Eu sou louco!

Irreverência, humor, criatividade, non-sense, ousadia, experimentalismo. Mas tudo pode aparecer aqui. E as coisas sérias também. O futuro dirá se valeu a pena...ou melhor seria ter estado quietinho, preso por uma camisa de forças! (este blog está registado sob o nº 7675/2005 na IGAC - Inspecção Geral das Actividades Culturais)

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quinta-feira, janeiro 26, 2006

O viúvo - parte IX

Na terça-feira, quando a Rosa entrou já o Novais estava a tomar o pequeno-almoço.
- Bom dia, senhor Novais! – disse a empregada – o tempo parece que está a piorar.
- Olá, Rosa! – é verdade. É o primeiro cheirinho a Outono, mas ainda vamos ter dias bons.
- Nem que seja pelo Verão de S. Martinho – concordou a mulher.
- Exactamente – disse ele – hoje já bebi o leitinho todo e não o entornei por mim abaixo.
- Ontem foi um caso especial – disse ela – o senhor é uma pessoa muito arrumada e cuidadosa. No melhor pano cai a nódoa, não é?
- E, quando fizer asneira, a Rosa aparece para me salvar.
- Desde que esteja por perto, pode contar comigo – afirmou a Rosa.
- E se estiver longe?
- Nesse caso é mais difícil! – disse a empregada, talvez com um segundo sentido.
- Ah! Parece que vamos...quero dizer, vou ter aqui uma nova vizinha. O Saavedra vendeu o andar a uma senhora que vive sozinha e vai trabalhar para a agência de viagens da Maria Helena – informou o Zé.
- Sim? Ainda não me tinha apercebido de nada. Mas o senhor anda muito bem informado! – ironizou a Rosa.
- Sabe como é! Não trabalho, tenho mais tempo para coscuvilhar – e riu-se, o patrão.
- E é nova ou velha? – quis matar a curiosidade a mulher.
- Eu diria que é mulher para os seus trinta e tal. E nasceu em Luanda.
- Ah! Mas é preta? – picou a mulher.
- Ó Rosa! Não me diga que é racista! – retorquiu o Novais.
- Não, senhor Novais. Sabe que não! Estava a brincar! – corrigiu apressadamente a mulher.
- Daqui a uns dias já a vai conhecer. Depois dá-me o seu parecer. Agora vou lá dentro acabar de me arranjar.
E pouco depois o José Novais saiu, saudando a Rosa como de costume.
Esta, contudo, não ficou muito satisfeita com a novidade. E deixou escapar, mesmo em voz alta:
- E o raio do homem pareceu-me interessado na gaja. São todos iguais. Tantos piropos me faz e, se calhar, já anda a fazer rapa pé à outra.

Os dias seguintes passaram-se ao ritmo que já se ía tornando rotineiro.
Todas as manhãs o Zé dizia uns piropos à empregada, que se mostrava sempre pronta para responder à letra, ou melhor, dar a entender que não se importava nada de ir viver para casa do Zé. Claro que o viúvo percebia isso muito bem, mas não se queria precipitar.

No sábado de manhã, pelas dez e tal, estava a arranjar-se para mais um encontro bilharístico com o João, quando ouviu a campaínha da porta a soar. Espreitou pelo olho mágico e pareceu-lhe reconhecer a Maria Cristina. Compôs-se e abriu a porta.
- Bom dia, senhor Novais! – disse a vizinha.
- Olá, bom dia! – respondeu o Zé e logo perguntou – precisa de alguma coisa?
- Agora não! Mas amanhã estaria disponível para me ajudar a fazer as ligações da máquina de lavar roupa e mais umas coisinhas? – perguntou.
- Amanhã? Amanhã é domingo. Pode contar comigo. Falta saber se dou conta do recado – disponibilizou-se ele.
- Claro que dá! Depois eu arranjo-lhe uns descontos especiais nas viagens que fizer – brincou ela.
- Sendo assim, a que horas precisa de mim? – quis saber, sorridente, o Zé.
- Da parte da tarde, se lhe der jeito; depois de almoço – disse descontraídamente a Maria Cristina.
- Muito bem! É hoje que vem a parte mais pesada das suas coisas, não é?
- Em princípio seria ontem. Mas eles disseram que lhes dava mais jeito ser hoje. Eu aceitei e, porque fiquei com menos tempo para as arrumações, vim pedir a sua ajuda. Chegaram agora mesmo. Eu acabei de subir e vou abrir-lhes a porta – explicou a jovem mulher.
- Ok! Estarei à espera que me chame amanhã à tarde. Não quer ajuda da parte da manhã? – perguntou com ar cândido o Zé.
- Não, muito obrigado. Acho que basta a tarde – disse ela.
E despediram-se.

No domingo, depois de ter almoçado fora e quando, sentado no sofá, estava quasi a adormecer, ouviu a campaínha.
- Aqui está ela – pensou.
Era, de facto, a Cristina.
- Boa tarde, senhor Novais – disse ela.
- Boa tarde! Estou pronto! Vamos lá, então? – disse o Zé enquanto saía e fechava a porta da sua habitação.
- Sabe que tenho as coisas muito mais adiantadas do que poderia pensar? Os homens das mudanças ajudaram-me muito. Se o cliente fosse macho não seriam tão solícitos, certamente. Tive de lhes dar uma boa gorjeta, claro, mas valeu a pena. Agora já não há muito para fazer. Anda com sorte, senhor Novais – e riu-se.
Entretanto entraram em casa dela.
As coisas estavam, de facto, razoavelmente arrumadas. Notou que faltavam os cortinas, ainda havia muita coisa para arrumar nas gavetas e gavetões, mas o Zé não ficou com dúvidas de que estava a lidar com uma mulher despachada.
- Então o que tem para eu fazer? – perguntou.
- Não se importa de colocar as lâmpadas? Os homens já colocaram os candeeiros quasi todos. Eu vou-lhe dizendo quais as que quero em cada caso, mas dê-me também a sua opinião. Sabe? Acho que lá para as cinco, cinco e meia vou parar. O que ficar por fazer acabo nos dois ou três próximos dias. Já estou cheia de tanta limpeza e arrumação. Quer vir jantar comigo? Num restaurante, claro, porque aqui não dá – discursou a Cristina.
- Se quiser, eu faço umas sandes e comemos em minha casa – sugeriu o Novais.
- Não é má ideia. Escuso de me arranjar. Tomo um banho e visto uma roupa ligeira – anuiu a mulher.
- Ah! Tenho uma ideia melhor! Posso mandar vir comida de fora. Que acha?
- Belíssimo! Tem boa imaginação, senhor Novais – disse a vizinha.
E a tarde passou-se sem grandes conversas. Sob o comando da mulher, eram cerca das cinco horas e tudo estava quasi pronto pois trabalharam quasi sem parar.
Daí a pouco o homem regressou a sua casa.
Tomou um banho e deitou-se um pouco a descansar. Teve o cuidado de acertar o rádio despertador para as sete. Tinha combinado com a Cristina que ela lhe tocaria à campaínha por volta das sete e meia.
Passavam uns dez minutos das sete e meia quando a campaínha tocou. O Zé, de jeans e uma camisa azul clara de manga curta, foi abrir a porta.
Apareceu-lhe uma Cristina com uns jeans muito justos, uma blusa branca, semi-transparente, sem soutien, deixando que uns mamilos hirtos se espetassem no fino tecido, o cabelo curto, molhado, todo penteado para trás, a pele morena, os olhos enormes e uma sensualidade que lhe saía por cada poro.
O homem até ficou embasbacado por instantes, mas lá se recompôs.
- Entre, Cristina! Está com um aspecto muito fresco – balbuciou.
- Obrigado! Espero que a sua casa não seja muito fria – disse.
- Se tiver frio arranja-se processo de a aquecer – disse o malandro do Zé.
- Obrigado pelo seu cuidado, mas referia-se a mim ou à casa? – provocou a mulher.

- A Cristina escolherá! – respondeu o Zé já meio desnorteado.
E mudou de assunto para se controlar melhor.
- Olhe! Vou ligar para o restaurante. Gosta de bacalhau gratinado? Eles fazem-no muito bem.
- Se me recomenda esse prato, confio no seu gosto! O senhor Novais como se chama?
- José Luís Novais! Pode tratar-me por Zé ou Zé Luís. E por tu, se quiser – disse o viúvo com uma visível satisfação estampada na face.
- Muito bem, Zé! Eu sou Maria Cristina Soares e também podes tratar-me por tu: Cristina ou Cris.

- Então vou telefonar, Cristina – disse ele dirigindo-se ao aparelho.
- Como se chama o restaurante? – perguntou ela.
- Mestre Albino. Só serve para fora. Um negócio da China! – esclareceu ele, solicito.
- Pois tu e a Lena é que vão ser os meus guias aqui na Maia – determinou ela,
- Com todo o gosto. Agora vou ligar.
Feita a encomenda ele sugeriu um Martini.

Ela aceitou. Ficou por momentos a apreciar o casal de canários.
- São tão giros! – disse a luandense.
Sentaram-se no sofá e ele não aguentou mais:
- Desculpa a indiscrição, mas tu tens uns trinta e poucos anos, calculo.
- Trinta e cinco. Fiz no dia vinte e oito de Julho.
- Eu sou bastante mais velho do que tu; faço cinquenta e nove no dia três de Fevereiro – disse ele.
- Eu sei! Mas gosto dos homens mais velhos. E tu és lindo com esses cabelos grisalhos. E elegante. Já tive várias relações e todas com homens mais velhos. Não tenho paciência para desmamar crianças.
- Sim? – foi a única coisa que o Zé conseguiu murmurar.
- Eu vou-te fazer um resumo da minha vida – disse a desinibida Cristina – não te levantes para não caíres redondo no chão.
E riu-se com gosto, enquanto o Zé esboçava um sorriso encabulado.

30 Comments:

Blogger wind said...

Muito interessante este capítulo, a sedução e ao mesmo tempo o aproximar dos dois. Para não "ralhares" comigo, agora digo que a Cris é uma sedutora.lol. beijos

6:39 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Aha! Uma mulher decidida finalmente! A Rosa é que é capaz de não achar muita piada... Mas não vou dar mais palpites, ehhehe! :)

6:42 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

António.
Sou a primeira, nem acredito!
Pois que o Zé até é simpático e a Cris também o acha... As coisas estão a aquecer... e deixas-nos à espera... Gosto da tau escrita, gosto dos teus diálogos e da "matreirice" bondosa, carente e simpática deste Zé.
Beijo

6:42 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Isto promete... Mas que mulher tão despachada! Vamos a ver se o Zé aguenta...

6:47 da tarde  
Blogger Caiê said...

Ora, este o único capítulo de toda esta saga em que me apetece bater palmas valentes porque em vez de ser o homem a ter a faca e o queijo na mão, é ela que os tem. Gosto de ver que há mulheres despachadas!
Pena foi o Zé (tipicamente) ter ficado tão embasbacado e assustadinho com uma mulher decidida... enfim, prova de que as mulheres "com garra" ainda assustam os homens!

7:20 da tarde  
Blogger Maria Carvalho said...

Por acaso agora até estou curiosa de saber o resumo da vida dela!!! Ehehehehe o mais certo ela pensa que ele cai para o lado e não será bem assim, porque muitas outras vidas que ele nunca ouviu nem ouvirá, é que são de 'cair para o lado'!! Possivelmente a rir à gargalhada!! Ah Zé Luís! Acho que o viúvo tem muito que aprender...Beijinhos para ti, escritor.

7:30 da tarde  
Blogger Leonor said...

penso que no teu romance é tudo fresco para assar...

foram todos "estudados" a olho.

abraço da leonoreta

8:20 da tarde  
Blogger nelsonmateus said...

apesar de ser 1 blogonovela, acho k esta a ir demasiado depressa. sem falar k as coisas estão a correr demasiado bem ao nosso sr.novais ... pelo menos até agora.

ps: eu pensava k o zé era o galo da capoeira, o macho dominante, o herdeiro natural do nosso zézé camarinha, mas com a chegada da cristina, começo a ter as minhas dúvidas. :S

10:07 da tarde  
Blogger pinky said...

éeeeeee tá mal, cortar assim, logo do início do relato da vida da cristina.
cheira-me que dávas um belo escritor de coisas de supense!

1:15 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

António,

Adoro as descrições dos teus textos.
Como já vai sendo habitual.
Por vezes estou a ler e vejo mesmo os personagens!
Vi mesmo o Zé luís abrir a porta! E o sorriso da Cristina!
Continuo a simpatizar com o Zé Luís, da imaginação à realidade…e ele tem é muita fantasia!
Cristina é muito mais aberta a relações, ele mais conservador, o que é natural!
Coitada da Rosa… Começava a alimentar algumas ilusões!
Agora que estava preparada para ouvir a Cristina, não viras a página do livro?
Gosto MUITO das tuas crónicas, mas estás a ficar um romancista, de verdade!
Quem me dera escrever como tu! Limito-me a ler e considero-me uma privilegiada!

Um Beijo,

GR

2:52 da manhã  
Blogger MT said...

Bem o Zé está cá com uma energia...
Olha a Rosa quando ele falou da vizinha teria dito: "Não tem vergonha nenhuma, ainda o corpo da mulher não esfriou e já anda be beiço pela outra". Porque assim são as mulheres, a ela pode, mas à outra é que não.
E realmente essa Cristina é um "bocadinho" saida da casca.
Fico à espera para ver onde vai parar a Saga do Zé Novais.

Beijinhos

11:19 da manhã  
Blogger António said...

Para "GR":
Mais uma vez obrigado pelas tuas visitas e palavras de alento e motivação.
É pena que o número de comentários tenha vindo a descer, o que deve querer dizer que o número de leitores também tem diminuido.
Mas eu percebo!
Por isso, acho que não mais farei histórias tão longas.

Beijinhos

4:09 da tarde  
Blogger Xuinha Foguetão said...

Estes dois estão bem encaminhados.

Ao Zézinho não escapa nenhuma.

Muito macho!

Ahahahahah!

Beijocas e bom fim-de-semana.

4:14 da tarde  
Blogger Maria Liberdade said...

Mais, mais...

5:41 da tarde  
Blogger Fragmentos Betty Martins said...

Querido António

Este Zé está completamente apanhado! A carência está a dar cabo dele.

A tua escrita tem um requinte de detalhes riquissimos. Eu "vi" a cara do zé a olhar para a blusa branca (que é como quem diz...) da Cristina, e lá tive que rir com gosto!!! Agora... continuo a ver a cara do viúvo "alegre" esta parte está divinal:

"- Sim? – foi a única coisa que o Zé conseguiu murmurar.
- Eu vou-te fazer um resumo da minha vida – disse a desinibida Cristina – não te levantes para não caíres redondo no chão.
E riu-se com gosto, enquanto o Zé esboçava um sorriso encabulado".

Quero mesmo "ver" em que estado é que o viuvinho vai ficar!!!

Beijinhos

Bfs

8:46 da tarde  
Blogger Su said...

será que cai redondo no chão, com a historinha da cris?? opsss:)))
eu estou gostando de ler-te
jocas maradas

8:58 da tarde  
Blogger Menina Marota said...

Passei para te deixar um abraço de bom fim de semana. Confesso que ainda não me sinto com "coragem" para ler nada... só mesmo deixar um olá e, bom fim de semana :)

10:47 da tarde  
Blogger Heloisa B.P said...

Ora ai' esta', que, estao mesmo BEM UM para o OUTRO!!!!!
_Pobre ROSA! por ora, esta' arrumada na prateleira e, bem se pode dedicar as domesticas ARRUMACOES!...
_ISTO COMPOE-SE_!
Mas...
Mas....
..................Ze' o Seu ESTILO "Limpo e Escorreito" e' um ENCANTO!_*ISTO*, le-se de uma "assentada" e...fica-se logo a espera de MAIS!!!!!
...................MAIS UM ABRACO*, LHE DEIXO EU! e, Gratissima, por tODAS as Suas Visitas ao meu cantito!
Heloisa.
************

11:53 da tarde  
Blogger Diolindinha said...

Vizinho António,Sou eu, a Diólinda! Venha até cá!

12:10 da manhã  
Blogger Ovelha Negra said...

eh lá! desde a última vez que vcá vim isto foi só roduzir! ;)
tenho que ler com atenção...que isto merece. já cá vejo miudas novas lol

4:11 da tarde  
Blogger Amita said...

Olá António. Estou atrasadíssima neste teu conto pelo que passarei com a calma devida. Com um doce sorriso agradeço-te as palavras e, o convite prometido, será enviado por mail. Um bjo e uma flor

5:28 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

António,

Acredita,
não é devido ao teu trabalho literário ser mais longo que não tem havido tantas visitas/comentários.
Mas tudo se deve, ao começo de um novo ano, eleições, televisão, dias mais curtos, trazendo preguiça e depois de um dia de trabalho, cedo se deitam. E sobretudo ao frio. Tanto frio!
Todos estão a adorar este excelente livro!
Talvez, (penso) um pouco pequeno!
Mas ainda vamos a meio do romance!
Será que temos que fazer aqui um referendo?
Eu voto pelas crónicas e longas história!

Beijos,

GR

5:56 da tarde  
Blogger margusta said...

Olá querido António,
...aqui me sentei a ler mais um capitulo...enquanto publicares as tua blogonovelas não preciso comprar nenhum livro para ler :) é como se lesse umas quantas páginas de um livro quando aqui venho.
A Rosa parece interessada no Novais e ao viuvinho tambem ela não lhe é indiferente , mas...esta Cristina é fogo...não se inibe de nada, desde ao pedido de ajuda na arrumação em que é ela que comanda todas as operações, ao convite para jantar :)
E depois António aquilo são maneiras de aparecer para jantar..."fresquinha" a menina Cristina...ainda mata o homem do coração..agora ainda falta ouvir as suas historias de vida :))

Como sempre foste fantástico na descrição dos lugares e das personagens, conseguindo transportar-me no tempo e no espaço.

Beijinhos muitos para ti e um bom resto de fim de semana.

6:07 da tarde  
Blogger lena said...

Fantástico este capitulo hoje, António
O dialogo com a Rosa está surpreendente, um envolvimento sem querer dar a perceber o entusiasmo que já vai na cabecita dela
a Cistina, não a chamaria de sedutora, é normal aquela maneira de ser de alguém que nasceu na mesma terra que eu,
já agora não percebo porque se fala em Luanda e a Rosa pensa logo que a Cristina pode ser preta, “ai Rosa, Rosa não te cruzes comigo” eu nasci em Luanda e sou é muito brava, morena, da praia e só, mas se o fosse, teria o mesmo orgulho, não ligues Rosita, ao que digo. No fundo até simpatizei contigo, pela maneira gentil como tratas o Zé Luis, embora sinta que te estás a fazer a ele
à Cristina, sensualidade não lhe falta, vestir-se e assim num dia quente de verão até acho natural, afinal para que serve a beleza?
Fiquei curiosa com as “aventuras” da Cristina , não sei se o Zé Luis vai mesmo cair, penso que sim, pelo menos irá ficar surpreendido
António, desculpa, mas eu vivo o que escreves, como se estivesse a morar ao lado dos teus personagens e depois a maneira tão absorvente e a excelente descrição que fazes, continua a maravilhar-me, faz que esteja sempre presente e te acompanhe em cada momento deste teu romance

Obrigada, por me prenderes assim


Beijinhos meus para ti meu amigo e um bom fim de semana

8:52 da tarde  
Blogger Luís Monteiro da Cunha said...

Que é que tinha dito???
Esta Cristina... é fogo!!!
Espero que o coitado do Zé não se queime...
Mas espero para ver...

Abraço

9:58 da tarde  
Blogger António said...

Para "sonamaia":
Obrigado por mais uma visita.
Atenção que agora é que isto vai aquecer!
Poder ir buscar o biquini...ah ah ah

Beijinhos

10:47 da tarde  
Blogger António said...

Para "GR":
Tu és mesmo um amor!
És tão generosa com as avaliações que fazes de mim e do meu trabalho que, por vezes, até me sinto um mestre.
Um beijinho muito, muito grande.

10:50 da tarde  
Blogger Zica Cabral said...

ai Sr Eng fiquei mesmo em suspense com este episódio. Já não vinha cá há uns diazitos e li os episodios seguidos . Tu, de facto, tens um talento raro de nos "amarrar" à leitura e querer saber mais e mais da história dos teus personagens que parecem tão reais.
Estou mortinha por ler os novos episódios.
beijinhos grandes
Zica

6:29 da manhã  
Blogger Zica Cabral said...

"Gr escreveu: Acredita,
não é devido ao teu trabalho literário ser mais longo que não tem havido tantas visitas/comentários."
E mais:Todos estão a adorar este excelente livro!
Talvez, (penso) um pouco pequeno!
Mas ainda vamos a meio do romance!
Será que temos que fazer aqui um referendo?
Eu voto pelas crónicas e longas história!"

Eu que não costumo, sequer, ler os outros comentários por falta absoluta de tempo, hoje li e concordo a 100%.
Não é por os romances serem grandes, é, talvez, porque ser princiio do ano e as pessoas ainda não terem o ritmo que tinhamEu , por ex, de uma vida pouco ocupada passei a ter o meu tempo muito menos disponivel para o computador. O que me vale são algumas insonias que me obrigam a levantar às 3 ou 4 da manhã para poder pôr em dia as minhas leituras. E mesmo assim, não tenho tempo para ir a todos os blogs que gosto...........é à vez. Uns dias uns outros dias outros.........
Mas, continua a escrever e desenvolve os teus personagens. Tu tens um talento real que nos prende à leitura e ao desenrolar da historia. E descreves detalhes sem seres maçador, pormenores que enriquecem e dão colorido àos contos.
Quero mais e mais......
beijokas grandes
Zica

6:44 da manhã  
Blogger Mitsou said...

:))) Grande Cris!
Agora estou em pulgas para ouvir a história dela. Muito bem, António! Sabes prender os leitores.

4:36 da tarde  

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