Eu sou louco!

Irreverência, humor, criatividade, non-sense, ousadia, experimentalismo. Mas tudo pode aparecer aqui. E as coisas sérias também. O futuro dirá se valeu a pena...ou melhor seria ter estado quietinho, preso por uma camisa de forças! (este blog está registado sob o nº 7675/2005 na IGAC - Inspecção Geral das Actividades Culturais)

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sábado, dezembro 16, 2006

Natal e Ano Novo na grande família

Desde que me lembro de mim próprio, e até aos onze anos, passei este período Natalício em Vila Praia de Âncora, vila onde nasceu a minha mãe.
A sua irmã mais velha, Felisbela de seu nome (mas a quem eu chamava de tia Bela) e o seu marido Simão (o tio Mão) eram proprietários de uma pensão que mais tarde se converteu em hotel.
Tinham três filhos, rapazes: O Jorge, o José (Zé) e o Fernando (Nando). A diferença de idades entre eles era de cinco anos e eu era mais novo que o Nando também cinco anos.
Poderei dizer que o Jorge foi o meu primeiro ídolo. Interventivo, autoritário, machão, com perfil de líder, aparecia-me como o exemplo a seguir. Foi o único que fez tropa, ainda antes de começar a guerra colonial; mas escapou por pouco.
O Zé era exactamente o oposto: ainda mais alto e forte que o irmão mais velho era de uma calma olímpica (entendia-se às mil maravilhas com o Sr. Oliveira a quem dei destaque no post anterior), calado, preguiçoso, pouco limpo, a sua personalidade, que já não era muito forte, mirrava perante a do Jorge.
Livrou-se da tropa graças ao pé chato e a uma valentíssima cunha.
A sua preguiça era tal que uma vez foi descoberto a tomar um banho de imersão numa banheira que enchera previamente com água e detergente Omo; estava a ler. Interrogado sobre o que se passava, disse serenamente que assim não precisava de se cansar a esfregar-se. O Omo tirava-lhe o lixo do corpo, disse. Mas não lhe poderia tirar a bondade. Era um bom rapaz e foi durante toda a vida (já faleceu) um bom homem. Bom demais, apetece-me acrescentar.
O Nando era aquele com quem mais eu brincava, obviamente. Era mais baixo do que qualquer dos irmãos e não sendo um líder, pelo menos era mais despachado e expedito que o Zé.
Como durante a época baixa a pensão dos meus tios quasi não tinha hóspedes, fazia-se a ceia de Natal na principal sala de jantar, numa longa mesa bem junto de um estupendo fogão de sala que estava acesso do despertar ao deitar.
Mas, naturalmente, havia outros comensais.
Desde logo os quatro Castilho; o meu pai Fernando, a minha mãe Julieta (a mais nova das quatro irmãs), eu e a mana Fernanda.
De Valença vinha a irmã número dois, a Arminda e o seu marido António (que até era primo direito) com a filha Cecília (Cila), mais nova do que eu uns cinco anos e que era considerada por todos como “um bicho do buraco” devido à sua insociabilidade e mau feitio que a faziam estar sempre agarrada à mãe.
A terceira das quatro irmãs, a Maria José (e a única sobrevivente daquela geração com os seus actuais noventa e um anos mas a quem o Parkinson criou bastantes limitações físicas) vivia também na vila piscatória com o marido António Ribeiro (mas a quem todos chamavam Ribeiro e eu, em particular, de padrinho Ribeiro, pois esses tios eram os meus padrinhos). As relações entre as manas Bela e Zé (também conhecida na vila como a Quinhas) não eram as melhores nessa época, pelo que nos primeiros anos essa parte da família não aparecia. Se era convidada ou não, é coisa que me escapa.
Mas um certo ano, o tio Tone de Valença, outro homem bom e azarado na vida, fez questão de ir buscar toda a família Ribeiro para vir cear à pensão e assim se fizeram as pazes.
Tinha o casal duas filhas: A Julieta (Mimi) da idade do primo Zé e a Delfina (Fininha) mais nova dois ou três anos. Já elas eram adolescentes quando nasceu um terceiro, o António José (Tone Zé).
Mas havia ainda mais pessoas à mesa.
Uma professora primária, solteirona, culta, do reviralho e leitora fidelíssima do jornal “A República” que vivia num quarto da pensão: a D. Maria Portela.
E também as empregadas (criadas, como se dizia) mais antigas e dedicadas se sentavam nessa mesa na noite de Natal. Várias tiveram esse privilégio, mas vou lembrar apenas três: A Ernestina (Tina) que era considerada meia tola, a Idalina e a Esmeralda que viria a falecer com trinta e poucos anos com um carcinoma.
Devo acrescentar que os protagonistas eram os mesmos durante o jantar de Ano Novo, só que desta vez as empregadas não tomavam assento mas entrava sempre a família Oliveira de que falei no texto anterior:
O Antoninho, a Mariinha, o Carlos, a Manela e o Tatuna.
Ocasionalmente havia outros comensais mas vou omiti-los, agora.
Na ceia de 24 de Dezembro o prato forte era o bacalhau cozido com batatas, couves, cenouras e ovos. Mas também o polvo cozido era sistematicamente utilizado. Nunca percebi qual a origem desta tradição familiar. Mesmo mais tarde, quando as noites de Natal passaram a ser na casa dos meus pais, no Porto, nunca a minha mãe se esquecia do saboroso molusco.
Como naquele tempo não bebia álcool, não tenho a mínima ideia de quais os vinhos utilizados.
Claro que não faltava uma vasta gama de doçaria: bolo de prata, bolo índio, bolo negrita, salame de chocolate, leite-creme, pudins e, além de outros, os indispensáveis bolo-rei e rabanadas, quer fritas quer de mel.
E lá estavam as nozes, amêndoas, figos secos, avelãs e os pinhões com casca que também serviam para jogar ao “rapa”.
Na passagem de ano havia ainda a abertura do champanhe e umas chouriças de sangue doces, resultantes da matança do porco que era feita na semana entre as duas festas, de sabor ímpar e que nunca comi em mais nenhum sítio.
A grande árvore de Natal, profusamente iluminada e bem colorida, e um presépio atapetado com espesso musgo que íamos buscar ao monte aquando da procura de um pinheiro o mais perfeito possível, eram ornamentos obviamente sempre presentes.
Um jovem empregado, o Fausto, era o palhaço de serviço: na primeira dessas noites era vestido com uma fatiota de Pai Natal e entrava na grande sala com uma campaínha, anunciando:
- Já deixei os presentes nos sapatos que estão em cima do fogão!
De facto, logo que o enorme fogão a lenha estava frio e limpo, toda a gente lá colocava um sapato e mal o Bouças (nome pelo qual era mais conhecido o Fausto) fazia o seu anúncio e se sentava à mesa para comer umas doçarias – e bem o merecia o nosso Pai Natal – toda a gente se dirigia para a cozinha com a miudagem à frente, a correr.
Era o melhor da festa, com os pequenos ansiosos por saber o que lhes tocara de sorte, e os mais velhos a apreciar a meninada.
Mas também na passagem de ano o Bouças tinha as suas performances: pouco antes da meia-noite aparecia vestido de velho maltrapilho com a ajuda de sacos de serapilheira costurados a preceito, uma maquilhagem adequada e com um letreiro a dizer: ANO VELHO.
Pouco depois da meia-noite e de cumpridos todos os toques entre taças (das quais, invariavelmente saíam duas ou três estilhaçadas) que acompanhavam os votos de um Bom Ano lá voltava o nosso actor, desta vez seminu, vestindo só uma tanga e tiritando de frio, com as palavras ANO NOVO pintadas a vermelho no peito.
Voltando ao Natal, depois era toda a gente a ver as prendas dos outros, coisa que não me agradava muito pois, em vez de poder usufruir o prazer de usar os meus novos brinquedos, eram os grandes que se entretinham a brincar com eles.
O Sr. Oliveira não podia deixar de tirar umas fotos e alguns adultos retomavam a “sueca” com que se haviam entretido durante uma parte da noite.
E, ir para a cama, só bem tarde!
Por isso, nas manhãs seguintes dormia-se quasi até à hora do almoço.
Não posso deixar de referir um dos rituais, para mim mais impressivos, desses dias: a matança do porco.
Numa das manhãs seguintes ao Natal, por volta das nove e meia, dez horas, apareciam os homens contratados para a matança. Eram quatro ou cinco pescadores (penso que andavam na faina do bacalhau mas vinham passar esta quadra a casa) duros e com os rostos tisnados pelo sol, dos quais me lembro só do Pica e do Afonso.
O velho e já queimado banco longo e baixo era colocado no sítio para cumprir o seu papel de altar do sacrifício.
Feitos os preparativos, chegava a altura de ir buscar o suíno que, normalmente, era o mais pesado da pocilga – uma vez o bicho pesava quinze arrobas o que motivou que fosse notícia num pequeno jornal – e que, como que premonitoriamente, começava a grunhir desde logo. E, preso por uma corda (que mais de uma vez rebentou o que obrigou os matulões a caçarem-no à mão) era conduzido pelos contratados, pelos meus primos mais velhos, pelo Bouças e por mais um ou outro empregado da casa, para a tábua onde, a custo, o deitavam.
E os sons que ele imitia eram cada vez mais estridentes e lancinantes. Quando estava bem preso e seguro pelos homens, o Pica, matador exímio, espetava a longa faca no coração do animal. Os grunhidos atingiam o auge até que começavam a esvair-se, assim como o reco se esvaía em sangue que era recolhido num enorme alguidar.
Uma vez, tratando-se de um porco de menor envergadura, os verdugos não estavam tão compenetrados na sua função e deixaram que o suíno se escapulisse com a faca cravada no corpo.
Uma outra vez o Pica não acertou no alvo à primeira o que aumentou o tempo de agonia do bicho.
Depois de bem morto, era o momento de queimar o pêlo para o que se utilizava palha em chamas.
Seguia-se o lavar e rapar, com facas e pedras ásperas, o couro do bicho. Só nesta fase o meu pai consentia que eu me aproximasse da mesa da matança e nela também participavam algumas mulheres, sobretudo vertendo água com regadores sobre a couraça do desgraçado. Com todo o mundo molhado, era o momento de viragem da cena dramática para a divertida.
Finalmente, com a vítima de barriga para o ar, era o momento de a abrir e começar a remover os seus órgãos, pois quasi nada era desperdiçado. Havia uma aplicação posterior para tudo.
Finalmente, já mais leve, era levado para um armazém onde era içado pelas patas traseiras e cheio com ramos de loureiro. A bexiga, inflada com ar soprado por alguém, era colocada como balão ornamental junto da besta derrotada.
Possivelmente esqueci-me de muitos pormenores destes fabulosos períodos de Natal e Ano Novo passados no seio da grande família do meu lado materno, em Vila Praia de Âncora.
Espero que me desculpem por isso e que tenham uma Festas Felizes!
Muito felizes!

30 Comments:

Blogger Fatyly said...

Gostei muito deste teu relembrar, mas sinceramente saltei a matança do porco, porque já cá em Portugal bastou uma vez onde ao ouvir os grunhidos do desgraçado deu à sola e parei no Samouco para meter água. Que judiação xiça!!!!
Falas do polvo. Sempre comi polvo bem como o meu pai, porque para além de não gostarmos de bacalhau era tradição em Angola.
Também lá a ceia era sempre em casa dos meus pais numa grande sala, com as janelas e portas abertas devido ao imenso calor:):):)As prendas ohhhhh eram abertas apenas de manhã!
Cá em Portugal cada um faz o seu Natal, juntando-se apenas os mais próximos já que os do norte nunca vieram ao centro e vice-versa.

Desejo-te(vos) um feliz natal!

Beijos

7:12 da tarde  
Blogger Caiê said...

Gostei da tua descrição (também saltei a matança... ). Deste-me cá uma fomeca, com a descrição de tanto bolo!... E receitas, podes partilhar com a malta, ou não? ;)

8:18 da tarde  
Blogger Leonor said...

dizes no penultimo paragrafo que "provavelmente me esqueci de alguns pormenores"...

como?

querias uma lembrança mais pormenorizada do que esta que acabaste de fazer?

não me faças acreditar que afinal a perfeição existe.

abraço da leonoreta

10:07 da tarde  
Blogger Papoila said...

António gostei do teu recordar do Natal de infância.
A ceia de Natal era sempre emcasa dos meus avós com os meus tios tias e primos. Os mais pequenos ficavam numa mesa ao lado e confesso-te que nunca me quiz sentar na mesa grande porue era uma noite de liberdade a pequenada toda junta.
Depois o abrir das prendas e claro deitar tarde...
Ao almoço nada de porco era o perú com farófia.
As sobremesas para além das rabanadas incluiam o mousse e o pudim de tâmaras com chantilly que era uma delicia. Este ano continuo com as recordações do Natal em Angola. Ainda cá volto para os votos...
Beijinho

10:31 da tarde  
Blogger Maria Carvalho said...

'Cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso'. Adorei ler-te, como é óbvio. Estava mesmo a ouvir-te contar a história ao meu ouvido. E soube-me muito bem. Não passei por essas experiências. Beijos.

12:11 da manhã  
Blogger BlueShell said...

Uffff....Cansei-me, mas coloquei a leitura em dia!
É que tenho andado atarefada com as aulas e os meus alunos e não tenho "navegado"...
Ora..."navegar" é preciso e foi isso que fiz agora!

Um beijo, António!

BShell

12:49 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

As tuas histórias são deliciosas, fazem-me lembrar natais da minha infância.

Um bom Natal para ti e para os teus.

Beijinhos

1:35 da tarde  
Blogger wind said...

Excelente descrição, só a parte do porco condeno, porque sou contra.
É horrível o porco começar logo a grunhir mal pegam nele.
Acho que isso não devia ser espectáculo para ninguém!
Bom Natal:)
beijos

2:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Querido amigo,
É interessante acompanhar-te ao longo da história. Gosto de o fazer porque com os pomenores que nela descreves, transportas-me aos locais. Ouço os sons e consigo até ver as imagens desses tempos que gravaste na memória.
As minhas lembranças de Natal são menos ricas, mas mesmo assim a magia ficou...
Beijinhos

11:02 da manhã  
Blogger Peter said...

É espantoso o pormenor com que descreves o passado.
É bom recordar.

A bexiga do porco era para mim, para eu brincar com ela.

BOAS FESTAS

11:31 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

querido antónio,
a história mostra que temos vivências pasadas semelhantes, excepto a matança do porco e o polvo.
um abraço e boas festas.

1:17 da tarde  
Blogger amigona avó e a neta princesa said...

Sim António, atrevo-me a dizer que assim valia a pena! Assim era Natal!Beijo, amigo...

12:16 da manhã  
Blogger Amita said...

Olá António
Não me esqueci de ti. Não poderia. A nossa amizade foi-se consolidando nas tuas palavras e nas noites de poesia.
Já vi que tenho muito para ler. Que bom! Vou passar uma tarde encantadora aqui a saborear as tuas letras.
Agora quero deixar-te um grande abraço com os votos de umas Festas Felizes cheiinha de doces, sorrisos, paz, amor e prendinhas.
Um bjinho grande e uma flor

8:43 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Mais uma vez a descrição peculiar fez jus à tua capacidade de escritor.

Prontos hoje não bajulo mais e bajulei porque é quasi Natal lololo


É, é claro que estou a brincar, mas é verdade que gosto de te ler.

(não vasculhei tudo, mas como é hábito, vais comigo para a cama e lá acertamos as leituras ;-))

Bom agora falando a sério, António, desejamos-te (eu e o Tenazes) um Santo Natal, para ti e restante família, ok?

Beijos Ternos


Ps1: Fatyly adorei "ouvir" o termo "xiça" e quanto ao bacalhau em Angola, tem realmente outro sabor, mas o polvo e o peru , dão o ar de quem tenta levar a tradição deste, até ao país lindo que é a "nossa" Angola.

Feliz Natal para todos...

Ps2: António desculpa o tempo de antena ;-)

12:01 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Esta crónica é uma belíssima prenda de Natal, para todos nós que, ao longo do ano temos acompanhado com grande privilégio, a tua incursão da escrita.
Um registo magnifico e histórico, do Natal em Portugal nos anos 50 (!).
Nunca passei assim o Natal, talvez possa dizer o verdadeiro “espírito de Natal”, com amigos, família, gastronomia e encenação.
É importante os mais novos saberem o que se comia, como se festejava, nos diversos pontos do país. Um texto onde nada falta, todos os pormenores, como só tu sabes descrever.
Depois a narrativa familiar é, para mim fabulosa!
Tens um primo que se lavou com OMO!!! A ler na banheira!!!
Acho essa ideia genial e muito bem aproveitada!
É também importante saber, porém, não gosto da matança do porco. Felizmente nunca vi, nem comi. Mas pobre animal, assassinado logo na quadra natalícia.
Acredita que tens um dom especial a escrever crónicas!
Ouvimos os gritos alegres das crianças correndo para o fogão.
Inalamos os odores das doçarias.
A ansiedade dos dias antes da grande noite.
Sobretudo a acolhimento, o calor humano, o aconchego nessa casa!
Acredita que gostei muito!
Bolo índio!!! Tens que nos dar a receita.

Parabéns e agradeço este presente de Natal antecipado.

Feliz Natal para ti e todos que ao longo do ano tem comentado neste excelente blogue!

GR

10:54 da manhã  
Blogger Flor de Tília said...

É a primeira vez que passo pelo teu blog e gostei de recordar o Natal da tua infância, por sinal, muito semelhente ao meu. Com matança de porco e tudo.
Bom Natal!
Beijinhos

5:03 da tarde  
Blogger António said...

Para "GR":
Olá Guida!
Mais um comentário que me deixa babado...eh eh.
Escolhi este tema porque, obviamente, se adaptava à quadra natalícia.
Quanto à receita do bolo índio, não sei se alguém a terá. Vou perguntar à minha mulher. Pode ser que a minha mãe lha tenha dado pois também era uma exímia cozinheira e gostava de transmitir o que sabia.
Se descobrir alguma coisa depois faço um post especial de culinária...ah ah ah.

Beijinhos

6:02 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

... que bem sabe recordar a vida feliz...
Gostei deste texto.
Desejo um Santo Natal, e que 2007 seja melhor em paz, e muita luz para as almas.

{{coral}}

6:39 da tarde  
Blogger Leonor C.. said...

Quase me imaginei sentada à lareira a ouvir esta história do natal da tua infância, e como foi bom! A nossa infância deixa-nos sempre recordações das reuniões familiares, especialmenta nesta quadra.Deve ser bom ter uma família grande e unida. Lambi-me só de pensar nas iguarias...
Quanto ao pobre porco, nunca assistitia a uma matança! Punha-me a milhas só para não o ouvir, mas não me negaria a provar os derivados! E o polvo?! Que delícia!
Depois as nozes... etc. Olha, acho a tua descrição uma maravilha, assim como a anterior. Podes continuar!
Bom Natal e um Nova Ano cheio de saúde e alegria!
Beijinhos

7:38 da tarde  
Blogger APC said...

Eu achei FORMIDÁVEL!!!... De tudo um pouco do que no contas nesse carinhoso exercício de memória: as tuas viravoltas expressivas (e.g. "O Omo tirava-lhe o lixo do corpo, disse. Mas não lhe poderia tirar a bondade."), a ida em busca de um pinheirinho bonito, toda essa gente boa que fez a tua infância, o Ano Velho e do Ano Novo (achei giríssimo!:-), a matança do porco a que também assisti, em criança, na terra da minha Avó...
Senti a leitura como uma belíssima prenda de Natal, sem dúvida. Muito cheia, muito rica, e elegantemente embrulhada.
Venho deixar-te um valente abraço, meu caro, António! Agradecendo-te por mil palavras (desta vez agradeço, vez? Também sou educadinha;-) e com os meus sinceros votos de um Bom Natal, de umas belas entradas (sempre) e de uma muito Vida Feliz.
Um abraço,
Paula

7:40 da tarde  
Blogger APC said...

* `Vês, vês, vês? Desta vez escrevi "vês"! Arre!, ou Apre!, (uu "xiça!", como expressou a Fatyly, lol).

4:54 da manhã  
Blogger lena said...

meu querido amigo António, tenho estado silenciosamente presente em todas as tuas postagens

li o teu romance “Uma família burguesa” minuciosamente,

vivi e participei nele como se fizesse parte da família, não sei se pela lena, que teve a sua importância em como conduziu a sua vida ou se pelas irmãs que me tocaram e me sensibilizaram até ao fim, ou até as “tricas” que no meio foram surgindo onde conseguiste tão bem desenvolver e narrar cada momento

não vou falar do final, pois esse fica no meu imaginário, embora tenha gostado de ler o que nos deixaste

viver o que escreves é uma satisfação interior,

todos os pormenores foram minuciosamente tratados na construção do teu romance, que nos ofereceste

parabéns!

desta vez, imprimi para o sentir mais perto de mim, como se de um livro se tratasse

acredita que suplantaste todas as expectativas

ficas a dever-nos uma publicação

falando das restantes postagens, como sempre agradam,

há tantos “Oliveiras” que passam pela nossa vida e nos deixam saudosas recordações, porém a tua forma de descrever é tão tocante e carinhosa que mesmo não conhecendo o Sr Oliveira não me vou esquecer, até consegui imaginar o seu hobbie, passado pela minha imaginação tantas fotografias onde o sol esteve presente,

continuas a escrever e a deliciar-me

agora vem o Natal, uma época festiva, uma época que vem até mim com saudade de outros Natais, onde a felicidade e a alegria estiveram sempre presentes

adorei ler os natais da tua infância, vivências que não se esquecem e notasse a felicidade como nos narras cada passagens

para ti, porque és especial desejo-te um Natal onde as palavras mágicas que te deixam feliz estejam presentes, na companhia de todos que te acompanham e fazem a continuidade de ti

para o Ano Novo que em breve nos vai bater à porta, quero que todos os teus desejos e sonhos se realizem

para mim quero uma edição de um livro teu, para um natal qualquer, pois como deve ser “ natal é todos os dias”

abraço-te com muita ternura e deixo-te um beijo onde o cheiro a maresia está presente, meu querido amigo

desculpa escrever tanto, mas foi pelos dias que passei silenciosamente por aqui


lena

2:08 da tarde  
Blogger soeumesma said...

Ora boa tarde António!

O meu Natal nunca foi assim taõ pitoresco como o teu mas se calhar eu também já sou de outros tempos.

Com este teu texto consegui transportar-me para a tua mesa, partilhar comidas, sabores e cheiros. E só por isso, muito obrigado.

Eu gosto do Natal, gosto do meu Natal e é bom ler quem também tenha boas recordações dos seus natais. É que parece que agora está na moda dizer que se detesta o Natal... Eu se calhar é que sou bota-de-elástico mas nesta questão não estou nem ai para a moda.

Aproveito para te deixar uns votos de um excelente Natal, muito doce e cheio de amor. E já agora uma boa entrada em 2007, não com o pé direito mas logo num salto decidido com os 2 pés. Ehehehe!

Um beijinho

4:37 da tarde  
Blogger Flor de Tília said...

Também vou passar o Natal na terra onde nasceram os meus pais. Com muito frio, geada,talvez granizo mas entre a família e amigos. Agora sem matança de porco mas com muito amor, amizade, alegria, esperança...
Assim o espero e assim te desejo António. Para ti, família e amigos.
Um abraço

6:58 da tarde  
Blogger Maria Carvalho said...

Feliz Natal, meu querido. Beijos. Muitos.

7:41 da tarde  
Blogger Papoila said...

António:
Hoje venho expressamente desejar-te Feliz Natal!
Beijos

8:47 da tarde  
Blogger margusta said...

Meu querido António,
...venho agradecer-te e retribuir os Votos de um Feliz Natal..Adorei o teu Postal virtual!!!...e aquela música de fundo fez com que pela primeira vez este ano, senti-se que estamos na quadra Natalícia...

Obrigada amigo um grande abraço carinhoso para ti!

Gostei de te ler e divagar pelos teus natais do passado :)..que saudades tenho também dos meus...

12:11 da manhã  
Blogger soeumesma said...

Caro amigo António, obrigado pela mão cheia de comentários lá no meu canto.

E porque não quero que fiques aflito sem saber o que dizia o teu signo, digo-te que não estava na lista porque era mencionado no texto já que também é o meu (sou de 27 de Dezembro) e naquele dia rezava o seguinte: " Seja paciente, não se exalte. A vingança é um prato que se come frio, de preferência com um bom molho, e talvez umas fatias de queijo". ~

aproveito e avanço o de hoje pois acabei de ir buscar o jornal:
" Neste Natal resista à tentação de abastecer a garrafeira, é bem provável que toda a gente lhe ofereça bebidas. Não é bom ter amigos que o conhecem tão bem?". Não sei porque mas parece-me que hoje a Xôr Dª Gaita nos estava a querer chamar alcoólicos. Eheheheh!

Um beijinho e até breve.

9:52 da manhã  
Blogger Peter said...

BOAS FESTAS

Um Bom Natal e um Bom (huuummm ...?) 2007

10:04 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

eu escrevi uma cronica de natal se chama Relato de uma frustração.

Se tiver interessado me responde e te mando, se estiveres afim de publicar... é bacana... e engraçada! um abraço

baroni_321@hotmail.com

7:30 da tarde  

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