Discriminação animal
Todo o mundo conhece os chamados animais domésticos.
Nas zonas urbanas, os mais frequentes e amimados são os cães e os gatos, nas suas variadas raças. Em muita habitação, com ou sem jardim ou quintal, lá estão eles.
Mas outros merecem menção: os canários, pintassilgos, pintarroxos, os engraçados papagaios e ainda os peixinhos, quer o solitário vermelhinho quer os múltiplos habitantes dos mais sofisticados aquários com maternidade e tudo.
E os cágados, quer os "mignon" que tem um local especial dentro de casa, quer os maiores que se instalam nos jardins.
E há os mais raros: ofídios rastejantes, pequenos tigres, enfim...fiquemos por aqui que não me lembro de mais.
Se formos para as áreas rurais, teremos muitos outros animais que, para ricos ou para pobres, tem os cuidados necessários, ou mais do que isso, dos seus proprietários: as galinhas, patos, perús, gansos, cisnes, coelhos, vacas, ovelhas, cabras, porcos, cavalos e outros. Não pretendo ser exaustivo pois isto não é um estudo científico, como devem calcular.
Mas o que me levou a tratar este tema da discriminação animal não foi esta bicharada que atrás enunciei.
São os outros. Os malditos, os indesejados, os horrendos, os discriminados.
Comecemos pela formiga, a comunitária e laboriosa formiguinha que a famosa fábula transmitida oralmente de pais para filhos tem atravessado gerações. Mas outros insectos nos acompanham fielmente mal-grado a furiosa perseguição de que são vítimas: as aranhas com as suas artísticas teias, as centopeias, engraçadíssimas com tanta perninha, as baratas, os peixinhos de prata.
As pulgas, percevejos e piolhos. Como é gira a distracção que estes proporcionam ao ser catados nas cabecitas mais sujas das criancinhas e o estalido que produzem quando esmagados entre as unhas dos polegares das mamãs. E a conhecida habilidade das pulgas para serem amestradas e se tornarem artistas de circo, sem falar na famosa cena de um filme de Charlot cujo nome agora não recordo?
E os ratos e ratazanas, também imortalizados em fábulas como a do flaurista ou a do João Ratão e da Carochinha, sem esquecer a utilização que deles fizeram grandes nomes da literatura como Victor Hugo que, na mais romântica de todas as obras que conheço, Les misérables, os converte nos melhores companheiros de Jean Valjean nas suas passagens pelos oitocentistas esgotos de Paris? Ah...e o rato Mickey, claro!
E as moscas, mosquitos, falenas e outros insectos voadores? Quanta diversão e libertação de tendências agressivas não tem provocado à pequenada o caçar moscas e depois tirar-lhes as asas, depois a cabecita e por fim as patinhas?
As abelhas, vespas e correlativos. Nem é preciso falar da utilidade das abelhinhas, pois não?
E as minhocas, lesmas e caracóis (petisco em muita zona do país) que também são um belo entretimento da miudagem? Caracol, caracol, põe os corninhos ao sol...
E mais haveria; mas vou parar por aqui na enumeração que já vai longa, quiçá fastidiosa.
A minha intenção ao falar nestes animaizinhos mal amados, é pôr em relevo a hostilidade de que é alvo, por parte dos humanos, todo este conjunto de pequenos bicharocos que fazem questão em partilhar a sua vida connosco.
Pensem bem e deixem-se de discriminações!
Nas zonas urbanas, os mais frequentes e amimados são os cães e os gatos, nas suas variadas raças. Em muita habitação, com ou sem jardim ou quintal, lá estão eles.
Mas outros merecem menção: os canários, pintassilgos, pintarroxos, os engraçados papagaios e ainda os peixinhos, quer o solitário vermelhinho quer os múltiplos habitantes dos mais sofisticados aquários com maternidade e tudo.
E os cágados, quer os "mignon" que tem um local especial dentro de casa, quer os maiores que se instalam nos jardins.
E há os mais raros: ofídios rastejantes, pequenos tigres, enfim...fiquemos por aqui que não me lembro de mais.
Se formos para as áreas rurais, teremos muitos outros animais que, para ricos ou para pobres, tem os cuidados necessários, ou mais do que isso, dos seus proprietários: as galinhas, patos, perús, gansos, cisnes, coelhos, vacas, ovelhas, cabras, porcos, cavalos e outros. Não pretendo ser exaustivo pois isto não é um estudo científico, como devem calcular.
Mas o que me levou a tratar este tema da discriminação animal não foi esta bicharada que atrás enunciei.
São os outros. Os malditos, os indesejados, os horrendos, os discriminados.
Comecemos pela formiga, a comunitária e laboriosa formiguinha que a famosa fábula transmitida oralmente de pais para filhos tem atravessado gerações. Mas outros insectos nos acompanham fielmente mal-grado a furiosa perseguição de que são vítimas: as aranhas com as suas artísticas teias, as centopeias, engraçadíssimas com tanta perninha, as baratas, os peixinhos de prata.
As pulgas, percevejos e piolhos. Como é gira a distracção que estes proporcionam ao ser catados nas cabecitas mais sujas das criancinhas e o estalido que produzem quando esmagados entre as unhas dos polegares das mamãs. E a conhecida habilidade das pulgas para serem amestradas e se tornarem artistas de circo, sem falar na famosa cena de um filme de Charlot cujo nome agora não recordo?
E os ratos e ratazanas, também imortalizados em fábulas como a do flaurista ou a do João Ratão e da Carochinha, sem esquecer a utilização que deles fizeram grandes nomes da literatura como Victor Hugo que, na mais romântica de todas as obras que conheço, Les misérables, os converte nos melhores companheiros de Jean Valjean nas suas passagens pelos oitocentistas esgotos de Paris? Ah...e o rato Mickey, claro!
E as moscas, mosquitos, falenas e outros insectos voadores? Quanta diversão e libertação de tendências agressivas não tem provocado à pequenada o caçar moscas e depois tirar-lhes as asas, depois a cabecita e por fim as patinhas?
As abelhas, vespas e correlativos. Nem é preciso falar da utilidade das abelhinhas, pois não?
E as minhocas, lesmas e caracóis (petisco em muita zona do país) que também são um belo entretimento da miudagem? Caracol, caracol, põe os corninhos ao sol...
E mais haveria; mas vou parar por aqui na enumeração que já vai longa, quiçá fastidiosa.
A minha intenção ao falar nestes animaizinhos mal amados, é pôr em relevo a hostilidade de que é alvo, por parte dos humanos, todo este conjunto de pequenos bicharocos que fazem questão em partilhar a sua vida connosco.
Pensem bem e deixem-se de discriminações!
17 Comments:
É um texto absolutamente irónico, ó Tareca!
Nem me falem de aranhas. Desde que tenho uma casa no meio da serra, apanhei-lhes um pó... raio das bichas são do tamanho de caranguejos! Bem lhes podem dar "traulitadas" com a vassoura que elas, aos zigue-zagues ainda andam. Quando caiem para o chão até fazem "baque" de pesadas, grandes, grossas e gordas que são! Horríveis!
huahuahuahua... poxa esse texto.. ai ai... claro q temos q lembrar desses animais discriminados... mas pense assim... se não conseguimos acabar com a discriminação entre seres humanos... como podemos acabar com essa discriminação???
Bem... é isso!!
Bjusssssssssssss
Óh meu bem... eu sei q esse tem um tom ironico... mas vale reforçar seus pensamentos... deixe pra lah... naum pude me expressar da maneira q eu queria... naum sou muito boa com as palavras!!!
Bjussssssssssss
Ia tudo bem...até falares das pulgas...
Olha eu...tenho animais de estimação; mas como tenho raízes na terra, no campo também sei "lidar" com os outros: as pitas, as chibas, os borregos,oa patos mudos...depois claro há o escaravelho (terrível)...mas há também a joaninha....e ainda a centopeia, o sapo,....e demia bicharada. Só não gosto de : varejeiras, centopeias, "alacraus", aranhas, lagartos e cobras...de resto...venham eles...tudo "nice"!
Jinho, BShell
Querido António,
Quero-te convidar, para 1 vez por mês, vires cá a casa, para levares as pulgas do meu gato, para a tua!!!
Muitos beijos e abraços.
(só tu, meu louco, é que me fazes rir).
Ok!
De acordo, mas também trago os teus piolhos...eh eh eh
És mesmo LOUCO!!! eheheh
Quem era capaz de escrever uma página acerca disto? Só tu, realmente!!
Gostei de ler.
Abraço e bom domingo. ;-)
POIS...
Deve haver...aí no Porto um sítio qualquer para registo de textos com o teu nome. Se tiveres dúvidas vai à loja do Cidadão. bas ta registares, em teu nome, alguns textos - dás um título...e pronto Estão salvaguardados os teus textos.
Há coisa de uns meses vi (com estes 2 que a terra há-de comer" um texto meu num outro blog...e sem dizer o autor. Isto é, a pessoa fazia-se passar peo autor desse texto! Foi a "gota de água"...
António...bons ou menos bons....são os NOSSOS textos!!! Por isso...
Jinho, BShell
Olá! Vim retribuir a visita e também "achei" um blog bem interessante (e ainda não li tudo, mas vou ler!). A julgar pelo nome, sentido de humor não deve faltar por aqui...
Quanto aos bichos, esqueceste os ácaros: temos a casa cheia deles, blhaaaac! E nem os matas porque não os vês! Pelo sim pelo não, sempre que posso ponho tudo a arejar e a apanhar sol (dizem que eles odeiam tanto que morrem, ihihihih!). De resto tenho respeito por toda a bicharada e tento não os matar mesmo quando invadem o meu espaço. Tento levá-los a sair a bem. Se não saem é que tenho de tomar medidas drásticas. Só há 2 a quem não perdoo: melgas no quarto e carraças. ODEIO CARRAÇAS!
Depois de ter dado um pequena volta pelo teu blog, venho aqui fazer um acrescento... Ácaros! Então não é que tu os comes?? Da próxima vez vou guardar os meus para te dar...Comer ácaros? CA NOJO!!
Ri-me com vontade com este post! Autêntico efeito Prozac, o teu blog! Uma boa semana para ti :-)
Olha, amigo, adorei o post!
Mas, certamente, e por experiência própria, ambos sabemos que as baratas do Porto não são iguais às baratas açorianas... essas sim, estaladiças, brilhantes, de cheiro fétido, de antenas e poder de voar, com as suas longas asas... ARGHHHH!!!
Até me arrepio!
O que vale é que cá não as há!
Ai, vida boa!
hihihihihi
E os ácaros? saborosos?
ham!
bj
"Las hormigas se comerán a Roma, esta dicho." Escreveu Cortázar.
É preciso que não se ame tudo, para que os seres amados tenham sua significação.E isso não é discriminação. Há quem crie aranhas e ame lagartos...
o comentário acima foi meu... mas nao soube assinar aqui
Eu aceito-os a todos... Menos às baratas, que são uma epidemia, aos ácaros porque dão alergia e às pulgas porque não calham bem às gatas pretas... ;)
Caro amigo, muito me ri!
De vez em quando convém mesmo puxar a coisa para este lado tamanhos os exageros que há.
Agora já não tenho gato por isso já não há pulguedo nem bicheza cá em casa, mas digo-lhe sinceramente, se vejo uma aranha salto para bem longe e esguicho até sabão da louça se for preciso!
Um beijinho! ;)
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