Eu sou louco!

Irreverência, humor, criatividade, non-sense, ousadia, experimentalismo. Mas tudo pode aparecer aqui. E as coisas sérias também. O futuro dirá se valeu a pena...ou melhor seria ter estado quietinho, preso por uma camisa de forças! (este blog está registado sob o nº 7675/2005 na IGAC - Inspecção Geral das Actividades Culturais)

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sexta-feira, novembro 10, 2006

Uma família burguesa - parte XIII

- Entra, Ana! – convidou a irmã – Então que aconteceu para apareceres por aqui?
- Lembrei-me de cá vir pois é pouco habitual entrar na vossa casa. Resolvi dar um passeio até à beira mar e fazer-vos uma visita rápida – respondeu a Ana Maria.
- E fizeste muito bem! – ouviu-se a bela voz de Manuel António – Podes aparecer quando quiseres que és sempre bem-vinda. Vamos sentar ali na sala.
- Olá, Manel! – cumprimentou a cunhada dando-lhe dois beijos na face.
- Estás muito jeitosa! – e olhando para a mulher, continuou – Não está, Joana?
- Ela sempre foi jeitosa – disse a irmã mais nova.
- E então quando é que nos dás a satisfação de arranjares um tipo fixe com quem te arrumes outra vez? Nem todos são como o Francisco. E estás em boa idade de dar uma irmãzinha ou um mano à Cláudia – falou o Manel.
- Pois é! Vens dizer-nos que tens novidades do coração? – perguntou a Joana.
- Não! Nada disso! Há muitos pretendentes, de facto, mas os melhores que conheço já estão comprometidos. E não me vou casar só por casar. Eu sei que estava em boa idade para ter o segundo filho, mas enfim...pode ser que aconteça um milagre! – respondeu a Ana Maria.
- Não esperas ser fecundada pelo Espírito Santo, pois não? – disse a Joana.
- Tomara ela! Tomara ela! Estou a falar do banqueiro, claro! – gracejou, o Manel.
- Há outros que me interessavam muito mais para pai de um filho meu – disse, com um sorriso enigmático e não descritível, a Ana.
- Humm...Parece que já tens feita uma selecção. Isso já é alguma coisa! – exclamou, cheia de curiosidade, a mana – E não queres mostrar-nos a lista para nós darmos um parecer? Ou não há ninguém conhecido?
- Isso querias tu saber! Mas não há lista nenhuma – ripostou a Aninhas.
- Mas não deixa de ser verdade que a tua conversa me permite adivinhar que estás mais voltada para mudar de vida e mesmo encarar uma nova maternidade do que há uns tempos atrás. Estás a ficar mais madura, sentes isso? – falou o Manuel António.
- Sinto que estou a mudar! E o desejo de uma nova maternidade começa a ser muito forte – confessou a mãe de Cláudia.
E continuou:
- E vocês? Vão continuar assim ou decidir pela adopção?
- Ainda não decidimos! – disse secamente a Joana, deixando perceber que o assunto não lhe agradava.
- Bom! Se não quiserem falar nisso...tudo bem! É um assunto que só a vós diz respeito. Mas, se me permitem uma opinião, eu não sou favorável à adopção. Tem demasiados riscos...
- Eu também acho isso, mas falemos dos teus favoritos, que é assunto muito mais interessante e permite umas fofocas – interveio o professor universitário para alterar o rumo da conversa.
- Não há muito mais a dizer! Já disse que os tipos mais interessantes que conheço estão comprometidos – repetiu a Ana.
- Isso já sabemos! Mas quem são? – perguntou o cunhado com uma curiosidade que não lhe era muito habitual nestes temas.
- Sendo comprometidos nunca poderia revelar! Mesmo sabendo que vocês são como cofres fortes quanto a guardar segredos! – e riu-se a Ana.
- E tu também! – disse a irmã.
E a conversa derivou para outros temas em que a capacidade de argumentação e de encantamento do Manel pontificou.
Era perto da meia-noite quando se despediram e Ana regressou a casa.
Chegou lá pensativa.
- Ana!
Ouviu a voz da mãe.
- A Joana telefonou-me a dizer que foste lá a casa. Por favor deixa-os em paz. Não tentes estragar o casamento, minha filha! Peço-to por tudo!
- Mas quem lhe disse que eu quero estragar o casamento da Joana, mãe! Isso nem me passa pela cabeça! Quando muito poderia querer ajudar...
Esta resposta da filha deixou a Lena um pouco mais sossegada mas com uma grande dúvida: como é que ela quereria ajudar?

Durante a semana seguinte, Ana fez mais uma visita a casa da irmã mais nova.
Até que, num dia de finais de Setembro, telefonou ao cunhado e disse-lhe:
- Manel! Eu queria falar contigo sobre um assunto muito sério. Mas só contigo mesmo. A Joana não pode saber, pelo menos para já – disse a Ana Maria.
- Mas não podes dizer qual o assunto? – perguntou, intrigado, o cunhado.
- Agora não! Só quando estivermos os dois num local em que ninguém nos oiça.
- Estás a deixar-me sobre brasas – confessou o homem.
- Então quanto mais cedo melhor! – aproveitou ela.
E combinaram encontrar-se passados dois dias, depois de almoço, no Passeio Alegre, junto do local onde as águas do Douro tentam vencer as do mar.
Ela meteu dispensa, ele estava com a tarde razoavelmente disponível e, muito importante, Joana estaria até tarde em Penafiel.
No dia aprazado, já passava das duas, Ana estacionou e esperou atenta para ver se via o Ford Focus do cunhado.
Quando o viu fez-lhe sinal para ele também arrumar o carro. Saiu do seu Clio e dirigiu-se para a viatura do Manuel António, já parada. Abriu a porta e sentou-se ao lado do condutor.
Deram dois beijos, como de costume, e ele falou primeiro:
- Então? Que há assim de tão secreto e importante para me contares?
- Manel! Eu vou falar num assunto melindroso e tenho a perfeita noção disso. Portanto, peço-te que não consideres que há qualquer má intenção na minha proposta. Pelo contrário! – começou, criando ainda mais suspense, a mulher.
- Continua! Continua! – pediu o Manuel António.
- Tu e a Joana não podem ter filhos em conjunto pela razão que conhecemos. Também sei que, embora ela tenha vontade de fazer uma adopção, tu não estás muito receptivo à ideia. Finalmente, sei que tenho vontade de ter um outro filho mas não há nenhum homem livre que me interesse para pai da criança – e fez uma pausa, a Ana.
- Perante essas premissas...continua, por favor! – insistiu ele.
- Na sequência do que te acabei de dizer, faço-te a tal proposta que pode parecer estranha mas, no fundo vem contentar todos.
E continuou:
- Eu explico: nós os dois geramos uma criança, no maior segredo.
Manuel António fez um esgar, embora discreto.
Ela continuou:
Supostamente será um filho de pai incógnito ou de um amigo com quem não quero fazer vida em comum e não será difícil que as pessoas aceitem que ele seja adoptado por ti e pela Joana.
- Agora deste-me uma pancada bem forte, Ana! – comentou o cunhado ainda não refeito da surpresa – Imaginaste um esquema um tanto maquiavélico!
- Não é maquiavélico, ora ouve com atenção: a Joana fica satisfeita porque adopta uma criança e, ainda por cima, tem o sangue dela. Tu ficas satisfeito porque vês a Joana feliz e sabes que estás a adoptar um filho teu. Eu fico satisfeita porque tenho um outro filho e, pelo menos por algum tempo, satisfaço o meu desejo de ter um bebé nos meus braços e de o amamentar. E depois posso vê-lo crescer e desenvolver-se no seio da família. Quanto aos meus pais e irmãos ficarão a pensar que eu sou uma leviana, mas como já pensam isso, não me preocupo. Claro que, se quiseres, fazes um teste de ADN para confirmar a paternidade. Mas garanto-te que há umas semanas que não tenho relações com ninguém e que durante algum tempo isso se manterá. Serei só tua! Também já fiz testes de HIV e todos aqueles que são recomendáveis para quem quer ser mãe. E a nossa relação acabará quando eu ficar grávida. Obviamente que mais ninguém poderá saber disso. Será um segredo só nosso e que devemos levar connosco para a tumba! – rematou a imaginosa Ana.
Manuel António permaneceu calado e com um ar incrédulo perante o que ía ouvindo.
- Eu diria que é um plano perfeito! – disse, finalmente, provocando o tal sorriso enigmático e não descritível na cunhada.
- Não quero que me respondas já! Quero que penses no assunto e que tomes uma decisão amadurecida. Confesso que, sendo tu uma pessoa muito inteligente, sei que vais concordar – induziu ela.
- Tenho de te dar os parabéns pelo que tu imaginaste. Ao contrário do que eu pensei logo que começaste a expor o assunto, não é uma ideia disparatada. Será talvez imoral. Mas a moral é tão elástica, não é? – comentou o homem.
- Sem dúvida! – anuiu ela, com um sorriso triunfante.
- Devo dizer-te desde já que há duas questões que me preocupam. Uma delas é apaixonarmo-nos; aliás, penso que tu tens um fraquinho por mim e eu confesso que também simpatizo contigo. A outra é tu, depois de dares à luz, não quereres abandonar a criança – objectou o professor universitário.
- Eu sei que existem esses riscos, mas está nas nossas mãos e nas nossas cabeças superarmo-nos, se necessário for, e vencermos os desejos do coração – disse convicta, a Ana.
- Pois bem! Eu vou pensar no assunto e muito brevemente te darei uma resposta. Mas confesso que me custa pensar que vou trair a Joana – disse o professor.
- Manel! Manel! Eu sei que não seria a primeira vez! Não me venhas contar histórias da carochinha. Este é um assunto muito sério e temos de o encarar como tal.
- Tens razão! Tu cada vez mais me surpreendes como uma pessoa fora de série – disse o cunhado olhando-a, enquanto ela ampliou o seu sorriso de triunfo.
- Então vou ficar à espera da tua resposta! Espero que não demore demasiado tempo. Tu sabes decidir depressa – desafiou a mulher.
- Daqui a dois ou três dias eu digo-te se sim ou se não! – prometeu ele.
- Muito bem! Espero que seja sim, para bem de todos – rematou ela abrindo a porta do carro.
- Não me dás os beijos do costume? – disse ele.
- Não! Não quero que penses que faço isto para te conquistar e roubar à minha irmã.
- Então adeus, Ana! E deixa-me felicitar-te pelo teu engenho e coragem.
Ela saiu e fechou a porta, voltando para o seu Clio estacionado perto. Trazia um sorriso vitorioso estampado no rosto. Tinha a certeza de que ele iria concordar, quanto mais não fosse porque não tinha filhos e sempre tivera vontade de os ter. E era a grande oportunidade da vida dele de satisfazer esse objectivo que ela agora lhe estava a oferecer servida numa bandeja de prata.

26 Comments:

Blogger wind said...

Bem arquitectado o plano.
Óbvio que ela já estava apaixonada e ele já sabia, assim como vai aceitar.
Resta agora saber como vai reagir a irmã mais nova quando souber.
beijos

12:09 da manhã  
Blogger APC said...

Fazes-me sofrer. Pões o meu coração em frangalhos. Nem sei explicar porquê. Se não querer filhos é compreensível, já ter para dar, mata-me toda (lol).
Bom capítulo, fundamentalmente em redor de um diálogo que resultou bem cativante.
Agora, se a criança herdar os traços do papá, vai ser das boas. Aliás, bem antes disso já Ana fez das suas, claro.
Mas aguentaria um homem um segredo destes para toda a vida?...
Um abraço!!! :-)))

1:53 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Pois com esta é que não contava!
Quem pensa tão friamente, só para estar alguns momentos com o homem que deseja, não se importará de fazer as piores coisas, para continuar com ele.
Não me acredito que haja uma mulher, com estabilidade económica e familiar (apesar de não ter companheiro) que conseguisse, fazer um filho e dá-lo, para cometer “uma boa acção”! Claro que é imoral!
Se assim fosse, faria (sem que ninguém soubesse) inseminação artificial.
A inseminação artificial efectuada em hospitais, ninguém está à espera que seja o médico, o enfermeiro ou o vizinho que terá de ter relações com a paciente, para que ela fique grávida!
Sou a favor do Aborto (estamos à porta de mais um escandaloso referendo). Contudo e porque sou a favor, penso que só em ULTIMO recurso se deverá fazer. Agora entregar, dar, oferece um filho??? No fundo, tudo isto, só para ter oportunidade de ter relações com o cunhado!!!
È claro que depois não mais daria a criança!
Nem as cadelas gostam que se lhes retirem os filhotes!

Calma! Isto é um comentário real!
A história é ficção!
Nunca imaginei esta situação! Genial!
ÉS O MEU ESCRITOR PREFERIDO!
Está muito envolvente.
Que mais posso dizer!
Como terminará este livro?

Parabéns!

Bjs,

GR

2:43 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Bom dia António!

Bingo!! Afinal a minha bola de cristal não precisava de polimento! eheheheheheh. E desta vez dou-te os parabéns por teres apanhado na perfeição aquela parte preversa de gaja que usa a doçura e a "bondade" para, da forma mais "pura" derrubar tudo o que se interpuser entre ela e o seu objecto de amor. Isso é feito com tal "profissionalismo" que no fim não só atingem o objectivo como ficam a ser vistas como as salvadoras daquela pátria!

E lá vamos esperar para ver se é menino, menina ou gémeos (que agora proliferam - eu que o diga!!!! rssss). Que o casamento da Joaninha já era, não devem restar muitas duvidas.

Estás a portar-te muito bem postando assim, mais rapidinho eheheh!

Beijinhos e bom fim de semana!
Ana Joana

10:03 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

estou armada em tia e disse preversão em vez de perversão!!!

10:04 da manhã  
Blogger Peter said...

Está-se mesmo a ver que ela vai "palmar" o marido à irmã.
As mulheres são maquiavélicas.

Bom fds

1:12 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Beijos para o meu A.de Castilho.



....faz tempo.Tanto tempo.

1:32 da tarde  
Blogger António said...

Para "GR":
Olá, Guida!
Obrigado pelo teu comentário.
Só quero deixar uma breve nota:
todas as pessoas são capazes do melhor e do pior.
Todas!

Beijinhos

2:48 da tarde  
Blogger António said...

Para "ana joana":
Olá!
Obrigado pelo teu comentário.
E que mais é que a bola de cristal vai adivinhar?
(para eu mudar a história...ah ah ah)
Continua a aparecer que eu gosto.

Beijinhos

2:52 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sobre a novela, já sabes: continuo a imprimir :)

Venho desejar-te um bom S. Martinho e deixar um beijinho!

4:08 da tarde  
Blogger Leonor said...

ola antonio
influencias do curso pois claro. a tua perspicacia acertou na mosca.
o post bem diferente do habitual. tentarei sempre primar por isso. penso que em dias de ontem, de hoje e de amnha será sempre o mais dificil: surpreender alguem, rss
nao achas?
novo episodio
voltarei mais logo para comenta-lo

abraço da leonoreta

4:23 da tarde  
Blogger Fatyly said...

Não contava com esta armadilha aparentemente tãoooooo inofensiva em prol de "coitadinhos", como se fosse possível! Bela ficção...mas...por vezes o caçador é caçado e prevejo que a procissão ainda vai no adro!

Parabéns António e...e...cá estarei para ler o próximo capítulo!

Beijos e um bom fim de semana

5:53 da tarde  
Blogger Titá said...

Excelente...

Cada vez mais enredada no teu enredo...curiosossima: e a irmã???
aii
beijinhos

10:27 da tarde  
Blogger Titá said...

António, juro que compenso ( picar o ponto) Ando meio cansadota e arredada, mas sempre que tenho um tempinho ponho a leitura em dia.
E aqui, é sempre um prazer enorme...até porque estou mesmo agarrada à história...
beijinho

10:42 da tarde  
Blogger Titá said...

Ai é??? Hummm. Então vou ter mais cuidado eheheh
Mas para ser sincera, sempre esperei algo inesperado aí. Quente ou não...isso ainda vai dar uma volta qualquer ;-)

11:17 da tarde  
Blogger LUIS MILHANO (Lumife) said...

Continua em beleza...

Bom fim de semana.

Um abraço

11:58 da tarde  
Blogger Maria Carvalho said...

Uma ideia interessante!! Beijos.

10:17 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

bem! surpresas naõ faltam. comento a escrita em primeiro lugar: acção desenvolvida em diálogo. poucas descrições, as que há são sempre acompanhadas de adjectivos adequados a deixarem perceber o espirito do interveniente.

quanto à intriga estou sem palavras. não esperava por isto.

abraço da leonoreta

1:03 da tarde  
Blogger Papoila said...

António:
Uma trama perfeita e muito bem arquitectada pela Ana Maria.
E se a criança (porque o Manel vai aceitar) se parecer com ele?
Cono vai reagir a Joana se vier a descobrir... porque vai descobrir!?
Fico em "suspense" a aguardar o desfecho.
Uma familia burguesa que é um verdadeiro thriller... eheheh.
Beijo

2:01 da tarde  
Blogger redonda said...

Que barbaridade! Como é que conjecturam fazer isso à Joana?

7:10 da tarde  
Blogger Caiê said...

" A moral é tão elástica, não é? " Com esta frase, exprimiste algo que eu sempre tento dizer! A partir de agora já tenho uma frase! Obrigadinha.

7:24 da tarde  
Blogger Fragmentos Betty Martins said...

Querido António

Bolas! Mas que MAQUIAVELICO plano!!! penso que nem a Joana, nem ninguém merece isto.

Tenho a certeza que isto não é um simples plano de boa-fé, pois não?

Mas a intriga continua*****

Beijinhos
BoaSemana

9:37 da tarde  
Blogger margusta said...

Querido António,
...venho agradecer o teu carinho e miminho..obrigada Amigo!

Não está a ser nada fácil este momento...sinto-me apagada..sem vontade para fazer seja o que for...


Reparo que a tua blogonovela já vai no capitulo XIII..e eu sem ter lido ainda um capitulo sequer :(
Quando é que publicas as tuas histórias em livros amigo?...
Gostaria muito de ver um livro teu!
Olha quanto à apresentação da colectânea da IRanimA aí no Porto já não vai ser feita, pois só existe um autor daí , e não se justifica outra apresentação, vai haver sim uma sessão de autografos dada por esse mesmo autor, foi o Paz Kardo que deixou a informação lá no post referente ao lançamento no meu blog.

Muitos beijinhos para ti querido António!

12:38 da manhã  
Blogger magarça said...

Fria e tortuosa, a Ana Maria. Antecipando uma resposta positiva do Manel, já tenho pena da criança. Gostei muito deste capítulo, escrita escorreita e diálogos cativantes! Bjs

12:43 da manhã  
Blogger Amita said...

Olá António
Um bom capítulo, bem pensado e com um diálogo muito bem elaborado. Atrever-me-ia a dizer uma proposta indecente (sem ter nada a ver com o filme) e que poderá trazer sérias consequências.
Quem sabe se não será o desmoronar dessa família burguesa?!
Um bjinho e uma excelente semana

1:34 da manhã  
Blogger Heloisa B.P said...

ESTE JEITO, SIMPLES, CLARO_NATURAL_, de dar vida aos dialogos e as personagens neles participantes!

Aqui reside o seu "segredo" (UM DOS...): este conversar assim ao "correr da pena" ( E DA CONVERSA...), como se estivessemos ali sentados no sofa' ao lado!
...........................
MEU ABRACO, ANTONIO!
como lamento naopoder estar AQUI DIARIAMENTE (ou... ao CORER DO "ENREDO"!...)

Heloisa.
*********

7:45 da tarde  

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