segurança, direitos, enfim...dignidade, mesmo!
E a história que contaste já a li num desses e-mail que circulam pela Net. Não sei se é verdadeira ou falsa. Se for verdadeira, é um "fait divers", obviamente!

Quando quiseres protestar, tens aqui uma tribuna ao teu dispôr!

Beijinhos

6:56 da tarde  
Blogger Leonor C.. said...

A GR está a dar-me razão.Arranjar companheira tudo bem, mas é atar e pôr ao fumeiro! Claro que as mulheres podem e devem fazer o mesmo, no entanto, ficam logo rostuladas de loucas, para não dizer pior. E tu sabes que é assim! Além disso, a preocupação primária do indivíduo é sexo. Se a mulher tivesse feito isso,aqui-del-ei! Nada de mascarar a situação. Ele quer sexo seja com quem fôr. Depois os homens também pecam por pensar que uma mulher quando está só é fácil de levar para a cama. Eles são os consoladores das viúvas e desamparadas... Não, não me digas que não é isso que o tipo está a querer fazer! Até a Rosa lhe serve! Ainda a defunta não arrefeceu e zás!

António>< Leonor!... ahahahah!...

7:20 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Queria dizer "rotuladas" mas enganei-me com a pressa...

7:22 da tarde  
Blogger Maria Carvalho said...

Vou esperar o seguimento. Beijinhos

8:11 da tarde  
Blogger Fragmentos Betty Martins said...

Querido António

Continuas ÍMPAR!!!

E isto é assim; os amigos são para estas ocasiões - para nos dar "aquele" conselho na hora certa!

O enredo está a ir muitíssimo bem*****

Beijinhos

8:27 da tarde  
Blogger Su said...

gostei de ler-te no texto e na tua pequena mas coerente intervenção aqui deste lado
jocas maradas de mar

8:47 da tarde  
Blogger saltapocinhas said...

omeletas com camarão? não sabia! o que se aprende neste blog! Vais ter de mandar a receita para a bruxinha, que se falas nas omeletas é porque as sabes fazer... ;-)

12:54 da manhã  
Blogger saltapocinhas said...

ah e tinha-me esquecido doutra coisa: este Zé é virgem, assim tão planeadinho! Aposto que não se deita sem deixar as pantufas muito direitinhas à borda da cama, prontinhas a enfiar de manhã! (eu também não, até porque se estiverem tortas ou trocadas não dou com elas de manhã já que me levanto primeiro e só muiiiito depois abro os olhos!

12:57 da manhã  
Blogger pinky said...

está muito bem encaminhada a história sim sr! mas enquanto não puseres o senhor nos bailaricos não descanso, o homem precisa de se destrair e libertar essas energias acumuladas, e quem sabe encontra lá uma "maria" geitosa!
bjkas

1:22 da manhã  
Blogger Xuinha Foguetão said...

Tonineca,

já lia... e n já li!

Eheheheheheheheh!

Continuo à espera.

NECA

9:32 da manhã  
Blogger isabel mendes ferreira said...

uma maneira "lisa" de contar...
bom. gostei. voltarei.

um abraço.

11:53 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Então o viúvo já encontrou passatempo?...

3:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro Ex-Colega,

Permita-me uma pergunta que me está a impertigar a alma!!!!!
- Será que as personagens, desta desgrassada novela, em não sei quantos actos, que está a escrever são retratos de gente que NÓS conhecemos?????

4:52 da tarde  
Blogger António said...

Para "sonamaia":
Obrigado pela visita!
Então não gostas do Zé Luis?
Olha que o gajo fica mesmo ralado!
ah ah ah
Ainda vais gostar menos, no futuro.

Beijinhos

6:04 da tarde  
Blogger António said...

Para "baby":
Algo me diz que o caro colega é o RT.
É o 7º sentido, próprio dos homens...eh eh
Bom!
Respondendo à tua pergunta, ninguém por aí me serviu de inspiração para qualquer das personagens.
Satisfeito?

Um abraço

6:09 da tarde  
Blogger António said...

Para "sonamaia":
Meu Deus!
Viúvo alegre!
O desgraçado não tem quem lhe faça companhia, quem lhe governe a casa, quem o acompanhe aqui ou ali, quem lhe faça carinhos, em quem possa dar umas quecas.
Ainda por cima andou vários meses a seco e tem quasi 59 anos.
Fá-los a 3 de Fevereiro!
Porra!
Se calhar até achavam mal que o gajo se masturbasse!
E seria uma delícia se o gajo fosse maricas.
Quer mulheres!
Gosta de mulheres!
Ah! Grande Zé!

Beijinhos

6:39 da tarde  
Blogger margusta said...

Querido António,
...ai..ai...este viúvo é demais ;)
Tudo tão planificado. O raio do homem não poderia esperar o decurso normal das coisas?...Um pouco mais de romantismo e sensibilidade não lhe ficavam nada mal..né?
Essa das Senhoras que conheceu nos blogs tambem está gira..ahahah..quer dizer que o tipo tem andado por aí ;)
Vá vamos lá ao próximo episódio para ver as taradices do viuvo "necessitado" ahahah

Beijinhos meu amigo.

Respondi lá no meu cantinho ás questões que me deixas-te.
Mais amanhã passa lá em casa pois vamos ter festa.
Jinhos.

6:46 da tarde  
Blogger lena said...

Não é um sábado quente de Agosto hoje, mas uma quinta feira gelada, de uma noite de Janeiro, que venho ler a parte IV de “O viúvo”.
De novo surpreendente, pela forma como escreves, consigo de novo acompanhar-te em cada frase e acho que sem querer assisti à conversa do José Luís com o João Manuel, até me imaginei a saborear a omoleta de camarão, mas isso sou eu que entro sempre em cada conto ou história que leia e que me agrada
Mas vamos ao José Luís, não o acho frio, antes pelo contrario sei compreender, apesar de ser mulher o que está a passar.
Imagino como foi angustiante e sofrido o tempo que passou com a mulher a “morrer” lentamente, sem conseguir fazer nada e a necessidade que ele também teria de um carinho, uma mão que lhe desse calor e um ombro onde conseguisse encostar também a sua cabeça. Quem está ao lado de quem sofre também sofre e muito.
Não tenho nada contra a prostituição, são pessoas normais que escolheram a sua forma de sobreviver e que respeito seja qual for a razão que as fez escolher essa caminhada
Consegui sentir que o Zé, vou chamar-lhe assim, é uma pessoa sensível, mostrou-o quando ofereceu algumas das recordações à Mina, da mulher que ele tanto amou, penso mesmo que a ama ainda, pois isso não se esquece assim, senti-lhe uma grande ternura ao dizer: “Mas algumas ficam comigo”
A questão sexual faz parte da vida, quer se seja mulher ou homem, é para mim indiferente, respeito, penso que o resultado disso tem haver com carência.
Mas repito penso!
Não vou falar mais sobre o Zé Luis, não consigo julgar ninguém que passa por um momento como aquele e a solidão é dura
O importante é que estou a gostar deste teu “conto”

Beijinhos António, e não me chames insensível, porque não o sou

lena

9:30 da tarde  
Blogger Heloisa B.P said...

Pois e'!...muito "pratico" o Sr. VIUVINHO! E...muito "assanhadinho", tambem!!!!!Mas, honestamente, nao gosto da "volta" que ele quer dar a ROSA!_Volta a ser muito MATERIALISTA, nestas suas (DELE) congeminacoes!
_Gostei das distribuicoes dos BENS da FALECIDA!
Aguardo o desenrolar dos acontecimentos!
_quanto a dificuldade em escrever FICCAO, estou de acordo consigo, ANTONIO:E' MUITO DIFICIL e, mais dificil ainda, quando a FICCAO parece mesmo a REALIDADE!!!!!!
_Ca' estarei na proxima oportunidade(CAPITULO!)! Mas, se me atrasar, e' porque algo alheio a minha vontade, me impediu de vir mais cedo!
_ABRACO, ANTONIO!
_Grata por SUA VISITA a um de meus espacos!_E' sempre bom, ve-LO la'!
_FIQUE EM PAZ!!!
Heloisa.
*********

10:34 da tarde  
Blogger Estrela do mar said...

...olá @migo...desculpe a minha ausência....mas não tenho andado com vontade para grandes leituras...mas agora que descobri que tem outro blog, vou passar mais vezes por lá...faz mais o meu género...sério...


Beijinhossss e bfs.

1:41 da manhã  
Blogger Heloisa said...

OBRIGADA *ANTONIO*,
Pela Sua VISITA e...pela Sua DELICADEZA E SENSIBILIDADE!
_No entanto, poderia ter deixado, Sua Amiga e Delicada Mensagem no outro Post, porque Suas PALAVRAS sao Bem Vindas em todos os Espacos que sejam de minha autoria!
Aceite meu Abraco AMIGO E AGRADECIDO!

Heloisa.
*********RELI o IV Capitulo e... aguardo o V, que tenho a certeza, nao desmerecera' OS ANTERIORES!!
_FIQUE BEM!
*******************

5:32 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Parece que os capítulos do teu livro atraem opiniões e críticas em vários assuntos. Isso só pode significar que os temas que abordas suscitam discussão por serem temas actuais, interessantes e até polémicos. Ora, o que é que os leitores esperam normalmente de um livro? Interesse na leitura e identificação (cultural, social ou histórica) com os temas versados. O que é que o escritor espera dos leitores? Atenção fixada e comprometimento até à última página. Estás a conseguir esses feitos. Parabens pela óptima escrita e pelo excelente português.

5:41 da tarde  
Blogger António said...

Para "sonamaia":
Quando argumentei como o fiz, não foi só para defender o meu herói.
Foi sobretudo para defender críticas que abordem o estilo literário, a coerência e verosimelhança do argumento, as características das personagens, os comportamentos sociais e não uma valoração moral!
Certo?

Beijinhos

6:33 da tarde  
Blogger Mitsou said...

Lido o capítulo e respectivos comentários (hilariantes muitos deles, como já é costume) não vou repetir as "acusações" feitas pelas minhas colegas comentaristas (saltapocinhas, ainda me estou a rir com aquela das pantufas porque conheço muito bem os Virginianos!).

Tentarei "aceitar" o Zé como uma caricatura com que tu pretendes espicaçar o sentido crítico dos leitores. E agora vou ler o próximo a ver se a minha opinião se mantém :)

12:16 da manhã  

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