Diálogos de gente (XVIII) (O impertinente)
- Oh homem! Porque não vestes uma roupa mais nova? Andas sempre que pareces um pedinte!
Quem assim falava era Amália Dias para o seu marido.
- Com esta é que eu me sinto bem – respondeu o Humberto.
- Eu sei! Mas vais fazer uma figura triste a casa do Horácio. Podias fazer-me a vontade! – insistiu a mulher.
- Olha! Já estás pronta? – mudou de assunto o homem.
- É só pegar na carteira...pronto!
E encaminhou-se para fora do quarto em direcção da porta da casa onde moravam, seguida pelo marido que já tirara o carro da garagem.
- Vamos então andando! – disse ele.
E saíram de casa dirigindo-se para a viatura onde Humberto tomou o lugar do condutor.
- Tinhas-me dito que hoje conduzia eu. – recordou a mulher – Senão qualquer dia nem sei guiar.
- Hoje levo eu o carro.
E ao dizer isto, ele ligou o motor.
- Quero ver quando é que eu guio um bocado. Mas o melhor é dizer-te que não quero guiar para tu me dizeres para ser eu a fazê-lo. Tens cá um espírito de contradição! – desabafou a Amália.
E continuou:
- E não estejas sempre a contrariar o Horácio e a Graça, ouviste? Eu nem sei porque é que eles ainda nos convidam. Tu chegas lá e contradizes tudo o que eles dizem!
- Estás a ver? Se eu fosse como tu dizes eles não nos convidavam para passar lá a tarde e lanchar. Se o fazem é porque somos boa companhia – argumentou o Berto.
- Pronto! Está bem! Oh...vais por esse lado? É o mais longo...
- Assim damos um passeio maior – justificou-se o Dias.
- Já que queres dar um passeio maior, podíamos ir pela marginal – sugeriu a mulher.
- Pela marginal demora muito. Por aqui é melhor! – decidiu o homem.
Passados uns quinze minutos, chegaram a casa do Horácio e da Graça Mendonça.
- Tens ali um lugar à sombra! – indicou ela.
- É melhor parar agora ao sol porque quando sairmos o carro está à sombra. – optou ele – Além disso o ar condicionado é para ser utilizado..
- Seja feita a tua vontade, ámen! – resignou-se a mulher.
O casal andava na casa dos quarenta e tinham um filho, André, que tinha agora 18 anos e não gostava muito de acompanhar os pais. Nomeadamente o pai que considerava um chato insuportável.
Bateram à porta do apartamento onde habitava o casal que os convidara a passar a tarde.
- Sou eu, o Humberto! – falou para o intercomunicador.
- Podias dizer que éramos nós – resmungou baixinho a esposa.
Subiram no elevador até ao 4º andar e ao abrir-se a porta depararam com o casal que os aguardava.
Saudaram-se como é da praxe e os quatro foram instalar-se na sala.
- Oh Berto! Queres acompanhar-me a beber um whisky? – perguntou o Horácio.
- Prefiro uma aguardente bagaceira, uma Carvalho, Ribeiro & Ferreira.
- Muito bem! É para já!
E o anfitrião, gentilmente, serviu o visitante.
- Muito obrigado, pá! Esta é muito boa! – agradeceu o Humberto.
Entretanto as senhoras já conversavam sobre um assunto qualquer.
- As nossas mulheres já estão a ter aquela conversa cultural do costume: telenovelas, roupas, fofocas sobre conhecidos e desconhecidos, tempo, empregadas, vizinhos – desdenhou o impertinente funcionário superior dos CTT.
- Sentem-se bem a falar sobre isso...deixá-las! – amenizou o dono da casa.
- É por isso que este país é como é! Que falta de nível! – insistiu o chato.
- Nós também falamos muitas vezes de coisas fúteis, como futebol.
- Mas futebol não é um tema fútil! É o desporto nacional que de vez em quando, por um bambúrrio, faz alguma figura internacional – disse o convidado.
- Não é só sorte! E nem só em futebol temos coisas boas – corrigiu o Horácio.
- Pois! Somos bons em quasi tudo. Até o Prémio Nobel da Literatura não sabe fazer a pontuação! – implicou de novo.
A conversa prosseguiu sempre no mesmo tom, com o Humberto Dias a dizer mal de tudo e todos e a revelar-se um interlocutor intragável.
- E vocês tem a sorte de não ter filhos! Senão é que viam como é a juventude de agora. Uma coisa horrível! – disse, a certa altura, o Berto.
- Oh pá! Sabes muito bem que temos um grande desgosto por não ter filhos. Às vezes podias conter-te um pouco nas tuas afirmações – afirmou, um tanto agastado, o Mendonça.
- Também achas que sou um chato e um impertinente e não sei que mais? – perguntou, irritado, o Dias.
- Acho! Acho eu e acha toda a gente! – atirou-lhe o anfitrião.
- Ah sim? Então porque me convidas para cá vir? – disse, ufano, o contraditor.
- Queres que te explique? Então eu faço-o com muito gosto! – avançou o Horácio, enquanto olhava para as duas mulheres que tinham parado a conversa para ver no que dava o desaguisado – Em primeiro lugar, para permitir que a tua mulher passe uma tarde mais agradável e não tenha que te aturar sozinha. Em segundo, porque nem imaginas o que nos rimos cá em casa os dois, depois de saíres, com as tuas afirmações.
E Amália não pode conter-se, gargalhou alto e disse para o seu marido.
- Agora já sabes porque somos convidados!
Quem assim falava era Amália Dias para o seu marido.
- Com esta é que eu me sinto bem – respondeu o Humberto.
- Eu sei! Mas vais fazer uma figura triste a casa do Horácio. Podias fazer-me a vontade! – insistiu a mulher.
- Olha! Já estás pronta? – mudou de assunto o homem.
- É só pegar na carteira...pronto!
E encaminhou-se para fora do quarto em direcção da porta da casa onde moravam, seguida pelo marido que já tirara o carro da garagem.
- Vamos então andando! – disse ele.
E saíram de casa dirigindo-se para a viatura onde Humberto tomou o lugar do condutor.
- Tinhas-me dito que hoje conduzia eu. – recordou a mulher – Senão qualquer dia nem sei guiar.
- Hoje levo eu o carro.
E ao dizer isto, ele ligou o motor.
- Quero ver quando é que eu guio um bocado. Mas o melhor é dizer-te que não quero guiar para tu me dizeres para ser eu a fazê-lo. Tens cá um espírito de contradição! – desabafou a Amália.
E continuou:
- E não estejas sempre a contrariar o Horácio e a Graça, ouviste? Eu nem sei porque é que eles ainda nos convidam. Tu chegas lá e contradizes tudo o que eles dizem!
- Estás a ver? Se eu fosse como tu dizes eles não nos convidavam para passar lá a tarde e lanchar. Se o fazem é porque somos boa companhia – argumentou o Berto.
- Pronto! Está bem! Oh...vais por esse lado? É o mais longo...
- Assim damos um passeio maior – justificou-se o Dias.
- Já que queres dar um passeio maior, podíamos ir pela marginal – sugeriu a mulher.
- Pela marginal demora muito. Por aqui é melhor! – decidiu o homem.
Passados uns quinze minutos, chegaram a casa do Horácio e da Graça Mendonça.
- Tens ali um lugar à sombra! – indicou ela.
- É melhor parar agora ao sol porque quando sairmos o carro está à sombra. – optou ele – Além disso o ar condicionado é para ser utilizado..
- Seja feita a tua vontade, ámen! – resignou-se a mulher.
O casal andava na casa dos quarenta e tinham um filho, André, que tinha agora 18 anos e não gostava muito de acompanhar os pais. Nomeadamente o pai que considerava um chato insuportável.
Bateram à porta do apartamento onde habitava o casal que os convidara a passar a tarde.
- Sou eu, o Humberto! – falou para o intercomunicador.
- Podias dizer que éramos nós – resmungou baixinho a esposa.
Subiram no elevador até ao 4º andar e ao abrir-se a porta depararam com o casal que os aguardava.
Saudaram-se como é da praxe e os quatro foram instalar-se na sala.
- Oh Berto! Queres acompanhar-me a beber um whisky? – perguntou o Horácio.
- Prefiro uma aguardente bagaceira, uma Carvalho, Ribeiro & Ferreira.
- Muito bem! É para já!
E o anfitrião, gentilmente, serviu o visitante.
- Muito obrigado, pá! Esta é muito boa! – agradeceu o Humberto.
Entretanto as senhoras já conversavam sobre um assunto qualquer.
- As nossas mulheres já estão a ter aquela conversa cultural do costume: telenovelas, roupas, fofocas sobre conhecidos e desconhecidos, tempo, empregadas, vizinhos – desdenhou o impertinente funcionário superior dos CTT.
- Sentem-se bem a falar sobre isso...deixá-las! – amenizou o dono da casa.
- É por isso que este país é como é! Que falta de nível! – insistiu o chato.
- Nós também falamos muitas vezes de coisas fúteis, como futebol.
- Mas futebol não é um tema fútil! É o desporto nacional que de vez em quando, por um bambúrrio, faz alguma figura internacional – disse o convidado.
- Não é só sorte! E nem só em futebol temos coisas boas – corrigiu o Horácio.
- Pois! Somos bons em quasi tudo. Até o Prémio Nobel da Literatura não sabe fazer a pontuação! – implicou de novo.
A conversa prosseguiu sempre no mesmo tom, com o Humberto Dias a dizer mal de tudo e todos e a revelar-se um interlocutor intragável.
- E vocês tem a sorte de não ter filhos! Senão é que viam como é a juventude de agora. Uma coisa horrível! – disse, a certa altura, o Berto.
- Oh pá! Sabes muito bem que temos um grande desgosto por não ter filhos. Às vezes podias conter-te um pouco nas tuas afirmações – afirmou, um tanto agastado, o Mendonça.
- Também achas que sou um chato e um impertinente e não sei que mais? – perguntou, irritado, o Dias.
- Acho! Acho eu e acha toda a gente! – atirou-lhe o anfitrião.
- Ah sim? Então porque me convidas para cá vir? – disse, ufano, o contraditor.
- Queres que te explique? Então eu faço-o com muito gosto! – avançou o Horácio, enquanto olhava para as duas mulheres que tinham parado a conversa para ver no que dava o desaguisado – Em primeiro lugar, para permitir que a tua mulher passe uma tarde mais agradável e não tenha que te aturar sozinha. Em segundo, porque nem imaginas o que nos rimos cá em casa os dois, depois de saíres, com as tuas afirmações.
E Amália não pode conter-se, gargalhou alto e disse para o seu marido.
- Agora já sabes porque somos convidados!
32 Comments:
Esta leitura, com um pouco de jazz em fundo, poderia ser uma cena num filme do Woody Allen. :))
Bem...é mesmo para rir....
Obrigado
Paulo
Existem muitos Humbertos por aí...infelizmente conheço alguns...
Grande Horácio..lol...Gostei!!!
Como estás tu meu amigo?...Tudo bem?
Beijinhos muitos para ti e um bom fim de semana!
Bem descrito um indivíduo do "contra"! Qualquer coisa dá para embirrar. Vá lá que pelo menos o bagaço era bom! Devia ser instituído o prémio nobel da paciência pois muita gente o merecia. Gostei do desfecho porque foi merecido, masolha que indivíduos assim não têm emenda pois está-lhes no sangue! Há mulheres que aturam muito. E homens também porque certas mulheres não ficam atrás!
Bom fim de semana
Li, reli e tornei a ler. Engraçado que neste texto suscitou-me o inverso...ela é que é uma impertinente do caraças, tratando-o como uma criancinha- muda a camisola, veste aquelas calças, vai por ali, faz isto...mais isto que pachorraaaaaaaaaaaaaa:)e os amigos talvez riam-se depois de ver e ouvir o monólogo:) dos dois! O filho acha que o pai é um chato, mas com 18 anos todos os consideram, salvo raras excepções...porque atravessam a fase do sabem tudo:):):):)
Não quero no entanto dizer que todos os homens são uns santos...mas aqui sou a favor do Sr.Berto...heheheheh
Gostei e fartei-me de rir!!! Parabéns, beijos ao Sr.Berto e para ti e os teus um bom fim de semana!
Podem bater-me à vontade:):):)
Para "fatyly":
Olá!
De facto a mulher também é uma chatinha!
Cheguei em pensar em dar ao diálogo o título de "Os chatos".
Mas ele é bem pior: é propositadamente do contra, é impertinente, insuportável.
Ela não se quer deixar comandar totalmente e não quer deixar que ele a anule, acabando por ser uma chata.
Obrigado pelo comentário perspicaz.
Beijinhos
Ena, António!! Impertinente do raio do homem!! Adorei o diálogo, adorei o desfecho!! Beijinhos.
o impertinente ou os impertinentes?
falta de tacto da mulher. já que ela quer que ele estacione á sombra é melhor dizer-lhe para ele estacionar ao sol e assim sem ele saber está a fazer-lhe a vontade. com papas e bolos...
abraço da leonoreta
António,
Incrível!
Mais um retrato fiel, do homem português nascido nos anos 40.
O senhor sabe tudo! Sempre aborrecido! Contraria tudo e todos!
Nunca está bem nem com os amigos, nem nos locais (sejam eles quais forem), nem com a família. Todos dizem e fazem disparates, menos ele. É sempre detentor da verdade e da razão! Grande sofrimento aqueles que vivem com esta “espécie”.
Ainda bem que estão em extinção!
Ainda bem que o casal amigo não é hipócrita e lhe vai dizendo as verdades!
Gostei muito do texto!
Cada vez as tuas narrativas, são mais envolventes.
Bjs,
GR
Delirante! Delirante! Ri com prazer.
Parabéns António.
Beijo
por acaso também acho que são os dois. E abundam os espécimes, tanto masculinos como femininos...
A tua arte de os descrever, está sempre sem chatice nenhuma!... :)
Jinhos
Quem diz o que quer... ouve o que não quer! :)
Para "GR":
Olá, Guida!
Obrigado por mais este comentário, fidelíssima leitora.
Beijinhos
Owa :o)
Lololol e nao é que o homem é mesmo chato??? lololol
mas está muito fixe :o)
Beijinho e bom fim de semana
Eheheheheheh :-)))
De onde irá este homem tirar estas inspirações, caramba? ;-)
Um beijinho!
Até os impertinentes fazem falta, nem que seja para alegrar o serão dos amigos :). Este texto deu-me a primeira gargalhada do dia.
Olá António,
Grrrrrrrr, que tipos chatos estes "contras" cinzentões, azedos com a vida. Conheço bem demais....
Mais uma boa descrição.
Beijinhos
Ana Joana
Para "ana joana":
Bem re(aparecida)!
É sempre um prazer sentir-te por aqui.
Beijinhos
Cenas do quotidiano, sempre bem retratadas, então o final é magnífico.
Cenas de um casal de "chatos", aborrecidos com a vida, fazem-me recordar um casal de tios, é mesmo para rir...Parabéns, gostei do blog!
Loool. São mesmo uns chatos. Ele porque faz parte da sua natureza, ela porque foi contagiada, sendo também uma defesa. Um final excelente e muito merecido.
Bjinhos
Como estou de poucas palavras ultimamente, excelente como é teu costume, e o Dias é mesmo intragável credo!:)
beijos
Continuas em "alta" , meu amigo!
beijo azul...de uma concha que ...por ser azul...é diferente das demais!
BlueShell
Bolas!
Vou daqui danada!
Então pões-me aqueles dois cromos nos quarenta????
Grunnnnnnffff!!!!
E, isto, é por ser aqui, ouviste?
Se fosse lá em casa, ias ver o que te dizia!
Rssss!!!!
És um pratinho cheio, António!
Beijitos!
Já me fartei de rir!
Tinha saudades, acredita!
Haja Deus que perceba de informática, que me pôs o pc como novo :-)
PS: Sou mãe caloira, sabias? A Maria João já está a ser praxada!
Coitadita! Até dói!
Aqui em Braga´os "doutores" não têm dó nem piedade!
Mal os desgraçados dos caloiros põem o pé na universidade já estão a levar pela medida grande.
Mas ela está tão feliz e eu tão vaidosa que não resisti a contar-te.
Desculpem a imodestia mas estou tão vaidosa que não resisti! Eheheheh!
Quero acreditar que a tua ideia do que as mulheres falam seja diferente de : "As nossas mulheres já estão a ter aquela conversa cultural do costume: telenovelas, roupas, fofocas sobre conhecidos e desconhecidos, tempo, empregadas, vizinhos – desdenhou o impertinente funcionário superior dos CTT."
Tirando esta parte, gostei imenso.
Beijinhos
Esse é mesmo retorcido! Ainda bem que não me calhou um assim pela porta, chiça! Às vezes digo mal dos homens,mas não há regra sem excepção! A propósito, vizinho, não sei o que me deu... não estou nada boa...
Beijinhos
:) Muito bem engendrada a história, gostei!
Quantas vezes , quantas vezes mesmo , istyo acontece precisamente assim. Está bem imaginado, parabéns!
Intemporal.blogs.sapo.pt
Querido António,
...passo para te deixar um beijinho e agradecer o teu ultimo comentário...
Aliás adoro todos os teus comentários :))) acho que me compreendes sempre na perfeição. É como se lesses nas entrelinhas daquilo que escrevo...chegas sempre lá ;)...não fosses tu um capricorniano..
Fica bem meu amigo!
estou gostando
beijos
Que grandes chatos os dois... mas confesso que me ri perante a impertinência do senhor.rsrsrrs O texto está o máximo parabéns.
Como sempre EXCELENTE!_Iniciei a leitura sorrindo, fui aumentando a 2largura do sorriso2 e a meio ja' estava a gargalhada!
_destaco esta parte, mas todo o TEXTO E' PASIVEL DE SER DESTACAVEL!
"- Quero ver quando é que eu guio um bocado. Mas o melhor é dizer-te que não quero guiar para tu me dizeres para ser eu a fazê-lo. Tens cá um espírito de contradição! – desabafou a Amália.
E continuou:
- E não estejas sempre a contrariar o Horácio e a Graça, ouviste? Eu nem sei porque é que eles ainda nos convidam. Tu chegas lá e contradizes tudo o que eles dizem!
- Estás a ver? Se eu fosse como tu dizes eles não nos convidavam para passar lá a tarde e lanchar. Se o fazem é porque somos boa companhia – argumentou o Berto.
- Pronto! Está bem! Oh...vais por esse lado? É o mais longo...
- Assim damos um passeio maior – justificou-se o Dias.
- Já que queres dar um passeio maior, podíamos ir pela marginal – sugeriu a mulher.
- Pela marginal demora muito. Por aqui é melhor! – decidiu o homem.
Passados uns quinze minutos, chegaram a casa do Horácio e da Graça Mendonça.
- Tens ali um lugar à sombra! – indicou ela."
********************FANTASTICO!
E... saio de largo SORRISO!!!
Deixo-Lho em conjunto com meu Amigo ABRACO!
Heloisa.
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