Balanças
Hoje tinha intenção de fazer um novo texto para colocar aqui, cumprindo o que já vai sendo a tradição de postar a cada quatro dias, mais um, menos dois.
Mas a inspiração não era muita e estava decidido a deixar para outra ocasião essa tarefa.
Eis que fui ao quarto de banho, olhei para o chão e lá estava ela, quietinha, rasteira, meia escondida.
A balança!
Uma balança para medir o meu peso.
Como diria o Vasco Santana: “Chapéus há muitos!” ou, neste caso, “Balanças há muitas!”.
E começaram a passar-me pela cabeça os inúmeros tipo destes aparelhos que fui conhecendo:
A pesa-cartas, com inúmeras versões, e de que o meu pai tinha duas ou três.
A de precisão, com dois pratos e os pesos, protegida por uma caixa envidraçada e existente nos laboratórios de Física e Química.
A de cozinha, mono prato, com ponteiro.
A de Roverbal, das velhas mercearias, com dois pratos e os seus pesos.
A decimal, também usada no mesmo tipo de lojas, mas para massas maiores.
A de pesagem de pessoas, normalmente existente nas farmácias e que só funciona com uma moeda, cuspindo um papelinho com uma profecia como brinde.
O dinamómetro.
A de gancho, dos talhos, para pesar a carne.
A de dois pratos suspensos.
A báscula para veículos mais ou menos pesados.
A romana, com o contra-peso deslizando sobre um dos braços.
Todos estes tipos são meramente mecânicos.
Depois há uma multiplicidade de aparelhos eléctricos e electrónicos, normalmente digitais mas também analógicos. A maioria deles são tão modernos que nem os conheço.
E basta, que a lista já vai longa.
Quasi todas as que referi estão ligadas ao passado. Já pouco ou nada se usam hoje. São peças de museu.
Mas são as mais importantes para mim por serem as que estão ligadas às minhas memórias.
No entanto, actualmente, aquela que mais uso é, sem dúvida, a de pesar pessoas que eu (e penso que muita gente) guardo na casa de banho e que me serviu de inspiração para esta prosa tão pífia.
Devo dizer-vos que todos os dias, mal me levanto, e logo após verter águas, vejo o meu peso.
E, normalmente, logo depois vem uma exclamação:
- Hoje está bom!
- Humm....mais meio quilo. Ai que carago!
- Foda-se! Engordei mais de um quilo de ontem para hoje. É a porcaria das bolachas de chocolate. Vou parar com elas. Só fazem mal... (mas não paro nada!)
- Porreiro! Hoje tenho menos peso!
- Mais dois quilos? A puta da balança não está boa!...Ah! Era o “zero” que não estava afinado!
- Oh Maria! Ontem a caminhada fez-me bem! Menos meio quilito!
E por aí fora...
Às vezes ouço uma voz de mulher a gritar:
Ai!!!!!
Pronto! Já sei que a minha senhora está mais gorda e vai fazer dieta por um dia.
Portanto, como podem constatar, a minha balancinha é o meu primeiro interlocutor diário.
Mas antes disso já falei sozinho.
Sabem quais as minha primeiras palavras, todos os dias, quando começo a pôr os pés de fora da cama?
- Hoje é...dia onze de Março! Sábado!
Quero dizer: tenho de me localizar no tempo.
Mas este não se mede com balanças, portanto isso é assunto para abordar noutra ocasião. Não pertence a esta cena.
Hoje o tema são o peso e as balanças.
Ainda a propósito delas, podemos considerar algumas especiais.
A Balança, signo do Zodíaco. Como este é um assunto que não me interessa minimamente, também não direi mais nada desta variante.
A Balança, símbolo da Justiça. As questões do Direito ou da Jurisprudência também estão longe de ser o meu forte. É melhor não dizer nada senão sai asneira.
E agora...” mon coeur balance” entre publicar este texto, ou deixá-lo num ficheiro e arrumá-lo num qualquer disco ou diskette.
Olhem! Vou correr o risco...cá vai ele para o blog!
Mas a inspiração não era muita e estava decidido a deixar para outra ocasião essa tarefa.
Eis que fui ao quarto de banho, olhei para o chão e lá estava ela, quietinha, rasteira, meia escondida.
A balança!
Uma balança para medir o meu peso.
Como diria o Vasco Santana: “Chapéus há muitos!” ou, neste caso, “Balanças há muitas!”.
E começaram a passar-me pela cabeça os inúmeros tipo destes aparelhos que fui conhecendo:
A pesa-cartas, com inúmeras versões, e de que o meu pai tinha duas ou três.
A de precisão, com dois pratos e os pesos, protegida por uma caixa envidraçada e existente nos laboratórios de Física e Química.
A de cozinha, mono prato, com ponteiro.
A de Roverbal, das velhas mercearias, com dois pratos e os seus pesos.
A decimal, também usada no mesmo tipo de lojas, mas para massas maiores.
A de pesagem de pessoas, normalmente existente nas farmácias e que só funciona com uma moeda, cuspindo um papelinho com uma profecia como brinde.
O dinamómetro.
A de gancho, dos talhos, para pesar a carne.
A de dois pratos suspensos.
A báscula para veículos mais ou menos pesados.
A romana, com o contra-peso deslizando sobre um dos braços.
Todos estes tipos são meramente mecânicos.
Depois há uma multiplicidade de aparelhos eléctricos e electrónicos, normalmente digitais mas também analógicos. A maioria deles são tão modernos que nem os conheço.
E basta, que a lista já vai longa.
Quasi todas as que referi estão ligadas ao passado. Já pouco ou nada se usam hoje. São peças de museu.
Mas são as mais importantes para mim por serem as que estão ligadas às minhas memórias.
No entanto, actualmente, aquela que mais uso é, sem dúvida, a de pesar pessoas que eu (e penso que muita gente) guardo na casa de banho e que me serviu de inspiração para esta prosa tão pífia.
Devo dizer-vos que todos os dias, mal me levanto, e logo após verter águas, vejo o meu peso.
E, normalmente, logo depois vem uma exclamação:
- Hoje está bom!
- Humm....mais meio quilo. Ai que carago!
- Foda-se! Engordei mais de um quilo de ontem para hoje. É a porcaria das bolachas de chocolate. Vou parar com elas. Só fazem mal... (mas não paro nada!)
- Porreiro! Hoje tenho menos peso!
- Mais dois quilos? A puta da balança não está boa!...Ah! Era o “zero” que não estava afinado!
- Oh Maria! Ontem a caminhada fez-me bem! Menos meio quilito!
E por aí fora...
Às vezes ouço uma voz de mulher a gritar:
Ai!!!!!
Pronto! Já sei que a minha senhora está mais gorda e vai fazer dieta por um dia.
Portanto, como podem constatar, a minha balancinha é o meu primeiro interlocutor diário.
Mas antes disso já falei sozinho.
Sabem quais as minha primeiras palavras, todos os dias, quando começo a pôr os pés de fora da cama?
- Hoje é...dia onze de Março! Sábado!
Quero dizer: tenho de me localizar no tempo.
Mas este não se mede com balanças, portanto isso é assunto para abordar noutra ocasião. Não pertence a esta cena.
Hoje o tema são o peso e as balanças.
Ainda a propósito delas, podemos considerar algumas especiais.
A Balança, signo do Zodíaco. Como este é um assunto que não me interessa minimamente, também não direi mais nada desta variante.
A Balança, símbolo da Justiça. As questões do Direito ou da Jurisprudência também estão longe de ser o meu forte. É melhor não dizer nada senão sai asneira.
E agora...” mon coeur balance” entre publicar este texto, ou deixá-lo num ficheiro e arrumá-lo num qualquer disco ou diskette.
Olhem! Vou correr o risco...cá vai ele para o blog!
31 Comments:
Gostei destas balanças! Algumas conhecia, mas não sabia o nome. Ficou um texto super interessante, mas não era de esperar outra coisa saído da tua inspiração. Eu não tenho balança de pesar pessoas, isso não tenho mesmo, correria um risco enorme de me traumatizar com a pesagem diária!! Ehehehe Beijinhos sem conta, sem peso e sem medida...
Tudo isto... e não dizes quanto pesas!
gostei de lembrar todos os tipos de balança... para me pesar não a tenho por opção..pois faz chorar eheheh
jocas maradas
Pois, também tenho balança na casa de banho e falo sózinha com ela. ehehheh.
Pela 1ª vez (acho) escreveste palavrões à moda do Porto, que para vocês não são palavrões:-9 beijos
Oh António, fizeste-me sorrir com este post das balanças....essas coisas lindas às quais as pessoas normais dão tanta importância...eu não dou, mas como tb sabes, não sou normal. Só aprecio balanças como peças de museu, e mesmo essas, gosto mais de moinhos de café...
Escreves muito bem, como já te disse. Continua... eu gosto mt de vir aqui e ler-te!
Jokinhas
Aprendi com este texto o nome de vários tipos de balança que desconhecia!
Gosto muito de balanças, é um utensílio muito bonito, para além da sua utilidade!
Ri-me com o texto, para quem é alfacinha… vai corar!
Mas não são palavrões, são adjectivos!
Gostei muito!
Continuas a brincar com as palavras e a deliciar-nos com extraordinários textos!
Parabéns!
Bjs,
GR
Leia-se:
…com extraordinárias crónicas!
GR
Para "GR":
Obrigado pela visita domingueira...eh eh
Sabes que, hoje em dia, no centro e sul do país já não há tanto pudor em usar o chamado português vernáculo?
Eu passei muito tempo em Lisboa nos últimos anos e notei isso.
A não ser que fosse gente que foi de cá para lá quem usava essa linguagem sem muita cerimónia.
Beijinhos
Gostei: eu também falo com a minha balança, geralmente para a insultar!!!
E quanto a signos...sou "peixes"....
Jinhos, BShell
Gostei deste teu texto de balanças e lembrei dos velhos dinamómetros com que se pesava as batatas nas feiras... Não tenho balança na casa de banho, ando mais preocupada com a fita métrica... Passa no meu blog... antes que eu me mude... Vou ser tua visinha em breve. Beijo
sou eu é vizinha...está corrigido. Beijo
Aqui há uns anos, andavam os meus cunhados a tratar do empréstimo para a casa.
Bom, o meu cunhado é homem de peso (diga-se) e, apesar de ser casado com uma médica, nem por isso toma juizo...e não dispensa uns belos duns petiscos.
O meu colega, à página tantas, chamou-me, com um ar muito preocupado, não sabendo muito bem como abordar a questão comigo. Lá lhe arranquei a custo de mil perguntas o que tanto o preocupava. Acabei por perceber que havia um problema: o peso do meu querido cunhado.
Lá pego no telefone, ligo à minha cunhada para virem ao banco que precisava de falar com eles.
-Então, Cris? Há problema?Ainda demora para marcarmos a escritura?
Chamei o tal colega, gestor de conta deles.
Explicou que havia uma pequena questão. Que, para o empréstimo andar para a frente, havia duas soluções: ou perder peso, ou agravar o seguro em 50%
Bom, tu havias de ver, António!
A minha cunhada desata com um discurso de tal forma convincente que até o mais magro dos magros faria dieta rigorosa.
Fez-se silêncio.
(Palavra de honra que nos convencemos que era naquele dia que ele iria começar a bendita dieta)
O meu cunhado respirou fundo e muito sério, olhando para o meu colega, disse, do alto(será alto, neste caso?) dos seus 130 kgs:
- Mas, tu nem penses, L.! Eu? Fazer dietas? Meu caro Sr C., que se agrave o seguro!
E agravou-se, e fez-se a escritura, e, a balança lá continuou na casa de banho deles, incólume!
Nota de rodapé:
Hoje, já lá vão uns anos, duas crianças lindas, uma já na Universidade, e o meu cunhado está muito mais elegante.
Mas ainda hoje diz que não foi por causa do seguro....rssss.
Que perdeu peso porque olhava a balança e não conseguia suportar mais aquela expressão triste com que ela o olhava por não ser usada por tão garboso exemplar de homem do Norte, carago!
E só fizeste bem em colocar este texto!
Deixa estar, eu sou mais do que alergica a balanças...se me pesasse, la se iam as bolachas de chocolate ou o cafezito com natas....Abaixo as balanças!!!
Beijinhos e boa semana!!!
Ó António!
És o máximo,Ah!ah!
Não tenho balança ia agora dizer uns nomes quiquis sobre ter peso inferior ao que umas tabelas esquesitoides dizem ser o peso... certo?desejável?Coisas...sempre andei por aqui,50Kg mais um menos um,não me queixo...nem do metro e sessenta e quatro,rodas baixas?Pois,é como vês!
Se me peso?Raramente,quando no trabalho o pessoal tem dúvidas que não está boa a balança lá vou eu,que sim que está boa,ó pá tu que é que fazes...hum,nada,deve ser da ruindade!
Bolachas de chocolate não mas cheesecake,tarte de maçã e canela,mousse(vera!,pasteis de Belém,bolas de Berlim do Guincho...não acreditas?Mas podes...ia jurar que as tais da mariapausa e a oateoporose vão-se ver aflitas comigo,ah!ah!agora todos os dias ginásio,mai nada,tonus e postura,quais balança?escorpião,então não se vê?
Bem ,vou dormir,já tinha saudades tuas,sou um cadinho despistada,é por uma boa causa,juro,eh!eh!
Beijinho grande!
M
Para "M"!
Dizes que és um bocadinho despistada?
Eu acho que és um bocadão!
ah ah ah
Mas quem és tu, afinal?
(obrigado pela visita)
Jokas
hmmmmmmm...a balança é uma grande inimiga! Tenho uma no wc. Olho-a todos os dias, mas raramente subo e vejo as desgraças. Hoje vi! Não foi um fim de semana muito problemático. Achei piada dar de caras com este post aqui hoje...
Beijos. ;)
Querido António
Claro que fizeste muito bem em publicar este texto :)
Está EXCELENTE!
Balança - amiga - carrasco cruel!!!
(mas elas só falam a verdade!)
Não tenho razão de queixa desta "senhora" 54Kg para 1,70cm não me posso queixar. Mas também na verdade, passa-se anos que não a "visito" mas é sempre simpática:) quando me lembro que ela existe.
Beijinhos
E fizeste muito bem em publicar est post.
Além de se aprender mais umas coisinhas sobre as "ditas", partilha-se "dizeres" que afinal são comuns a todos nós hihih. Quanto aos fundamentalistas, eles que pensem o que quiserem, porque de nós só nós sabemos. Portanto... Tá tudo dito ;-) jinhos again
pesas-te todos os dias? todos? bemmmmmmmmmmmmm , corajoso, eu cá qt menos me pesar melhor!
li e gostei das balanças, interessante este post, onde nos falas delas, com uma certa dose de carinho e humor, mas vou dizer-te um segredo: fui dependente da balança, muito tempo e foi muito mau
mas passou
beijinhos meus, querido amigo, continuo a gostar de te ler, mesmo que o tema seja balanças
lena
Hihih
Eu até gosto de uns "tauusss" (meiguinhos que se note!!!)
Mas hoje meu querido António,
nem "tausss nem balanços..." (consequências de um fds atribulado...)
É que se um Caranguejo não é de ferro uma Escorpião nem sempre é de pau feito...
Haja uns momentos de descanso pelo amor da santa... ;-) Bjs
Bom dia António!
Sabes uma coisa? Acho(sem qualquer fundamentação cientifica) que se pesa quem tem peso equilibrado eheheheh. Nós, os mais cheiinhos abominamos esses aparelhos que só nos confirmam noticias ruins! A minha balança descansa, num cantinho muito aconchegadinho da casa de banho. Todas as manhãs a vejo mas não lhe toco há muiiiiitooo tempo. Sim, que eu não sou masoquista!
A propósito: vou começar a dietinha! Este ano vou optar pela do pescocinho. Sabes qual é? Viro o pescoço para a direita e para a esquerda. Quando? Sempre que me oferecerem comida!!! eheheh
A da cozinha, também permanece no seu lugar, sem função. Não peso nada. Faço tudo a olho! Como objecto decorativo acho graça a algumas das mais antigas e também achei graça ao teu texto!
Beijinhos
Ana Joana
Ainda não tenho uma dessas em casa e parece-me que não vou ter!
Ahahahahahha!
Beijocas.
Para "Ana Joana":
Obrigado pela visita.
Acho que, no geral, tens razão quando disseste: "pesa-se quem tem peso equilibrado".
Dietinha?
E como a controlas sem balança?
Hein?
(acho que tu não és gorda; no máximo serás cheínha).
Daqui a um ano quero ver o resultado da dietinha...ah ah ah
Beijinhos (sem açucar por causa da dietinha)
Beijitos
BShell
vou-m pesar ... volto já! :P
Olá meu querido António,
...além de ter gostado de te ler nesta divagação sobre os vários tipos de balanças...lol..fartei-me de rir, e sabes porquê!?
Porque tambem eu tenho o mesmo hábito de me pesar logo pela manhã :)) e sabes que mais se o deixo de fazer durante uma semnana ou coisa assim existe logo alteração de peso...para mais é claro..lol..
Normalmente o tipo de pensamentos quando me peso é parecido com o teu...lol.sempre a arranjar desculpas e justificações :))
Beijinhos amigo..agora vou espreitar o proximo post...
Olá António. Creio que desde que foi inventada, a nossa relação com a balança sempre foi um pouco conflituosa. Não há nada a fazer, é uma relação de amor-ódio. Adorei o teu divagar sobre uma palavra com uma pitada de humor. Bjinhos e uma flor
Eu cá sou alérgica a balanças! Nã nã... não quero isso para mim! São más!!! Mas confesso que ando a ter mais cuidado com a alimentação. lol Isto de se ir ao fundo, em algumas situações causa trauma. Principalmente quando temos de dizer o nosso peso para se fazer equilibrar o lastro. Ah pois!!! Como diz a tua senhora... AIIIIIIIIIIIIIIIII! lol
besos 3
fizeste bem em publicá-lo porque, de um assunto tão arido como fallar de balanças, fizeste um texto bem giro.
Afora os palavrões que eram escusados (tu falas e escreves bem não precisas do português vernáculo) adorei o texto
beijinhos grs e muito aamigos.
Tenho andado muito ausente porque nem escrever podia. Ainda agora se escrevo mais do que a conta fico cheia de dores......
Ainda pensei que saltasses para a balança interior...... a não física. Tipo: "Olha! hoje ganhei 2 ideias e deixei cair uma!".....e tal........Era mais espantoso e definitivamente original! risosssssss
Fica para outro post! Fica a ideia.
(Não gosto de balanças, tá visto).
Beijo :-)))))
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