Eu sou louco!

Irreverência, humor, criatividade, non-sense, ousadia, experimentalismo. Mas tudo pode aparecer aqui. E as coisas sérias também. O futuro dirá se valeu a pena...ou melhor seria ter estado quietinho, preso por uma camisa de forças! (este blog está registado sob o nº 7675/2005 na IGAC - Inspecção Geral das Actividades Culturais)

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domingo, novembro 05, 2006

Uma família burguesa - parte XI

O rosto de Ana Maria deve ter passado por várias cores.
- Como é que ela descobriu? Não devo ter sido suficientemente discreta. Que chatice! – pensou.
Após o efeito do impacto provocado pela tiro certeiro da mãe se ter dissipado, mas demorado tempo suficiente para a Lena ter percebido que acertara na “mouche”, a divorciada percebeu que tinha sido descoberta e não merecia a pena mentir.
- É verdade, mãe! Como é que adivinhaste? – perguntou.
- Lembra-te que sou mulher e ainda por cima tua mãe. – respondeu Helena Pinho – E agora? Não vais tentar conquistar o Manel, pois não? E muito menos aproveitar-te da situação por que passam devido à questão da adopção. Ela jamais te perdoaria e o teu pai e o teu irmão, também. E eu...nem sei bem como iria reagir. Só tens uma solução, filha. Esquecê-lo! Afastar-te deles! E descansa que eu não digo a ninguém.
- Pois! Falar é fácil, mamã. Mas vou viver o resto dos meus dias com esta paixão silenciada a fazer-me doer o coração e a consumir-me as entranhas do corpo e do espírito? Não te posso prometer nada! – concluiu a Ana.
- Por favor, filha! Não cries um problema grave em toda a família. Peço-to encarecidamente. Cuidado! Está a chegar o teu pai. A conversa fica por aqui. Disfarça!

No dia seguinte ao ligeiro acidente de viação entre os carros de Bárbara Mendes e Mário Jorge Gomes, este foi para a empresa transportado pelo sócio Ricardo Costa Lima.
Tratar dele, sobretudo para quem não tinha prática, não era tarefa fácil.
O braço engessado, com o cotovelo fixado a cerca de noventa graus, permitia-lhe mover o ombro esquerdo e os dedos da mão.
Quando chegaram à Rimafor já lá estavam todos os outros quatro elementos:
Fernanda, Elias, o jovem engenheiro que entrou em 2003 aquando a morena, Mónica, a engenheira estagiária e Raul, técnico com contrato a prazo. Estes dois tinham entrado há poucos meses, em 2006.
Os cumprimentos e desejos de rápidas melhoras ecoaram durante alguns minutos.
Os proprietários tinham pequenos gabinetes individuais. Os outros estavam num espaço comum.
Mário sentou-se, ligou o PC e manuseou os papéis que tinha na secretária. Despachou o que pode, foi falar com Ricardo e, antes de reentrar no seu canto, chamou a Fernanda.
Uma vez dentro do seu espaço privado, disse:
- Fernanda! Sente-se nessa cadeira para falarmos um pouco.
Ela assim fez. Estava bonita e atraente como sempre. Durante os três anos em que trabalhara na firma sempre soubera ter uma postura correcta, não procurando casos com nenhum dos patrões nem com os colegas, nomeadamente o Elias, que tinha a idade dela. Era sociável, almoçava normalmente com o jovem engenheiro informático, algumas vezes com um ou ambos os chefes, mas sempre soube manter uma atitude de grande dignidade. Isso deixava o Mário intrigado. Solteiro e mulherengo como era, habituado a que as mulheres fossem para ele presa fácil, sempre achou Fernanda uma pessoa estranha, distante. Mas era inegável a atracção carnal que por ela sentia. No entanto, nunca ousara mais do que uns piropos bastante correctos. Afinal era patrão e não devia deixar que o ambiente dentro da empresa se degradasse de forma a tornar promíscuas as relações de trabalho.
- Pode falar, Sr. Engenheiro – disse ela depois de instalada.
- São dois os assuntos que quero abordar: o primeiro diz respeito à pessoa que me vai ajudar aqui, sobretudo a trabalhar com o computador, enquanto eu estiver limitado. Tinha pensado na Mónica, mas há pouco falei com o Ricardo e chegamos à conclusão que o Raul é o mais indicado. Como o trabalho dele vai ser prejudicado, vou pedir ao Eng. Elias para redistribuir tarefas. Portanto, vou-lhe pedir um esforço suplementar durante este período que eu espero não seja superior a um mês. Depois vou falar com eles, também. Ah...no final, haverá uma compensação monetária, como é justo.
- O Sr. Engenheiro deve calcular que eu já imaginara que isso iria acontecer. Pode contar com o meu empenho e dedicação.
- Pois! Não esperava outra coisa de si. A segunda questão que queria abordar consigo era sobre o apoio que se prontificou a prestar-me em casa: penso que imagina que isso lhe vai, provavelmente, provocar dissabores pois, por mais que se comporte como uma governanta, digamos assim, não será como tal que será vista cá fora – avisou o Mário.
- Tenho a perfeita noção dos riscos que corro. Mas não me importo muito com o que os outros possam pensar. Interessa-me sobretudo ajudá-lo a viver decentemente durante esse período e fazer com que recupere sem sobressaltos para voltar a ocupar o seu lugar com as capacidades em pleno. Já trouxe uma maleta com as minhas coisas. Só lhe quero pedir para me autorizar, antes de sairmos para sua casa, a ir todos os dias até à minha para ver a mãe. Como sabe vivemos aqui na Maia, mas em Moreira; não demorarei mais do que três quartos de hora a uma hora – falou a empregada.
- Oh Fernanda! Mas isso está completamente fora de questão. Está com a sua mãe o tempo que quiser. E agora, peço-lhe que chame os seus colegas para virem aqui afim de lhes comunicar a tal necessidade de mexida nas tarefas. E venha também, por favor.
- Com certeza! São dois minutos! – saiu.
O dia decorreu dentro de uma quasi normalidade.
Eram quasi seis horas da tarde quando a Fernanda informou o patrão engessado que ía ver a mãe.
Voltou cerca de uma hora depois.
Por volta das oito entraram ambos no Renault Clio da moça e rumaram ao apartamento que ficava na Arca d’Água.
Feitas as arrumações no outro quarto da casa, que era onde ela iria dormir, falaram sobre o que comer.
- Podíamos ir jantar fora! – sugeriu ele.
- Mas não todos os dias! Eu posso fazer refeições mais ligeiras algumas vezes – corrigiu ela.
Nessa noite foram comer qualquer coisa a um café perto da habitação de Mário.
Regressados a casa, a jovem começou a ver o que havia e faltava na dispensa e fez uma lista das necessidades. Depois fez uma vistoria ao apartamento para o conhecer bem e saber como se movimentar.
- Amanhã é preciso comprar os produtos que coloquei nesta lista. Concorda? – e deu-a a Mário para este verificar.
- É precisa tanta coisa? Realmente uma mulher faz muita falta! – comentou ele.
- E devo dizer-lhe que a limpeza da casa deixa muito a desejar. E as roupas para lavar e brunir já fazem dois montes bastante razoáveis. A sua empregada quantas vezes é que vem? – quis a Fernanda saber.
- Vem duas horas todas as manhãs.
- Acho que é tempo suficiente para ter as coisas mais apuradas. Talvez precise de mais três ou quatro horas por semana para passar a roupa a ferro – palpitou a irmã de Teresa.
- Agora vou ficar com isto mesmo bem organizado! – disse ele com um ar satisfeito.
E continuou:
- Olhe Fernanda! Gostaria que deixasse de me chamar de Sr. Engenheiro e passasse a tratar-me só por Mário. E também nos podíamos tratar por tu. Que achas?
- Acho bem! Mas no escritório mantemos os tratamentos como até agora...Mário.
- De acordo!
- Vamos dormir? – sugeriu ela.
- Pois sim! Vou para o meu quarto para me despir.
- E eu vou ajudar-te! Não te preocupes com pudores excessivos pois eu já conheço a anatomia dos homens – disse ela, soltando uma risada.
De facto, Mário pôde constatar que sem a Fernanda estaria em maus lençóis e foi isso mesmo que lhe disse quando, já na cama, ela ía sair para o outro quarto.
Finalmente, pediu-lhe um beijo de boa noite.
- Um beijo, Mário? Com certeza! Mas na face, claro!
O homem, já bastante aquecido, respirou fundo e condescendeu:
- Seja feita a tua vontade...
Na cama, a Fernanda falou com o travesseiro:
- Meu querido Mário! Vais ficar doido por mim mas não é com o meu corpo nem com sexo que te vou conquistar. Será com a minha inteligência e com as minhas qualidades como pessoa.

29 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não achas um tanto ou quanto inverosímil?

10:51 da tarde  
Blogger António said...

Para "jampg":
Obrigado pelo "comment".
Criei um comportamento não muito vulgar, mas verosímil.

Um abraço

11:06 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Eu gostei... a Fernanda vai fazer o Engenheiro trepar paredes!!! As coisas que tu sabes das mulheres, António, e dos seus pensamentos e comportamentos....
Beijinhos

11:35 da tarde  
Blogger António said...

Para "becas":
Olá, miguinha!
Obrigado pelo "comment".
Sei qualquer coisita...mas estou sempre a aprender...ah ah ah

Beijinhos

11:38 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

..."solteiro e mulherengo" é como qualificas o Mário.
Isso significa que no seu "coqueiro" deveria ser um rodopio de namoradas, bicos e amigas. Ora, com a Fernanda lá dentro não dá...
Por isso só admissivel se ele já tivesse a colaboradora na mira e estivesse disposto a abdicar da vida que se presume levaria.

11:54 da tarde  
Blogger António said...

Para "jampg":
Pensei que te referias ao comportamento da rapariga.
Quanto ao Mário, fui dando algumas dicas que permitem perceber qual a razão do comportamento dele em relação à Fernanda, nomeadamente nesta parte XI.
E veremos o que vai acontecer...

Abraço

12:04 da manhã  
Blogger APC said...

Há tanto tempo trabalhavam juntos e o "Sr. Engenheiro" ainda se mantinha (só mesmo para que o Mário lhe pudesse dar tal benesse)? Por essas e outras temos uma geração inteira (e não é a minha, eheheh) a associar o tratamento por tu à falta de respeito ou aos interesses paralelos! :-P
Há aí muita leviandade e pouco à-vontade; muita matreirice!
Por fim... Em gostando de facto, é genuíno que ela queira ser apreciada e admirada também pelas sua personalidade e qualidades humanas, mas não apenas por essas (nem tanto ao mar, nem tanto à terra)... E se estás numa de narrador omnisciente, alguém te deveria avisar! Ahahahahaha... (desculpa, mas é que desta vez diverti-me à séria).
Pronto, já me contaminaste! ;-)
Toma os primeiros beijinhos da semana! :-)

4:03 da manhã  
Blogger Fatyly said...

Não sei bem o que dizer-te! Desde os avisos politicamente correctos de...filha esqueçe, mas quem esqueçe? aos pormenores de um D.Juan levar negas com uma mulher surpreendente e inteligente (há muitas e muitas) apenas digo...o teu livro,romance (que adoro) de leitura fácil, entendível e sentimentos reais...seria ou será um best-seller(acho que se escreve assim).

Mas que sufoco este conta-gotas...eu já o tinha lido todinho!

Parabéns António e deixo-te um beijinho na face tá? ehehehehe

9:02 da manhã  
Blogger António said...

Para "apc":
Obrigado pelo comentário.
Vou responder aqui à questão do "Sr. Engenheiro".
A Rimafor foi fundada em 2003 tinha a Fernanda 23 anos e o Mário 31.
A diferença de idades é significativa naquela faixa etária.
Ele é engenheiro e ela não é.
Ela é mestiça e ele não é.
Ele é patrão e ela não é.
A acção decorre na zona do Porto e não na zona de Lisboa e os comportamentos não são os mesmos.
Ao fim de 3 anos, o hábito do tratamento mantém-se, naturalmente, pois as relações são essencialmente profissionais.
Em relação ao restante, aproveito para te esclarecer a ti e também ao "jampg".
Ela é boa como o milho. Lembras-te do episódio da sua admissão na empresa?
E ele sente uma atracção carnal por ela mas, a condição de patrão e a forma como ela se esquiva (pois percebeu que se for uma presa fácil terá o destino das outras) impedem-no de ser mais atiradiço em relação a uma boa profissional que também não quer perder.
Ao longo desta parte XI penso que se torna bem claro que a estratégia dela é outra!
Será que resulta?
Isso verás muito brevemente, mas acho que já deixei dicas suficientes para preparar o que vai ocorrer.
(embora vá haver surpresa bem grande...eh eh)
Claro que quando se faz uma leitura aos bochechos não se tem a visão global que eu tenho (até já escrevi quasi tudo...).
Mas aqui estou a esclarecer as dúvidas e a defender a honra do convento, pois procuro que as minhas personagens sejam genuínas e não estereótipos e tenham comportamentos em conformidade.
Falei e disse!

Beijinhos

9:13 da manhã  
Blogger António said...

Para "fatyly":
Obrigado pelo teu comentário.
Recomendo que leias o que escrevi mesmo atrás para a "apc" e para o "jampg" pois espero que isso dissipe algumas dúvidas (que tu não levantaste) que surgiram quanto à verosimelhança das personagens, dos comportamentos e da acção.
E eu tenho de defender a minha dama!
ah ah ah

Beijinhos

9:19 da manhã  
Blogger Maria Carvalho said...

Atrasei-me na leitura da parte XI. Os comportamentos inesperados de muitas pessoas são o que tornam diferente a passagem por aqui...e se tudo se regesse por uma tabela o mundo era de facto uma grande chatice, para não dizer 'merda'!! Adorei! Como sempre. Beijos.

9:48 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Olá Antonio,

Vim espreitar de corrida antes de rumar a sul. Li mas não tenho agora tempo para comentar. Amanhã à noite cá estarei.

Beijinhos e um dia feliz
Ana Joana

10:56 da manhã  
Blogger António said...

Para "ana joana":
Cá te espero!

Beijinhos

1:13 da tarde  
Blogger wind said...

Está bem:)
A Fernanda está a ser racional e fria.
Premedita cada acção afim de alcnçar o seu objectivo.
Isto só da tua cabecinha. eheheheh
beijos e aguardo desenvolvimentos mais mexidos:))))*

4:29 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A Fernanda está a ter um comportamento, correcto!
Mas na realidade (ela) não é mais que uma ambiciosa calculista!
Pensa com a cabeça, o que faz dela inteligente. Porém a Fernanda não gosta do Mário! A posição e talvez o dinheiro do Engº atraem a empregada, não é mais do que uma interesseira!
Nem paixão, muito menos amor se sente entre ela e Mário!

Quanto à Ana Maria, naturalmente que a mãe fez o que qualquer outra mãe faria! Penso que a Ana Maria está a ser bastante egoísta!
Agora sim! A história está a ter a sua trama que só tu saberás dar a volta e quando menos se espera, nada que estamos a pensar acontece!
Adoro por ler-te!

Bjs,

GR

12:10 da manhã  
Blogger António said...

Para "GR":
Olá Guida!
Hoje resolveste fazer juízos de valor sobre as mulheres. Sobre duas mulheres. Se calhar vais mudar a tua opinião...ou talvez não...eh eh
E já reparaste que as mulheres estão a ser as personagens mais importantes?
Não foi premeditado.
Aconteceu assim mesmo!
É o que eu chamo de as personagens comandarem o autor.
Obrigado por mais esta visita e volta sempre.

Beijinhos

9:41 da manhã  
Blogger Papoila said...

António mais um capítulo excelente! Tu conheces bem a psicologia feminina... eheheheh... A Fernanda vai dar um nó cego ao Mário... Beijo

6:37 da tarde  
Blogger Isabel Magalhães said...

Vim dos caminhos da blogosfera! :)


Na impossibilidade de ler tudo - a tal falta de tempo - deixo as minhas saudações.
I.

7:25 da tarde  
Blogger APC said...

Falaste e disseste, pois!
E eu passei e beijos deixei, pronto!

[23 e 31 agora não é uma diferença tão significativa assim, ou pode ser e não ser, e blá, blá, blá; e isso de Lisboa e Porto (?!?), bem, ou seja, ok, está bem, pode ser, e etc.!...].

Os beijos que eu trazia é que importam mesmo! Cá estáo! :-)

7:40 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Olá António!

Como prometi, cá estou. E vou opinar ahahahahahahah

A Ana Maria, como a maioria das pessoas ressabiadas, quando escolhem um alvo, não costumam avaliar que "obstáculos" vão abater até o atingirem. O que interessa é que atinjam mesmo. E ela, acho, vai ser mais bem sucedida do que a boazona da Fernanda.

Esta, embora usando a inteligencia e a competencia, não vai lá chegar rssssss. Não sei porque, mas algo me diz que o jeitosão é só fumaça eheheheh. E se assim fôr, não haverá investimento que resulte. Mas agora assaltou-me uma duvida: se ela é tão inteligente e ele adepto da flauta, como é que ela nunca deu conta?????

Dá mais umas pistinhas, vá!

Beijinhos António, e não demores muito que estou bem curiosinha!
Ana Joana

9:18 da tarde  
Blogger Leonor C.. said...

Olá António!
Estive a pôr a leitura em dia e tenho a dizer-te que nunca vi um indivíduo com um braço engessado ter tanta gente a querer tratar dele! Essa sorte não tive eu quando fui operada. Não é para me gabar, mas acho que tenho um bom treino de "desenrrascanço". Desculpa a palavra que é um pouco grosseira, mas não me ocorreu outra!
Resumindo, ele é um sortudo e ela uma sabidona que está a aproveitara ocasião, pensando ele estar senhor da situação. Não sei se me faço entender...
Veremos o que daqui vai saír!

Beijinhos

9:36 da tarde  
Blogger António said...

Para "ana joana":
Olá!
Desta vez é que deste tiros!!!!
Terás acertado num submarino ou no porta aviões?
Ou na água?
ah ah ah
Obrigado pelo comentário.

Beijinhos

10:25 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Pois é! O meu querido amigo sabe bem interpretar sentimentos, pensamentos e maldadezinhas.
No fundo o dia a dia de pessoas iguais a tantas outras, com as suas misérias humanas.
Jinhos

11:55 da tarde  
Blogger LUIS MILHANO (Lumife) said...

Como nem sempre há possibilidades de visitar os amigos coloquei hoje um poema dedicado a todos os que considero como tal e a quem desejo tudo de bom.

Um abraço

12:16 da manhã  
Blogger Leonor said...

as mulheres!
as esposas, as ma~es, as amantes.
a tua novela é decididamente uma novela de saberes e forças femininas. deles pouco sabemos ou vamos sabendo.

abraço da leonoreta

ando atrasada na leitura, eu sei.

12:18 da tarde  
Blogger Fragmentos Betty Martins said...

Querido António

Cá estou eu a pôr as contas em dia, que é como quem diz - a leitura.

Já estou como a nossa amiga Leonor:)

Não se pede assim a uma pessoa para matar uma paixão, não é! Só te digo isto está muito complicado. Mas adorei o final deste capítulo:

"Vais ficar doido por mim mas não é com o meu corpo nem com sexo que te vou conquistar. Será com a minha inteligência e com as minhas qualidades como pessoa".

Vou subir para o andar de cima

Até já

12:49 da manhã  
Blogger redonda said...

Agora vim até aqui. Estou a gostar de o ler e espero que não se importe que vá linká-lo para não o perder...

8:07 da tarde  
Blogger Amita said...

Olá António
Vim pôr a leitura em dia. Espero consegui-lo. Sobre este texto, não tenho nada de especial a focar, talvez porque já li os comentários ( loool ) e estive atenta às tuas explicações.
A diferença de idades (8 anos)não acho significativa e muito menos em 2003 para justificar um comportamento estritamente profissional. Como a acção se desenrola nos arredores do Porto, ou seja, no Grande Porto, num ambiente completamente diferente da cidade em si, toda a gente se conhece e acaba por ser "conveniente" manter as distâncias para parecer bem. Sobre esse aspecto não somos diferentes de Lisboa e como somos um país de títulos (canudos) é natural que o de Engº se mantivesse. Em estilo de desabafo te digo que não há nada como trabalhar com suecos... :)
Questões me assaltam: mulherengo como ele é, como será que vai lidar com as "amigas" que o costumam visitar? E a Fernanda, sabendo-o, oferece-se para trata-lo? hum... E como reagirá ela perante essas situações?
Desconfio, meu amigo, que não me expliquei muito bem. Faz um esforcinho e tenta deslindar o que escrevi, está bem? É que estou ansiosa para ler mais acima... :)
Uma bjoka grande e um sorriso

12:24 da manhã  
Blogger magarça said...

Parabéns António, estás a conseguir fugir às personagens estereotipadas. Ainda não descobri as verdadeiras motivações da Fernanda, estou curiosa...

12:33 da manhã  

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