Eu sou louco!

Irreverência, humor, criatividade, non-sense, ousadia, experimentalismo. Mas tudo pode aparecer aqui. E as coisas sérias também. O futuro dirá se valeu a pena...ou melhor seria ter estado quietinho, preso por uma camisa de forças! (este blog está registado sob o nº 7675/2005 na IGAC - Inspecção Geral das Actividades Culturais)

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sexta-feira, outubro 28, 2005

Reencontro - parte IV

Sábado de manhã.
Paulo levantou-se um pouco mais tarde. Foi ver o correio electrónico, executou as rotinas da higiene diária e preparou-se para ir ao Norte Shopping como fazia semanalmente. Ainda espreitou para o quarto de Diogo para verificar se o filho queria ir com ele mas, perante o sono repousado do miúdo, decidiu deixá-lo dormir sossegadamente. Era, aliás, a situação mais comum.
Ao chegar ao hall de entrada, viu sobre a credencia um silencioso papel, escrito pela mulher, com um pequeno rol de coisas a comprar. Pegou nele, leu-o e saiu.
Conduziu calmamente até ao parque de estacionamento, depois dirigiu-se ao Continente e começou a procurar os produtos da lista e mais um ou dois artigos pessoais, para depois ir comprar o Expresso, tomar um café e sentar-se calmamente a ler o semanário.
De repente, parou!
A pouco mais de dez metros dele estava uma mulher que fora sua namorada e que não via há dezasseis anos.
- Meu Deus! A Anabela! E como está jeitosa! Parece ter a mesma idade! – disse para consigo.
Apreciou-a durante mais uns segundos e verificou que estava sozinha.
- Vou ter com ela? Será que me recebe bem? Ou não me reconhece? Ou faz que não me conhece? – meditou o homem com o coração batendo mais acelerado.
Estes reencontros provocam sempre uma reacção que não é de indiferença.
- Que diabo! Vou falar com ela. Zaragata não faz. Nem me vai bater. O pior que pode acontecer é ignorar-me – pensou e avançou, decidido, para a bonita e esbelta mulher de cabelos curtos e negros, olhos amendoados e lábios carnudos que deixavam entrever uns magníficos dentes muito brancos e alinhados.
- Olá Anabela! Não esperava ver-te aqui – foi o que soube dizer.
A mulher voltou-se, ficou momentaneamente séria mas rapidamente deixou abrir um sorriso que disse a Paulo mais do que mil palavras.
- Nem eu! – respondeu, sempre sorrindo e com um brilho nos olhos, a mulher.
- Estás muito bonita! Vives aqui perto? – disse Paulo com o coração ainda mais acelerado perante aquele olhar que agora recordava tão bem.
- Vivo no Porto mas trabalho aqui. Casei com um comerciante e tenho um casal. A loja estava com o negócio fraco e ele resolveu vir estabelecer-se cá dentro – explicou, com inesperado detalhe, Anabela.
- Eu também casei. Tenho um rapaz com 13 anos – deu o desnorteado Paulo Morais continuidade ao diálogo.
- Agora tenho de ir porque disse que não me demorava – despediu-se ela.
- Gostei muito de te ver. Ah!...e qual é a loja? – procurou ele saber para não perder o rasto da reencontrada Anabela.
- Ramos Gonçalves. Pronto a vestir para senhoras. Também gostei de te ver. Até sempre! – rematou ela e afastou-se do local.
Durante breves minutos Paulo observou-a a procurar o que pretendia, até desaparecer por trás de um grande expositor.
- Também gostei de te ver. Até sempre! – repetiu o professor ainda semi hipnotizado.
Só passado cerca de um minuto é que voltou completamente a si, fez as compras que tinha de fazer, foi comprar o jornal e tomar o café. Sentou-se à mesa para ler o semanário como de costume mas não o conseguiu fazer.
- Não há nenhum sinal de ressentimento por parte dela.
- E como está maravilhosa! A mesma elegância; parece que nem teve filhos. E a cara continua a mesma apesar de já se terem passado...dezasseis anos.
- E trabalha aqui tão perto!
E pensou, recordou, imaginou...até que viu as horas. Era tempo de voltar para casa.

Anabela Barbosa era uma mulher de 43 anos. Com 1,68 m de altura e 64 kg de peso, com a perna alta e o seio pequeno, era verdadeiramente esbelta. De facto, parecia muitíssimo mais nova. Apesar dos cabelos e olhos negros, tinha uma pele muito clara que lhe retirava qualquer toque de latinidade.
Filha única e tardia, ficou órfã de pai ainda criança. A mãe, que o fora com 42 anos, era costureira e trabalhava sozinha em casa. Fazia ainda renda, malha e bordava.
Quando completou o ciclo preparatório, a jovem Anabela foi ajudar a progenitora nas lides domésticas e nas actividades que eram o sustento da família juntamente com uma magra pensão do falecido.
Com cerca de dezassete anos, e sem horizontes motivadores, a moça tanto insistiu com a mãe que acabou por arranjar emprego como recepcionista de uma clínica. Ganhava algum dinheiro, parte do qual entregava em casa, e deixava de estar enclausurada.
Aos 26 anos, e depois de vários namoros de que pouco se sabe, conheceu Paulo que já era professor em Matosinhos. Tiveram uma relação forte que terminou abruptamente cerca de um ano depois.
Casou com Joaquim Ramos Gonçalves quando este tinha 41 anos e ela 29. Do matrimónio nasceram Sara e Marco, actualmente com 13 e 11 anos, respectivamente.

O almoço em casa foi frugal, como habitualmente aos sábados.
A conversa foi mínima e sempre com o filho; pai e mãe simplesmente se ignoravam.
No final, Paulo foi-se sentar no seu sofá, ligou o televisor num canal qualquer, baixou o som, acendeu um cigarro e começou a recordar como tudo começara:
Numa tarde chuvosa de domingo, Anabela tinha ido sozinha ver um filme ao Coliseu. Fora de autocarro mas, pouco depois de sair da viatura, verificou que não tinha o guarda-chuva. Deixara-o no transporte público, mas já era tarde demais para o recuperar.
Quando o filme acabou, chovia copiosamente e teve de aguardar no átrio que o tempo amainasse.
Paulo também fora sozinho ver o filme que passava no Passos Manuel, mesmo ali ao lado, e cujo átrio era comum com o do Coliseu. Apesar de munido de guarda-chuva, resolveu esperar que a forte bátega diminuísse de intensidade. Reparou então numa jovem, verificou que estava sozinha e pareceu-lhe que estava sem a tradicional protecção contra a água.
Chegou-se perto dela e disparou:
- Estou a ver que a menina não tem guarda-chuva. Quer que lhe dê uma boleia no meu quando a chuva ficar mais fraca?
A moça ficou um pouco aturdida. Olhou para o Paulo e achou-o um belo rapaz. E nunca um desconhecido se mostrara tão simpático numa hora de aflição.
- Provavelmente não vai para o mesmo sítio que eu – respondeu.
- Vou seguramente! Levo-a para onde quer que vá! – galanteou o jovem.
Ela não pode deixar de fazer um largo sorriso e disse:
- Vou lá abaixo apanhar um autocarro para o Carvalhido.
- Ainda fica longe. Está a abrandar mas ainda chove bem. Não quer aceitar uma boleia no meu carro para casa? Ele está aqui perto. Molhamo-nos menos, os dois – arriscou tudo o professor.
Ela ficou calada. Hesitou.
- Sabe que alternativa tem? Chegar a casa toda encharcada e amanhã ter uma forte constipação, uma gripe, uma pneumonia ou até uma pneumonia dupla – disse o rapaz sorrindo e tentando o xeque-mate.
A moça riu-se.
- Linda! – pensou ele.
- Mas é uma grande maçada para si – desculpou-se a bela rapariga.
- Não é nada! A menina está com medo de ir só, comigo. Ora confesse!
- Sim, um pouco – concordou a jovem.
- E acha que tenho cara de bandido?
- Não!
- Então vamos já, pois a chuva quasi parou totalmente e, daqui a pouco, vem outra carga de água – e pegou-lhe suavemente no braço para a conduzir para a rua.
E Anabela foi...
Quando estavam perto de casa ela pediu-lhe para parar. Ía sair ali. E já sabiam alguma coisa um do outro.
- Anabela! Queres sair comigo logo à noite?
- Nunca saio à noite por causa da minha mãe; não gosto de a deixar sozinha – rejeitou a moça.
- Então pode ser sábado à tarde? – insistiu ele.
- Sim! – condescendeu a jovem.
- Então passo por aqui por volta das três da tarde, está bem? – organizou Paulo.
- Está! Mas é melhor telefonar antes. Eu escrevo-lhe aqui o meu número de telefone – e a moça escreveu num papelito que entregou ao rapaz que, por sua vez, o guardou cuidadosamente.
Despediram-se e, no sábado seguinte, depois de confirmar a disponibilidade de Anabela através dum telefonema, Paulo estacionou no mesmo local. Pouco depois aparece a esbelta figura de Anabela com um sorriso completamente aberto. Via-se claramente que estava feliz.
Foram dar uma volta de carro, conversaram, lancharam, mas nada de especial aconteceu. Ou melhor: uma forte empatia entre os dois estava em crescendo acelerado.
No domingo da outra semana, em mais um dia chuvoso de Outubro, estavam os dois dentro do carro que Paulo estacionara virado para o mar revolto. Os vidros embaciados criavam um ambiente de privacidade. Em certo momento Paulo fez uma aproximação lenta da sua face à da jovem e esta não se conteve mais. Para surpresa de Paulo beija-o e abraça-o com um desejo que não podia esconder. Paulo rapidamente se recompôs e foi ali, dentro do carro, ao som da chuva e duma canção dolente que nenhum ouvia, que se consumou o primeiro contacto penetrantemente íntimo.
Os fins-de-semana seguintes eram passados todos da mesma maneira.
Depois de ir buscar Anabela, íam ambos para uma modesta, mas limpa, pensão onde alugavam um quarto e tinham tardes inteiras de ternura e sexo sem tabus. Só vinham embora quando estavam vencidos pela exaustão ou era tempo de Anabela regressar a casa assumindo o mais encantador ar de ingénua. E como lhe ficava bem essa aparência!

Estava ainda Paulo absorto nas suas recordações quando ouviu a voz de Inês a despertá-lo de tão doces lembranças.
- Eu e o Diogo vamos a casa da minha mãe. Provavelmente jantamos com eles.
- Não te preocupes comigo! Eu vou lá fora comer qualquer coisa – disse Paulo.
- Até logo, papá! – e Diogo deu-lhe um beijo de despedida.
- Até logo, meu filho! – disse o pai
- Até logo! – disse Inês.
- Dá os meus cumprimentos à tua mãe e ao Alberto – recomendou o professor.
E Paulo ficou sozinho em casa.
Permaneceu uns minutos a olhar para o televisor que continuava a transmitir sem ninguém lhe dar qualquer atenção quando, como se as molas do sofá tivessem rebentado, deu um salto e disse:
- Vou lá outra vez. Quero vê-la!
Arranjou-se, desceu à garagem e conduziu o carro novamente para o parque de estacionamento do Norte Shopping.

37 Comments:

Blogger Maria Carvalho said...

Pois. E assim a história vai seguindo o seu curso. Beijos, bom fim de semana

11:14 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Então agora o Paulo vai fazer estragos no casamento da Anabela?!!!
Dezasseis anos, é muito tempo! O que passaram, nunca mais é igual!
Mas como o conto tem por título, O Reencontro…..!!!

António,
Cada leitura que faço, o fascínio pela tua escrita é maior!

Um bom fim-de-semana,

GR

11:36 da tarde  
Blogger Diolindinha said...

Ó vizinho... não faça asneiras... As coisas mudaram, não complique a vida...
Ai os homens!

11:45 da tarde  
Blogger Leonor C.. said...

Estou a gostar, António, e já estava a prever qualquer coisa do género...
Quando o "presente" é monótono e encontramos o "passado" queremos construír outro "futuro"...
Faço votos para que termine tudo em bem!
Bfs.

11:50 da tarde  
Blogger António said...

Para "GR":

Obrigado por mais uma visita e pelos elogios tão permanentes.
Agora vou-te fazer um comentário. Escreveste:
"Dezasseis anos, é muito tempo! O que passaram, nunca mais é igual!".
Não sei que idade tens. Mas garanto-te que o que passaram pode ser igual ou mesmo muito melhor.

Beijinhos

11:57 da tarde  
Blogger Zica Cabral said...

fatalmente, se um presente chato e taciturno encontra um passado fresco, alegre e feliz, quer revivê-lo. Às vezes resulta e, mesmo que por breves momentos passo e presente encontram-se para cpmletar qualquer coisa que estava pendente e não vivida. Espero mais episodios.
Beijinhos
Zica

9:08 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

António,

Tenho idade (bastante), para saber o que são 16 anos “passados”!
Nos contos, gosto de ler enredos de vidas duplas! Clandestinas!
Paixões que se fazem em segredos!
Na vida real! E porque cada vez se vê mais… Não!
Não se pode, ir procurar o passado! Não se deve mudar o presente, com o pretérito!
Alterando a estrutura familiar! Sendo sempre as maiores vítimas os filhos! O passado não volta!
Cada um terá que ser livre! Para isso existe o divórcio!
Tenho idade bastante (47), para adorar ler os teus contos e por serem contos adoro os enredos difíceis, que só tu sabes construir!

Bjs,

GR

11:30 da manhã  
Blogger Zica Cabral said...

ola Antonio e obrigado pela visita. Eu não gosto sobretudo de escrever poesia pelo contraio gosto mais de escrever prosa e tenho bastante no meu blog mas este mês , por acaso só editei a poesia. Algumas feitas agora, outras feitas há já muitos anos. São sobretudo letras para canções porque sou musica e cantava alguns originais.Outras são para crianças porque sendo professora de musica tentava educa-las em todos os sentidos. Para isso além da musica fiz bastantes peças de teatro, umas totalmente musicadas, outras com textos e musicas à parte. Além disso dirigia um coro de 87 crianças. Acho que ele adoravam porque nunca faltavam aos ensaios e tinham uma energia e alegria contagiantes.
Beijinhos
Zica

1:00 da tarde  
Blogger wind said...

Extraordinária esta história. Não me vou repetir, já sabes o que penso:) Aguardo a continuação:) beijos

2:09 da tarde  
Blogger António said...

Para "GR":

Mimas-me tanto que nem tenho coragem de te contrariar...eh eh

Beijinhos

2:54 da tarde  
Blogger nelsonmateus said...

até parece k estavas a espera k eu dissesse alguma coisa para colocar 1 novo episódio :)

ler este episódio ao som do fake plastic trees (versão acústica) dos radiohead, com o céu cinzento e a chuva a cair fez com k a minha imaginação desse 1 pulo e conseguisse visualizar todos os acontecimentos dentro dessa caixa a k chamamos d crânio ... :)

ps: lamento rapaz, mas o "je" nã condiz muito com whisky. teremos k ficar pela bohémia e os tremoços ... ou, caso insistes, por 1 brandy ou 1 aguardente velha :)

3:29 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

António,

Podes e deves contrariar!
Da discussão, nasce a luz!
Até posso ser uma cega, com óculos!
Coerentemente continuarei a dizer, és um Grande Escritor!

Bjs,

GR

5:03 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Estou a gostar, e espero o desenlace..., podem ainda surgir outros reencontros...até consigo próprio!

5:15 da tarde  
Blogger António said...

Para "sonamaia":

Obrigado pela visita e pela tua douta opinião!
eh eh eh
Para te falar com franqueza, já há muito que sei como isto vai acabar. Mas havia uma ponte que não sabia como fazer. Esta manhã, devo ter acordado inspirado e zás...achei!
Mas uma coisa te digo!
Depois desta blogonovela, vou fazer posts sem continuação e, só depois de ter uma novela pronta é que começo a editá-la.
Acho que será menos pressionante.
Não é preciso dizer para voltares porque sei que o farás sempre!

Beijinhos

6:22 da tarde  
Blogger António said...

Para "GR":

Sempre ouvi dizer que da discusão nasce a luz.
E acho que já descobri porquê: os murros, chapadas, lambadas e bofetadass fazem FAÍSCA na cara e cabeça dos adversário e daí nasce a luz!
Não concordas com a minha tese?

Beijinhos

6:45 da tarde  
Blogger Su said...

opsssssssss aqui há passado eheheh
estou a gostar...nem vale deizer mais nada , já estou a imaginar... e podem ser tantas as historias imaginadas
gostei de ler-te, como sempre

jocas maradas

8:31 da tarde  
Blogger wind said...

António, se puderes dá um saltinho ao meu sítio, por favor. Escrevi uma prosa e gostava da opinião sincera de um mestre da prosa como tu:) bjs

9:40 da tarde  
Blogger Caiê said...

Amigo:
mais uma vez te digo, que eu nã percebo nada de histórias de amor... mas julgo que ninguém pode ficar indiferente a um amor do qual se têm boas lembranças, sobretudo se o que vivemos no momento nã nos enche as medidas.
Este episódio foi particularmente emocionante!
ps- gosto de ver que o homem é dado à acção!
ps2- nã revelas porque se separaram?
ps3- preocupa saber o que acontecerá +a pobre da Anabela... então, ele vai desassossegar a mulher, q até pode estar bem casada? lol

Ai, que nunca pensei ficar tão interessada numa blogonovela!!!:)

11:51 da tarde  
Blogger INFORMANIACA said...

Penetrantemente íntimo?.....xiça caté me arrepiei..

E Anabela..António? Isso é lá nome que se dê a uma mulher lindérrima de 43 anos? Não podias ter escolhido...Laura, por exemplo?

heheh..

Força...a coisa tá-se a compôr...(ou não!!!!!!)

11:57 da tarde  
Blogger margusta said...

Olá António,
...vim só para te deixar um beijinho, amanhã volto para te ler...
Votos de um bom Domingo.

12:07 da manhã  
Blogger GNM said...

Continuo a seguir-te com muita curiosidade...

Um excelente Domingo para ti!

Fica bem...

1:47 da manhã  
Blogger maresia said...

ai ai ai ai ai! eu para aqui a convencer a minha Princesa que não dê conversa a desconhecidos, muito menos que aceite boleia deles... e vem este louco fazer disso um instante de potencial resto de vida! ai ai ai ai ai

11:04 da manhã  
Blogger maresia said...

e já agora, um comentário ao comentário do António à GR: ainda não cheguei à tua sábia idade, mas já vivi o suficiente para perceber que assim é: o tempo não se mede em horas, nem em dias, nem em anos.

como diz o mais sábio de minha eleição: O tempo não sabe nada, o tempo não tem razão | O tempo nunca existiu, o tempo é nossa invenção | Se abandonarmos as horas não nos sentimos sós | Meu amor, o tempo somos nós

e quanto a estragos... cada um é livre de se deixar ou não estragar. e cada um é livre de definir estragos à sua dimensão.

11:24 da manhã  
Blogger maresia said...

quanto aos murros e chapadas! não esperava outra coisa de ti, meu loco!! lol sempre pronto a fazer-me rir das coisas sérias! mas, confesso, a faísca maior que eu conheço é a do "preto e branco"! eu que o diga lol

ps: já viste que eu consegui comentar quase todos os comentários e ainda não te disse se li ou não o texto em si?!?! lol

não podes imaginar o quanto gosto de ti neste instante, em que me rio e desrio por aqui!

11:31 da manhã  
Blogger Zica Cabral said...

eu não estou propriamente a lêr de castigo, né? Estou a ler porque tudo o que tens aqui é interessante, bem escrito e divertido. Confesso que tenho estado agarrada ao comp e tenho mais que fazer mas não faço...................que espere o resto!!
Excepto alimentar os bichinhos que tenho, esses não podem esperar.
Beijinhos e que o teu ego aumente muito
Ah queria tb comentar um post onde dizes que não tens talentos...........Bem e o que é isto? Prenderes uma pessoa ao comp porque está vidrada no que tu escreves não é um grande talento?
Ainda outra coisa. Eu recebo os emails com as tuas respostas. Mas onde é que os pões? porque não os encontro e vêm com aquelas letras esquisitas
Mais beijinhos
Zica

1:55 da tarde  
Blogger heidy said...

Um amor mal resolvido que reapareceu numa altura de crise... pano para mangas. Agora fiquei cusca migo!


e finalmente consegui ler tudo! já estava a sentir-me mal... :p

bejokas e uma excelente semana

1:06 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Pois e agora ficamos assim...

Ansiosa que venha o resto...

Olha vamos fazer assim, publica de uma vez o livro completo que eu compro-o e assim não fico com a coceira terrivel por não saber o resto lolol


Jinhos

7:09 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

António, o consigo era para o Paulo... Obrigada pelo comentário no meu último post sobre a Violência na Família! Exitei bastante antes de o colocar! Beijinho

8:48 da tarde  
Blogger margusta said...

Olá António,
...estava mesmo a ver que este casamento ía começar a descambar...a Inês tem a sua cota de culpa, é sempre tão fria que acaba por deixar a porta aberta para o Paulo partir á procura de novas emoções... neste caso antigas mas que trazem o sabor de grandes momentos de amor e paixão...o cocktail perfeito...

Cá ficarei á espera de mais...

Obrigada pelo elogio ao meu cantinho.
Muitos beijinhos e bom feriado.

10:52 da tarde  
Blogger Menina Marota said...

Depois de já ter perdido tantos comentários, ao tentar comentar-te, vou dizer-te que aguardo ansiosa o desenrolar da história...que, pelos vistos... promete!!


Um abraço e bom feriado ;)

4:22 da manhã  
Blogger Mitsou said...

Olha, fazemos assim: volto mais logo, com tempo, para ler desde o capítulo I, ok? :)

Beijokas!

10:44 da manhã  
Blogger maresia said...

tenho um texto novo que te dedico... não sei bem porquê... talvez pelo Porto, talvez pela Faculdade, talvez só porque me apeteceu!

12:29 da tarde  
Blogger maresia said...

é este: -

12:33 da tarde  
Blogger Fragmentos Betty Martins said...

Querido António

Estou a seguir muito atentamente a tua história.

Como sabes gosto imenso da tua escrita.
Agora com estes "ingredientes" todos (bem à tua maneira) estou bem curiosa, para ver como vais dar a "volta" para o desfecho!

beijinhos

2:54 da tarde  
Blogger pinky said...

Sempre a surpreender! Cool!
Estou a gostar muito!
Assim é a vida...
bjokas

4:13 da tarde  
Blogger Leonor said...

ah! muito bem! no meio da media res a analepse. muito bem metida alias...

abraço da leonoreta

12:27 da manhã  
Blogger Xuinha Foguetão said...

Vou aproveitar o lanço e vou já para a próxima parte...

Estou a gostar... a gostar!

Ehehehehe!

Beijos.

11:47 da manhã  

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